quarta-feira, 31 de março de 2010

Pesquisa do LHC em São Paulo

Pesquisa do LHC também começa em São Paulo
Unesp inaugura centro de controle para monitorar experiências realizadas no maior experimento científico do mundo, o acelerador de partículas que inaugurou seu programa de pesquisa nesta terça-feira (30/3), com choques de 7 teraelétron-volts (LHC/Cern)

Pesquisa do LHC também começa em São Paulo

31/3/2010
Por Fábio Reynol
Agência FAPESP

Às 13h06 desta terça-feira (30/3), horário local, o acelerador de partículas LHC (Large Hadron Collider, ou “grande colisor de hádrons”), localizado na fronteira da Suíça com a França, inaugurou seu programa de pesquisa ao provocar um choque de duas nuvens de prótons com energia total de 7 teraelétron-volts (TeV).

Ao mesmo tempo, 8h06 pelo horário de Brasília, no bairro da Barra Funda na capital paulista, uma equipe de físicos do Centro Regional de Análise de São Paulo (Sprace) do Instituto de Física Teórica da Universidade Estadual Paulista (IFT-Unesp) pôde acompanhar a colisão em uma sala ligada por uma rede de alta velocidade ao Centro Europeu de Pesquisas Nucleares (Cern), que administra o LHC.
A Unesp aproveitou a ocasião para inaugurar o seu centro de controle do experimento CMS (sigla em inglês para “Solenoide de Múon Compacto”), que conta com 35 unidades semelhantes espalhadas pelo mundo e nas quais é possível acompanhar em tempo real as atividades realizadas no LHC e participar do seu monitoramento.

O CMS Center @ São Paulo, nome oficial do centro, utiliza uma conexão internacional de 10 Gbs, financiada pela FAPESP. “É a rede mais rápida do Brasil”, disse o professor Sérgio Ferraz Novaes, coordenador do Sprace. Os equipamentos do CMS Center @ São Paulo foram adquiridos com apoio da Rede Nacional de Física de Altas Energias (Renafae), do Ministério da Ciência e Tecnologia.
Além do transporte de dados dos experimentos, a velocidade da rede permite o funcionamento de sistemas de telefonia e videoconferência de alta qualidade, proporcionando uma interação instantânea com o centro de controle do Cern.

Por conta disso, os usuários do centro paulista poderão atuar na calibração dos subdetectores, monitorar a qualidade dos dados gerados e ainda analisar essas informações.
“Podemos acompanhar as informações ao vivo por meio de monitores e, caso detectemos alguma irregularidade, temos condições de chamar um especialista do LHC pelo sistema de videoconferência”, explicou o físico Franciole Marinho, pós-doutorando do Sprace que participa do projeto e conta com Bolsa da FAPESP.

A Fundação também está financiando a atualização dos terminais do campus da Barra Funda da Unesp a fim de aumentar a sua capacidade de processamento. O próprio Sprace foi implantado em 2003 por meio do Projeto Temático “Física Experimental de Anéis de Colisão: Sprace e HEPGrid−Brazil”, coordenado por Novaes.
Na América Latina, há apenas dois centros ligados ao CMS, o da Unesp e o da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj).

Física de partículas
O CMS é um dos quatro experimentos de pesquisa do LHC e cada um deles conta com equipes e equipamentos exclusivos para suas finalidades. Além do CMS, os experimentos Atlas e LHCb também registraram as colisões efetuadas na terça-feira. De modo similar ao CMS, o Atlas é um experimento multipropósito que fornece dados para trabalhos em diversas áreas da física.

Já o LHCb é focado no chamado quark B, partícula que poderá fornecer pistas sobre a relação entre matéria e antimatéria presentes no Universo. O quarto experimento, Alice, é voltado a análises com íons pesados e deve começar a operar em 2011, com o disparo de partículas de ouro ou chumbo.
O Brasil já participa intensamente no processamento dos dados coletados no Cern. Segundo Novaes, é importante para o país aumentar sua participação no desenvolvimento de software e hardware necessários às pesquisas no acelerador. “O LHC é um instrumento único que abrirá várias portas para o desenvolvimento científico e tecnológico brasileiro”, afirmou.

Mas a formação e a pesquisa brasileiras em física de altas energias já estão ganhando com os experimentos. Os dados observados do campus da Barra Funda alimentarão trabalhos de mestrado, doutorado e pós-doutorado de estudantes da Unesp.
Por meio da rede de alta velocidade KyaTera, do Programa Tecnologia da Informação no Desenvolvimento da Internet Avançada (Tidia) da FAPESP, que cobre o Estado de São Paulo, esses dados poderão ser partilhados com outras unidades de pesquisa.

Respostas a grandes questões
A comunidade científica espera que os experimentos realizados no LHC forneçam respostas para algumas das principais questões atuais da física. “O que se convencionou chamar de ‘física de partículas’ tem um aspecto muito mais amplo do que o nome sugere. Ela se propõe a responder do que é feita a matéria, como ela interage e quais são as forças da natureza”, explicou Novaes.
Entre as expectativas em relação ao LHC estão pistas a respeito da chamada matéria escura que surgiu como explicação para o comportamento de corpos no Universo.

“Apenas a massa da matéria visível não seria suficiente para explicar o comportamento das galáxias. A matéria escura seria o montante faltante nessa equação. Mas, no momento, trata-se apenas de uma hipótese”, disse Sérgio Lietti, pesquisador do CMS Center @ São Paulo.
De modo análogo, a chamada energia escura é uma hipótese elaborada para explicar a expansão do Universo. Ainda sem comprovação empírica, essa é outra teoria que o trabalho no LHC também poderá ajudar a comprovar ou a negar.

A assimetria entre matéria e antimatéria percebida no Universo é outro enigma que os físicos esperam poder elucidar com ajuda das colisões no anel europeu.
“Em laboratório, conseguimos perceber que cada partícula é acompanhada de sua antipartícula, isso nos leva a perguntar por que observamos muito mais matéria do que antimatéria no Universo, ou seja, há uma aparente assimetria entre as duas”, disse Marinho.

A maior das expectativas, no entanto, repousa sobre a comprovação ou não do chamado bóson de Higgs, cuja existência hipotética foi levantada pelo físico britânico Peter Ware Higgs de modo a tentar explicar a origem da massa das partículas elementares. “O LHC foi especialmente desenhado para estudar o bóson de Higgs”, disse Novaes.
No entanto, o professor da Unesp estima que essas grandes perguntas não serão respondidas tão cedo. O LHC está em fase de testes, o que exige inicialmente a execução de experimentos cujos resultados já são conhecidos.

“É uma espécie de calibração. Caso os resultados sejam discrepantes em relação aos que já conhecemos pode ser sinal de algum defeito no equipamento”, disse Novaes.
Mesmo após o acelerador comprovar a sua confiabilidade, os grandes resultados ainda deverão levar algum tempo. Segundo o professor da Unesp, será preciso agrupar um enorme volume de dados para poder comprovar uma teoria.
Isso dependerá do número de colisões que o LHC poderá proporcionar, chamado “índice de luminosidade”. Quanto mais eventos forem registrados, mais dados serão coletados para compor os resultados finais que serão gerados por estatísticas.
Além das questões que intrigam a física contemporânea, o LHC ainda poderá gerar descobertas imprevisíveis. “A história da ciência está repleta de episódios em que o acaso gerou descobertas impensáveis até então. Nada impede que isso possa se repetir aqui”, disse Novaes.

Mais informações sobre o LHC: http://public.web.cern.ch/public
 

sexta-feira, 26 de março de 2010

MAESTRO MOZART CAMARGO GUARNIERI

A Suíte Vila Rica (1959) foi reestruturada a partir da trilha composta para o filme Rebelião em Vila Rica (1958) de Reanto e Geraldo Santos Pereira.

Orquestra Sinfônica Jovem do Estado de São Paulo.
1º Suite - Maestoso.
Regência: Luiz Ferando Marchetti
Maestro Titular: João Maurico Galindo.
Gravado no Theatro São Pedro em São Paulo. 
Camargo Guarnieri
Encantamento


Concerto de Final de Ano (31/12/2008)
Sala São Paulo
Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo
Regência/Conductor: John Neschling 



Maestro  Mozart Camargo Guarnieiri

"Notas soltas sobre um homem só" 
revela jeito franco e vigoroso do músico.

O projeto resgata a obra do compositor paulista, que regeu diversas orquestras pelo mundo e criou mais de 700 obras musicais, além de ter tido Mário de Andrade e Lamberto Baldi como instrutores.

Maestro Camargo Guarnieri
Mozart Camargo Guarnieri nasceu no dia 1 de fevereiro de 1907, na cidade de Tietê, no estado de São Paulo. Filho de músico, iniciou seus estudos de teoria musical aos 10 anos de idade com o professor Virgínio Dias, a quem dedicou “Sonho de Artista”, sua primeira composição.

Em 1923 a família mudou-se para São Paulo. A partir de 1924 Guarnieri passou a estudar piano com Sá Pereira e Ernani Braga. De 1926 a 1930 estudou composição e direção de orquestra com o italiano Lamberto Baldi.

Camargo Guarnieri começou a escrever música regularmente após a Semana de Arte Moderna, iniciando-se como compositor essencialmente brasileiro em 1928, aos 21 anos, quando compôs a Dança Brasileira e a Canção Sertaneja. Chegou a submeter essas duas obras a Mário de Andrade, então o mais importante intelectual da época, que tornou-se mestre de Guarnieri. Essa relação mestre-discípulo se alongou por muitos anos.

O maestro foi contratado em 1937 pelo Departamento de Cultura da Cidade de São Paulo, dirigido, na época, por Mário de Andrade. Em 1938 recebeu uma viagem para a Europa do Conselho de Orientação Artística do Estado de São Paulo. Em Paris estudou contraponto, fuga, composição e estética musical com Charles Koechlin, regência de orquestra e de coros com François Rühlmann, maestro da Orquestra da Ópera de Paris na época, além de realizar uma audição de suas obras na série Revue Musicale, retornando ao Brasil em 1939, em decorrência da II Guerra Mundial.

Em 1942 fez sua primeira viagem aos Estados Unidos, onde realizou um concerto com a Orquestra League of Composers of New York e dirigiu a Orquestra Sinfônica de Boston a convite de Sergey Koussevitzky.

De 1955 a 1960 foi assessor técnico de assuntos musicais do Ministério da Educação e Cultura.
Durante toda sua vida Guarnieri acumulou prêmios e ocupou altos cargos no cenário da música nacional e internacional.

Diferenciando-se de seus antecessores e mesmo de contemporâneos, Camargo Guarnieri não “veio” da música européia para a brasileira, pelo contrário, iniciou-se já envolvido em música brasileira. Compôs vasta obra em todos os gêneros, atingindo um número de mais de setecentas peças.

Grande apreciador da música de Brahms, devoto de Bach, além de admirar Mozart de tal maneira que deixou de assinar seu primeiro nome em respeito ao mestre. Ficava furioso quando alguém o chamava de Mozart ou cometia o "crime" de colocar seu nome completo em um programa de concerto ou capa de disco.

Foi criador e diretor do Coral Paulistano, idealizou o 1º Festival de Campos do Jordão, foi diretor da Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo, regente titular e diretor artístico da Orquestra Sinfônica da USP desde a sua criação, em 1975, e membro fundador da Academia Brasileira de Música, da qual foi presidente.

Regeu as mais importantes orquestras estrangeiras. Foi membro do júri dos mais importantes concursos internacionais, além de ter sido agraciado com inúmeros prêmios, condecorações e medalhas, somando mais de cem títulos nacionais e estrangeiros, e ainda premiado em mais de 10 concursos nacionais e internacionais de composição.

Camargo Guarnieri faleceu em 13 de janeiro de 1993, aos 85 anos, em São Paulo, logo após ter sido agraciado com o prêmio “Gabriela Mistral”, pela OEA (Washington), com o título de “Maior Compositor Contemporâneo das Três Américas”.
(Texto baseado nos escritos de Vera Guarnieri)

Fonte:
http://www.usp.br/osusp/maestro_camargo.html

UMBERTO ECO

UMBERTO ECO 

Dal Web Umberto Eco dice che non c'è più speranza (www.massoniserafino.it) 
 


 http://www.youtube.com/watch?v=g0cE2dzOPZc&NR=1

Umberto Eco Semiología  

Biografía y obra de umberto eco, conceptos básicos de semiología



Biografía y obra de umberto eco, conceptos básicos de semiología



Biografía y obra de umberto eco, conceptos básicos de semiología



Imagem do Dia:

Nebulosa planetária IC 418

2010-03-26

Crédito: NASA & The Hubble Heritage Team (STScI/AURA).
Telescópio: Hubble Space Telescope (NASA/ESA).
Instrumento: Wide Field Planetary Camera 2 (WFPC2).
  
Esta nebulosa planetária encontra-se a cerca de 2000 anos-luz e pertence à constelação da Lebre. Nesta imagem pode ver-se estranhas texturas, fazendo lembrar rugas, em toda a extensão da nebulosa. Contudo, a sua origem permanece incerta. Uma nebulosa planetária representa o estágio final da vida de uma estrela como o Sol. A estrela central, foi, outrora, uma gigante vermelha que ejectou as suas camadas mais exteriores para o espaço, originando uma nebulosa com um diâmetro de 0,1 anos-luz. O que restou da estrela é apenas o núcleo quente da gigante vermelha que, através da sua radiação ultravioleta, excita o gás da nebulosa. A emissão de radiação por parte de azoto ionizado (o gás mais frio localizado na parte mais afastada do núcleo) está indicada a vermelho. A verde e azul temos, respectivamente, emissão de hidrogénio e oxigénio ionizado. Nos próximos milhares de anos, a nebulosa irá dispersar, e a estrela central arrefecerá, enquanto anã branca, por milhares de milhões de anos. Tal será igualmente o destino do nosso Sol.
Fonte: Portal do Astrônomo - Portugal
http://www.portaldoastronomo.org/npod.php