sábado, 10 de julho de 2010

ROSA CLEMENT - MESTRA HAICAÍSTA


MESTRA  HAICAÍSTA

Rosa Clement é poeta nascida em 1954, em Manaus, Amazonas, Brasil.
Por diversos anos trabalhou como técnica em informática,
no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, de onde se aposentou.
Com um interesse voltado para a literatura, graduou-se em Letras -
Tradutor/Intéprete, pela Universidade Paulista - UNIP, Campus Manaus, em 2004.
Publicou "Terra de Cunhantã e Curumim é Assim"
(poesia infantil, pela Prefeitura Municipal de Manaus/Editora Valer,
Série Valores da Terra, 2002);
"Canoa Cheia" (haicais, Helionaut Press, Louisville, Kentucky, EUA, 2002).
Possui os sites: www.sumauma.net de haicais
e www.sumauma.net/amazonian de poesia.




 


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Sejam felizes todos os seres.Vivam em paz todos os seres.Sejam abençoados todos os seres.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Symphony No.1 in D Major "Titan" IV.Triumph (C)

O drama melódico entoa e desenha na alma as pequenas descobertas ,da chegada da luz que revela as belezas escondidas por cada passo do longo e árduo caminho, nesta terra primitiva,mas cheia de horizontes.

horizontes.

Symphony No.1 in D Major "Titan" III.Funeral March (A)

A cena de uma beleza ímpar se dá quando Zeus, invejando a grandeza e a nobreza do Titã,puxa-lhe o fio de luz, arrancando-lhe o resto de vida ,enquanto dançantes e melódico canta a magnífica poesia ,a beleza que ele viu crescer aqui na Terra. Ele os pequenos humanos realizavam -se enfim, na organização dos meios ,nas maravilhas de alcançar as estrelas, universo afora.E isto Zeus não podia suportar.

Concertgebouw Orchestra Mahler Symphony No.1 Mariss Jansons

Grande Mahler!

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GUSTAV MAHLER







Cultura | 07.07.2010

Gustav Mahler aos 150 anos: mais popular do que nunca?

 
Gustav 
Mahler (1860-1911)

Segundo entre 14 filhos, Mahler nasceu em 7 de julho de 1860, em Kaliště, Boêmia. De menino-prodígio a regente de sucesso internacional, seu caminho para o reconhecimento como compositor foi longo e árduo.


Certa vez, Gustav Mahler comentou: "O tempo da minha música ainda está por vir". Uma profecia que se cumpriu, sem dúvida. Porém, o compositor, condenado a viver à sombra da própria fama como regente, não podia ter ideia dos percalços por que sua obra ainda passaria até o boom mahleriano da década de 1960.
Em vida, Mahler foi acusado de epígono de Richard Wagner e Anton Bruckner, sua música tachada de decadente, vulgar, megalômana, entre outros adjetivos. Ele próprio se definia como "um anacrônico"; para o celebrado colega Richard Strauss, era um "sonhador alheio ao mundo". Após sua morte, essa obra "difícil", cujo virtuosismo e integridade artística intimidam, ficou basicamente esquecida, até ser banida pelos nazistas, junto com a de outros compositores de origem semita. Somente depois de 1945 ela seria pouco a pouco reabilitada.

Da Boêmia a Viena
Como o segundo entre 14 filhos, Gustav Mahler nasceu em 7 de julho de 1860 na cidade de Kaliště, Boêmia (então pertencente ao Império Austríaco, hoje República Tcheca), em uma família judaica ligada à hotelaria. A música folclórica na hospedaria familiar e nas ruas, as marchas militares da caserna próxima e os cantos da sinagoga são elementos que marcariam suas sinfonias e canções.

Apesar de sua origem humilde, ele teve a chance de desenvolver seu talento musical, e logo se revelou uma típica criança-prodígio. Tendo iniciado sua formação musical ao acordeão com apenas quatro anos de idade, aos seis já dava aulas e escrevia suas primeiras composições. Com dez anos, se apresentou pela primeira vez como pianista.

Após frequentar o Conservatório e a Universidade da capital austríaca, a partir dos 20 anos atuou como maestro e diretor artístico em diversos teatros, culminando com a Ópera de Viena, que dirigiu de 1897 a 1907. Em meio ao crônico antissemitismo reinante, ele só obteve o posto após se converter ao catolicismo. Mantendo um nível musical e interpretativo sem precedentes, por vezes à custa de métodos tirânicos, nesses dez anos Mahler foi responsável pela estreia de 122 obras inéditas naquela cultuada casa de ópera.

Anos fatídicos
Dado o caráter inovador de suas obras, seu sucesso como compositor foi bem menos brilhante do que a carreira de regente. Apesar de toda sua atividade como regente de ópera, ele jamais escreveu uma obra dramática, e só deixou uma peça de câmara, concentrando toda a sua produção artística em dois gêneros: o lied e a sinfonia.

As conexões autobiográficas de sua produção são quase obsessivas. Além de dez sinfonias – a última das quais inacabada, confirmando a mística numérica que o assombrava ("Beethoven, Schubert e Bruckner não passaram de nove!") –, deixou alguns poucos, porém importantes ciclos de canções sinfônicas, cujos textos ele próprio adaptou ou escreveu, como Des Knaben Wunderhorn, Kindertotenlieder ou Das Liede von der Erde.

O ano de 1907 marcou uma série de reviravoltas fatídicas na vida do grande músico. Não só ele encerrou sua gestão na Ópera de Viena, após inúmeras tensões e aborrecimentos: em julho, faleceu de difteria, aos cinco anos de idade, sua filha Maria-Anna, nascida do casamento com Alma Schindler – 19 anos mais jovem do que Mahler, bela e cobiçada pelos intelectuais e artistas de Viena.

Em seguida, foi diagnosticada uma moléstia cardíaca que limitou dramaticamente as atividades do homem atlético e amante da natureza. Ainda assim, contratado pela Metropolitan Opera de Nova York, ele partiu para os Estados Unidos. Lá, foi aclamado com entusiasmo, em especial como compositor, fato inusitado para Mahler. No entanto, atritos profissionais com a Filarmônica de Nova York o levaram a retornar à Europa em 1910.
A estreia da Sinfonia nº 8 (apelidada "Dos Mil", devido às gigantescas forças vocais e instrumentais empregadas), em setembro de 1910, em Munique, foi um triunfo raro para o compositor incompreendido e consumido pelos ciúmes (justificados) em relação a Alma. Gustav Mahler faleceu em Viena em 18 de maio de 1911.
Legado revolucionário
Para além de todo o páthos pós-romântico e da grandiloquência orquestral, ele deixou uma obra extremamente moderna, revolucionária tanto do ponto de vista técnico como em sua ambiguidade, na mescla de gêneros, na justaposição do sublime e do trivial, no uso de citações e colagens.
Por outro lado, apesar da recepção inicialmente mais do que reticente e de seu potencial controverso, as sinfonias e canções de Mahler marcaram decisivamente compositores das gerações posteriores, como Arnold Schönberg, Alban Berg, Anton Webern, Dimitri Shostakovitch, Benjamin Britten e Hans Werner Henze.
A popularização de Mahler a partir de 1960 é geralmente atribuída a dois fatores: a entrada de sua obra no domínio público e o progresso da técnica fonográfica estereofônica, permitindo sua difusão para o grande público, com a fidelidade e a amplitude sonora que sua música exige. Mas talvez essa seja uma explicação simplista demais.

O músico no divã
Em nossos dias, pode-se falar em "Mahler superstar"? Não, isso seria certamente um exagero: dificilmente se escutará alguém assobiando Mahler pelas ruas. Sua música permanece sendo complexa demais para permitir tais familiaridades, ela exige demais de seus ouvintes – em termos de concentração, imaginação ativa, amplo repertório de referências. E é de uma sinceridade que também pode assustar: o próprio Mahler confessou certa vez jamais ter escrito uma nota que não fosse "absolutamente verdadeira".

Porém, duas produções cinematográficas definitivamente contribuíram para aproximar o artista fin de siècle do grande público: a versão de Luchino Visconti de Morte em Veneza (1971), que colocou o Adagietto da Sinfonia nº 5 nas paradas de sucesso; e o delirante Mahler (1974), do britânico Ken Russell.

Agora, no sesquicentenário do músico austríaco, a indústria cinematográfica faz uma nova contribuição a sua aura midiática. Em Mahler auf der Couch (Mahler no divã), o diretor Percy Adlon (Bagdad Cafe) explora o encontro, em 1910, entre o pai da psicanálise, Sigmund Freud, e o genial músico, desesperado pelo romance entre sua esposa e o arquiteto Walter Gropius. Contrariando a prática de reservar a quinta-feira para as estreias, o filme foi lançado nos cinemas alemães exatamente em 7 de julho de 2010.

Autor: Augusto Valente
Revisão: Rodrigo Rimon
BBC-BRASIL

Fonte: BBC- BRASIL

quarta-feira, 7 de julho de 2010

O PEQUENO PRÍNCIPE




Jun 29, 2010
Antoine de Saint-Exupery's 110th Birthday
Antoine de Saint-Exupery's 110th Birthday - (France, Germany)


O Pequeno Príncipe - Antoine de Saint-Exupéry
 O Pequeno Príncipe foi escrito e ilustrado por Antoine de Saint-Exupéry um ano antes de sua morte, em 1944. Piloto de avião durante a Segunda Grande Guerra, o autor se fez o narrador da história, que começa com uma aventura vivida no deserto depois de uma pane no meio do Saara. Certa manhã, é acordado pelo Pequeno Príncipe, que lhe pede: "Desenha-me um carneiro"? É aí que começa o relato das fantasias de uma criança como as outras, que questiona as coisas mais simples da vida com pureza e ingenuidade. 

O principezinho havia deixado seu pequeno planeta, onde vivia apenas com uma rosa vaidosa e orgulhosa. Em suas andanças pela Galáxia, conheceu uma série de personagens inusitados – talvez não tão inusitados para as crianças!Um rei pensava que todos eram seus súditos, apesar de não haver ninguém por perto. Um homem de negócios se dizia muito sério e ocupado, mas não tinha tempo para sonhar. Um bêbado bebia para esquecer a vergonha que sentia por beber. Um geógrafo se dizia sábio mas não sabia nada da geografia do seu próprio país. Assim, cada personagem mostra o quanto as “pessoas grandes” se preocupam com coisas inúteis e não dão valor ao que merece. Isso tudo pode ser traduzido por uma frase da raposa, personagem que ensina ao menino de cabelos dourados o segredo do amor: “Só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos”. 

Antoine de Saint-Exupéry via os adultos como pessoas incapazes de entender o sentido da vida, pois haviam deixado de ser a criança que um dia foram. Entendia que é difícil para os adultos (os quais considerava seres estranhos) compreender toda a sabedoria de uma criança. 

Desta fábula foram feitos filmes, desenhos animados, além de adaptações. Muitos adultos até hoje se emocionam ao lembrar do livro. Talvez porque tenham se tornado “gente grande” sem esquecer de que um dia foram crianças. 

"As pessoas têm estrelas que não são as mesmas. Para uns, que viajam, as estrelas são guias. Para outros, elas não passam de pequenas luzes. Para outros, os sábios, são problemas. Para o meu negociante, eram ouro. Mas todas essas estrelas se calam. Tu porém, terás estrelas como ninguém... Quero dizer: quando olhares o céu de noite, (porque habitarei uma delas e estarei rindo), então será como se todas as estrelas te rissem! E tu terás estrelas que sabem sorrir! Assim, tu te sentirás contente por me teres conhecido. Tu serás sempre meu amigo (basta olhar para o céu e estarei lá). Terás vontade de rir comigo. E abrirá, às vezes, a janela à toa, por gosto... e teus amigos ficarão espantados de ouvir-te rir olhando o céu. Sim, as estrelas, elas sempre me fazem rir!" 

"O Amor é a única coisa que cresce à medida que se reparte". 

"O amor não consiste em olhar um para o outro, mas sim em olhar juntos para a mesma direção." 

"Foi o tempo que dedicaste à tua rosa que fez tua rosa tão importante,

 " Não exijas de  ninguém senão aquilo que realmente pode dar.""Em um mundo que se fez deserto, temos sede de encontrar companheiros." 

" Nunca estamos contentes onde estamos." 

" Será como a flor. Se tu amas uma flor que se acha numa estrela, é doce, de noite, olhar o céu. Todas as estrelas estão floridas." 

"Para enxergar claro, bastar mudar a direção do olhar." 

" Só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos." 

" Sois belas, mas vazias. Não se pode morrer por vós. Minha rosa, sem dúvida um transeunte qualquer pensaria que se parece convosco. Ela sozinha é porém mais importante que vós todas, pois foi a ela que eu reguei. Foi a ela que pus a redoma. Foi a ela que abriguei com o para-vento. Foi dela que eu matei as larvas. Foi a ela que eu escutei queixar-se ou gabar-se, ou mesmo calar-se algumas vezes. É a minha rosa." 

" Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas" 

" Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós." 

" O amor verdadeiro não se consome, quanto mais dás, mais te ficas." 

" Só os caminhos invisíveis do amor libertam os homens. 

" O verdadeiro amor nunca se desgasta. Quanto mais se dá mais se tem." 

"Se alguém ama uma flor da qual só existe um exemplar em milhões de estrelas, isso basta para que seja feliz quando a contempla." 

"Se tu amas uma flor que se acha numa estrela, é doce, de noite, olhar o céu. Todas as estrelas estão floridas." (Antoine de Saint-Exupéry) 

"ACASO 

"Cada um que passa em nossa vida
  passa sozinho, pois cada pessoa é único
 e nenhuma substitui outra. 
Cada um que passa em nossa vida, 
passa sozinho, mas não vai só 
nem nos deixa sós. 
Leva um pouco de nós mesmos, 
deixa um pouco de si mesmo. 
Há os que levam muito, 
mas há os que não levam nada. 
Essa é a maior responsabilidade de nossa vida, 
e a prova de que duas almas 
não se encontram ao acaso. " 

(Antoine de Saint-Exupéry) 

"A civilização é um bem invisível porque inscreve seu nome nas coisas", 

E suas últimas palavras antes de embarcar na missão final e fatal: "Se voltar, o que será preciso dizer aos homens?" 

Ele escreveria que "durante séculos e séculos a minha civilização contemplou Deus através dos homens. O homem era criado à imagem de Deus. Respeitava-se Deus no homem. Esse reflexo de Deus conferia uma dignidade inalienável ao homem", para concluir que "as relações do homem com Deus serviam de fundamento evidente aos deveres do de cada homem consigo próprio ou para com os outros". 

"Havia, em algum lugar, um parque cheio de pinheiros e tílias, e uma velha casa que eu amava. Pouco importava que ela estivesse distante ou próxima, que não pudesse cercar de calor o meu corpo, nem me abrigar; reduzida apenas a um sonho, bastava que ela existisse para que a minha noite fosse cheia de sua presença. Eu não era mais um corpo de homem perdido no areal. Eu me orientava. Era o menino daquela casa, cheio da lembrança de seus perfumes, cheio da fragrância dos seus vestíbulos, cheio das vozes que a haviam animado." 

(Antoine de Saint-Exupéry) 

Antoine-Jean-Baptiste-Marie-Roger Foscolombe de Saint-Exupéry filho do conde e condessa de Foscolombe (29 de junho de 1900, Lyon - 31 de julho de 1944, Mar Mediterrâneo) foi um escritor, ilustrador e piloto da Segunda Guerra Mundial. 

Faleceu durante uma missão de reconhecimento sobre Grenoble e Annecy. Em 3 de novembro, em homenagem póstuma, recebeu as maiores honras do exército. Em 2004, os destroços do avião que pilotava foram achados a poucos quilômetros da costa de Marselha. Seu corpo jamais foi encontrado. 

Suas obras foram caracterizadas por alguns elementos em comum, como a aviação, a guerra. Também escreveu artigos para várias revistas e jornais da França e outros países, sobre muitos assuntos, como a guerra civil espanhola e a ocupação alemã da França. 

No entanto, deve-se dar uma atenção a este último, O pequeno príncipe (O Principezinho, em Portugal) (1943), romance de maior sucesso de Saint-Exupéry. Foi escrito durante o exílio nos Estados Unidos, quando fez visitas ao Recife. E para muitos era difícil imaginar que um livro assim pudesse ter sido escrito por um homem como ele. 

O pequeno príncipe é uma obra aparentemente simples, mas, apenas aparentemente. É profunda e contém todo o pensamento e a "filosofia" de Saint-Exupéry. Apresenta personagens plenos de simbolismos: o rei, o contador, o geômetra, a raposa, a rosa, o adulto solitário e a serpente, entre outros. O pequeno príncipe vivia sozinho num planeta do tamanho de uma casa que tinha três vulcões, dois ativos e um extinto. Tinha também uma flor, uma formosa flor de grande beleza e igual orgulho. Foi o orgulho da rosa que arruinou a tranqüilidade do mundo do pequeno príncipe e o levou a começar uma viagem que o trouxe finalmente à Terra, onde encontrou diversos personagens a partir dos quais conseguiu descobrir o segredo do que é realmente importante na vida. 

É uma obra que nos mostra uma profunda mudança de valores, que ensina como nos equivocamos na avaliação das coisas e das pessoas que nos rodeiam e como esses julgamentos nos levam à solidão. Nós nos entregamos a nossas preocupações diárias, nos tornamos adultos de forma definitiva e esquecemos a criança que fomos.

 Fonte:Para Ler e Pensar
 http://www.paralerepensar.com.br/exupery.htm

terça-feira, 6 de julho de 2010