O MEIO DIVINO
- Pierre Teilhard de Chardin
"Não esqueçamos que a alma humana por mais criada à parte que a nossa filosofia a imagina, é inseparável, no seu nascimento e na sua maturação, do Universo onde nasceu. Em cada alma Deus ama e salva parcialmente o Mundo inteiro, resumido nesta alma dum modo particular e incomunicável".
"O Mundo, pelos nossos esforços de espiritualização individual, acumula lentamente, a partir de toda a matéria, o que fará dele a Jerusalém celeste ou a Terra nova. Pela nossa colaboração que ele suscita, Cristo consuma-se, atinge a sua plenitude, a partir de toda a criatura".
"Imaginávamos talvez que a Criação acabara já há muito. Erro. Ela continua cada vez mais ativa, e nas zonas mais elevadas do Mundo. E é para o acabar que nós servimos, mesmo por meio do trabalho mais humilde das nossas mãos. É este, em suma, o sentido e o valor dos nossos atos. Em virtude da interligação Matéria-Alma-Cristo, façamos o que fizermos, nós levamos a Deus uma porção do ser que ele deseja. Mediante cada uma das nossas obras, nós trabalhamos muito parcelarmente mas realmente na construção do Pleroma, isto é, contribuímos um pouco para o acabamento de Cristo".
"Cada uma das nossas obras, pela repercussão mais ou menos distante e direta que tem sobre o Mundo espiritual, concorre para perfazer Cristo na sua totalidade mística. Oxalá chegue o tempo em que os Homens, bem conscientes da estreita ligação que associa todos os movimentos deste Mundo no único trabalho da Encarnação, não possam entregar-se a nenhuma das suas tarefas sem as iluminar com esta idéia distinta, a saber, que o seu trabalho, por mais elementar que seja, é recebido e utilizado por um Centro divino do Universo!"
"As forças de diminuição são as nossas verdadeiras passividades. O seu número é imenso, as suas formas infinitamente variáveis, a sua influência contínua. Em certo sentido, é de pouca importância o escaparem-se-nos as coisas, porque podemos sempre imaginar que elas nos voltarão às mãos. O terrível para nós é o escaparmos nós às coisas por uma diminuição interior e irreversível. Humanamente falando, as passividades de diminuição internas formam o resíduo mais negro e mais desesperadamente inutilizável dos nossos anos".
"Tomada no seu sentido mais alto de generalidade, a doutrina da Cruz é aquela a que adere todo o homem persuadido de que, perante a imensa agitação humana, se abre um caminho em direção a uma saída, e que este caminho é a subir. A vida tem um termo: portanto exige uma direção de marcha, que de fato se encontra orientada para a mais elevada espiritualização por meio do maior esforço".
"Deus revela-se em toda a parte aos nossos tateios, como um meio universal, por ser o ponto último onde convergem todas as realidades. Cada elemento do Mundo, seja ele qual for, só subsiste, hic et nunc (aqui e agora), à maneira de um cone cujas geratrizes se unissem (no termo da sua perfeição individual e no termo da perfeição geral do Mundo que as contém) em Deus que as atrai".
"A camada humana da Terra está inteira
"O Mundo, pelos nossos esforços de espiritualização individual, acumula lentamente, a partir de toda a matéria, o que fará dele a Jerusalém celeste ou a Terra nova. Pela nossa colaboração que ele suscita, Cristo consuma-se, atinge a sua plenitude, a partir de toda a criatura".
"Imaginávamos talvez que a Criação acabara já há muito. Erro. Ela continua cada vez mais ativa, e nas zonas mais elevadas do Mundo. E é para o acabar que nós servimos, mesmo por meio do trabalho mais humilde das nossas mãos. É este, em suma, o sentido e o valor dos nossos atos. Em virtude da interligação Matéria-Alma-Cristo, façamos o que fizermos, nós levamos a Deus uma porção do ser que ele deseja. Mediante cada uma das nossas obras, nós trabalhamos muito parcelarmente mas realmente na construção do Pleroma, isto é, contribuímos um pouco para o acabamento de Cristo".
"Cada uma das nossas obras, pela repercussão mais ou menos distante e direta que tem sobre o Mundo espiritual, concorre para perfazer Cristo na sua totalidade mística. Oxalá chegue o tempo em que os Homens, bem conscientes da estreita ligação que associa todos os movimentos deste Mundo no único trabalho da Encarnação, não possam entregar-se a nenhuma das suas tarefas sem as iluminar com esta idéia distinta, a saber, que o seu trabalho, por mais elementar que seja, é recebido e utilizado por um Centro divino do Universo!"
"As forças de diminuição são as nossas verdadeiras passividades. O seu número é imenso, as suas formas infinitamente variáveis, a sua influência contínua. Em certo sentido, é de pouca importância o escaparem-se-nos as coisas, porque podemos sempre imaginar que elas nos voltarão às mãos. O terrível para nós é o escaparmos nós às coisas por uma diminuição interior e irreversível. Humanamente falando, as passividades de diminuição internas formam o resíduo mais negro e mais desesperadamente inutilizável dos nossos anos".
"Tomada no seu sentido mais alto de generalidade, a doutrina da Cruz é aquela a que adere todo o homem persuadido de que, perante a imensa agitação humana, se abre um caminho em direção a uma saída, e que este caminho é a subir. A vida tem um termo: portanto exige uma direção de marcha, que de fato se encontra orientada para a mais elevada espiritualização por meio do maior esforço".
"Deus revela-se em toda a parte aos nossos tateios, como um meio universal, por ser o ponto último onde convergem todas as realidades. Cada elemento do Mundo, seja ele qual for, só subsiste, hic et nunc (aqui e agora), à maneira de um cone cujas geratrizes se unissem (no termo da sua perfeição individual e no termo da perfeição geral do Mundo que as contém) em Deus que as atrai".
"A camada humana da Terra está inteira
e perpetuamente sob o influxo organizador de Cristo encarnado".
"O progresso do Universo, e especialmente do Universo humano, não é uma concorrência feita a Deus, nem um esbanjar vão das energias que ele nos deu. Quanto mais o Homem for grande, tanto maior a Humanidade será unida, consciente e senhora da sua força, – quanto mais bela for a Criação, tanto mais a adoração será perfeita, tanto mais Cristo encontrará, para acrescentamentos místicos, um Corpo digno de ressurreição".
"O progresso do Universo, e especialmente do Universo humano, não é uma concorrência feita a Deus, nem um esbanjar vão das energias que ele nos deu. Quanto mais o Homem for grande, tanto maior a Humanidade será unida, consciente e senhora da sua força, – quanto mais bela for a Criação, tanto mais a adoração será perfeita, tanto mais Cristo encontrará, para acrescentamentos místicos, um Corpo digno de ressurreição".
Fonte :http://teilharddechardin.blogspot.com/2009/09/trechos-de-o-meio-divino-pierre.html
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