.CARLOS OSWALD -
' o pintor da luz '
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Carlos Oswald foi pioneiro da gravura brasileira, mestre de mestres como Poty e Fayga Ostrower, também conhecido como `o pintor da luz`. A mostra procura saldar parte da vida desse artista.
Carlos Oswald (Florença, Itália 1882 - Petrópolis RJ 1971).
Gravador, pintor, vitralista, desenhista, decorador, professor, escritor.
Gradua-se como físico-matemático em 1902, pelo Instituto Galileo Galilei, em Florença.
No ano seguinte, ingressa na Accademia di Belle Arti di Firenze. Viaja para o Brasil pela primeira vez em 1906 e realiza no Rio de Janeiro a primeira exposição individual no país. Retorna à Europa em 1908, estuda gravura com o americano Carl Strauss (1873 - 1957) em Florença e viaja para Munique, onde aprende a técnica da água-forte.
Em 1911, participa da decoração do pavilhão do Brasil, na Exposição Internacional de Turim. Faz a segunda viagem ao Rio de Janeiro em 1913 e realiza uma exposição com Eugênio Latour (1874 - 1942) na Escola Nacional de Belas Artes - Enba. É nomeado, no ano seguinte, professor de gravura e desenho no Liceu de Artes e Ofícios do Rio de Janeiro, e efetivado em 1930. Nesse ano, faz o desenho final do Monumento ao Cristo Redentor.
A obra é executada na França pelo escultor Paul Landowski (1875 - 1961) e instalada no Morro do Corcovado, Rio de Janeiro, em 1931. A partir de 1946, ministra curso de gravura na Fundação Getúlio Vargas - FGV. Publica, em 1957, a autobiografia Como Me Tornei Pintor.
Carlos Oswald
Carlos Oswald (Florença, 18 de outubro de 1882 — 1971) foi artista plástico naturalizado brasileiro.
Filho primogênito do compositor brasileiro Henrique Oswald e de Laudômia Bombernard Gasperini, além de ter sido o responsável pelo desenho final do Cristo Redentor, monumento que se encontra na cidade do Rio de Janeiro, no morro do Corcovado, foi o precursor da gravura no Brasil. Mestre de famosos artistas, como Fayga Ostrower e Poty Lazzarotto, Carlos Oswald deixou extenso legado de obras primas. Parte delas, se encontram no acervo do Museu Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro.
Detalhes da sua vida foram materializados nas 229 páginas do livro escrito por sua filha, Maria Isabel Oswald Monteiro, Carlos Oswald, 1882-1971: Pintor da luz e dos reflexos, publicado pela Casa Jorge Editorial no ano de 2000.
Em 2007, o artista teve sua vida levada para as telas através do filme-documentário Carlos Oswald - O Poeta da Luz, dirigido por Regis Faria e com Fernando Eiras no papel de Carlos Oswald. A abordagem enfoca o grande descaso dos brasileiros com a arte e os artista nacionais, além de revelar mais informações sobre a trajetória do renomado artista.
CARLOS OSWALD E A INTEGRAÇÃO DA GRAVURA AO CAMPO ARTÍSTICO
Maria Luisa Tavora (EBA/UFRJ; CBHA)
Resumo: Pensar a gravura integrada ao campo artístico nos leva à história moderna da gravura no Brasil que se inicia com Carlos Oswald (Florença, 1882 / Rio de Janeiro, 1971). Com atuação vigorosa no Liceu de Artes e Ofícios do Rio de Janeiro, a partir de 1914, Oswald conjugou o interesse institucional do Liceu de integrar os ofícios com as artes, visão esta que apostava na gravura como métier, e sua proposta de divulgar a gravura como forma expressiva. Esse clima de tensão constante marcou a gênese do processo de formação de artistas gravadores, no Rio de Janeiro. Posteriormente, outros ateliês seriam criados no Rio, voltados para a compreensão da gravura como instrumental técnico para a criação artística, dos quais a ativação da gravura nos anos 1950 e 1960 é tributária. No continente europeu, por alguns séculos, a gravura era praticada e valorizada como técnica multiplicadora o que acusava um interesse centrado em seus aspectos artesanais. Certamente Rembrandt, Goya vão além desse limite.
Na segunda metade do século XIX, quando processos fotomecânicos de impressão passaram a ser incorporados à reprodução de imagens, formaram-se grupos de artistas, constituindo as Sociedades dos Aguafortistas (1862) e dos Pintores Gravadores Franceses (1889), interessados em destacar, cada vez mais, as possibilidades expressivas da gravura, através das técnicas mais tradicionais da madeira e do metal. Fizeram parte destas Sociedades artistas como Manet, Daumier, Dégas e Pissaro. Carlos Oswald fora tocado pelas propostas dos movimentos europeus empenhando-se, quando de seu retorno da Europa, na divulgação de técnicas de gravura integradas às propostas plásticas dos artistas. Tal integração vai imprimir ao papel do gravador e à sua forma de expressão um caráter moderno.
Palavras-Chave: Gravura moderna brasileira; Carlos Oswald; Séc. XIX/XX
Fonte:
Enciclopédia Itaú Cultural
www.dezenovevinte.net/.
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