quarta-feira, 17 de março de 2010

DIA DO CARPINTEIRO E DO MARCENEIRO - 17 de Março




DIA DO CARPINTEIRO E DO MARCENEIRO

Marceneiro

Diz-se que há uma grande diferença entre Carpinteiro e Marceneiro, sendo este último o profissional que trabalha a madeira com mais arte, com cuidados mais refinados, produzindo objetos que exigem maior aformoseamento. O Carpinteiro é um profissional indispensável na construção civil, sendo ele o responsável pela construção de fôrmas de madeira para enchimento de concreto, ou trabalhos de estrutura de telhados, ou esquadrias de portas e janelas, quando de madeira. A palavra carpintaria é originária do latim carpentarius, que seria o construtor de carros, daí significando o trabalho de madeira mais bruto, ou mais pesado.

Já o Marceneiro, em geral, não trabalha nas obras de construção civil, cuidando mais dos complementos em móveis, tais como a construção de armários, estantes, mesas, camas etc

Segundo o Ministério do Trabalho, o marceneiro entra em contato freqüentemente com produtos tóxicos e ruídos intenso, o que pode ser prejudicial à sua saúde.

Mas não são somente o ruído e os produtos que podem prejudicar a saúde deste profissional. Como trabalham sob encomenda, muitas vezes, a pressão de entregar o produto na data marcada faz com que o carpinteiro trabalhe em situação de estresse.

Além disso, a alta temperatura a que é submetido durante o processo de modelação da madeira também pode lhe fazer mal.

Para se proteger dos riscos a que está exposto, o carpinteiro e o marceneiro deve utilizar equipamento de proteção individual, que no seu caso seriam luvas, tampão de orelhas e, em alguns casos, óculos para se proteger de luz intensa.

Na luta para melhorar as condições de vida em seu meio ambiente, o homem adotou diversas espécies de habilitação, valendo-se dos materiais disponíveis e de acordo com as condições de sua região, cada grupo social, formou seu tipo de moradia. Sua única função é dar proteção contra o sol, chuva, frio, calor ou ataque de animais. Os carpinteiros criaram habitações mais ou menos padronizada

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - Dia do Carpinteiro e do Marceneiro

17 de Março

Marceneiro

Marcenaria é o trabalho de transformar madeira em um objeto útil ou decorativo.

A marcenaria evoluiu da carpintaria, na atualidade sofreu algumas mudanças, pois o profissional nesta área trabalha principalmente com laminados industrializados (madeira), como compensado, aglomerado, MDF, fórmica, folhas de madeira, etc.

O marceneiro deve possuir o dom da criatividade e saber desenhar em perspectiva, além de ter um vasto conhecimento do uso das ferramentas e materiais dessa área.

No uso de máquinas (serra circular ou de fita, tupia, formão, desempenadeira, etc) a cautela é primordial, pois qualquer acidente pode ser irreversível.

A marcenaria abrange o fabrico de móveis, mas está mais ligada ao trabalho artesanal do que ao trabalho industrial.

Apesar de o marceneiro moderno fazer uso de máquinas, para grande parte de seu trabalho, ele ainda é um artesão.

Um profissional que produz exclusivamente móveis, principalmente de chapas industrializadas como o MDF e o aglomerado, designa-se antes como moveleiro.

Fonte: www.cidadaopg.sp.gov.br

- FONTE.http://www.portalsaofrancisco.com.br



terça-feira, 16 de março de 2010

ELETRICIDADE NAS CÉLULAS




Cientistas descobrem como a eletricidade move-se através das células

Redação do Site Inovação Tecnológica - 15/03/2010

Cientistas descobrem como a eletricidade move-se através das  células
Esta ilustração mostra os detalhes moleculares de uma "bateria" constituída por múltiplas proteínas, e "fios" que geram e conduzem a eletricidade biológica.[Imagem: UMinnesota]




Eletricidade biológica

Cientistas da Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos, obtiveram a primeira imagem molecular de um sistema biológico que movimenta os elétrons entre as proteínas nas células.

A conquista é bem mais do que um avanço para a biologia, podendo fornecer informações que poderão ser úteis para minimizar a perda de energia em sistemas elétricos artificiais que vão dos dispositivos em nanoescala, como os transistores eletrônicos, até a transmissão de eletricidade pelas redes nacionais de distribuição de energia.

"A evolução tem ajustado a transmissão de eletricidade nos organismos por muito mais tempo do que os humanos a utilizam," afirma Carrie Wilmot, que coordenou a pesquisa.

"Nós podemos aprender um bocado com a natureza sobre como usar a eletricidade de forma mais eficiente. Esta nova visão de como o corpo usa a energia elétrica poderá permitir que a nanotecnologia reduza ainda mais os circuitos eletrônicos, bem como aumentar a eficiência das redes que fornecem energia para as residências e as empresas," prevê Wilmot.

Bioeletricidade

Embora não dependamos de uma tomada ou de baterias para funcionar, a energia gerada pelo movimento intracelular dos elétrons é a fonte de energia fundamental que permite que os seres humanos existam.

Conforme os elétrons se movem no interior das células, a energia é canalizada para criar moléculas complexas, como proteínas e DNA. A chamada bioeletricidade está na base dos elementos fundamentais que permitem que os organismos cresçam, sobrevivam e armazenem energia.

As imagens feitas pela equipe de Wilmot, obtidas por meio de cristalografia de raios X, garantirão um avanço significativo nos esforços para entender melhor todos esses processos vitais.

"Visualizar a estrutura cristalina do complexo sistema celular de transferência de elétrons é como estar atrás do palco em um show de mágica," comentou Vernon Anderson, do Instituto Nacional de Ciências Médicas dos Estados Unidos. "Nós sempre sabemos que há um truque, mas agora o grupo de Wilmot conseguiu uma visão única de como esta extraordinária façanha química é realizada."

Manipulação de elétrons

A pesquisa apresenta resultados que se enquadram bem na classificação clássica de ciência básica. Contudo, a manipulação de elétrons em sistemas artificiais ocorre em dimensões cada vez menores conforme os circuitos ganham em miniaturização, o que a torna diretamente afeta também à tecnologia.

Os resultados são extremamente interessantes para inúmeras aplicações práticas e com possibilidades de uso imediato nas diversas tecnologias que se unem para formar não apenas o campo altamente interdisciplinar da nanotecnologia, mas mais especificamente, a microeletrônica, a fotônica, a plasmônica e outras.

Bibliografia:

In Crystallo Posttranslational Modification Within a MauG/Pre-Methylamine Dehydrogenase Complex
Lyndal M. R. Jensen, Ruslan Sanishvili, Victor L. Davidson, Carrie M. Wilmot
Science
12 March 2010
Vol.: 327: 1392-1394
DOI: 10.1126/science.1182492

domingo, 14 de março de 2010

FELICIDADE E SOFRIMENTO

Audio: 'Do Barroco à Broadway': Recital com tenor irlandês Morgan Crowley e pianista Alexander S. Bermange (mp3, 92:56)


FELICIDADE

No carnaval de 1981 resolvi passá-lo em um orfanato na M.Ramacrisna cuidando das crianças e meditando.No sábado,após a meditação no templo peguei um raminho murcho,cinzento do grande vaso de hortências,coloquei na casa da minha blusa e desci para meu quarto,antes de todos, pois eu queria acordar bem cedinho pra fazer o café das crianças.

Instintivamente coloquei o raminho de
hortência num copo d'agua e fui dormir.Geralmente apago nos primeiros minutos e naquele dia toda hora eu me virava e olhava na direção do copo.Já eram duas da madrugada e meu pescoço doía de tanto torcê-lo para olhar o galhinho a uns três metros da cama.

Decidida a dormir,levantei-me,peguei o copo com o galhinho para colocá-lo num tamborete junto a minha cama,quando me dei conta de que o galhinho de hortência estava naquela hora todo florido,como se tivesse acabado de ser colhido. Fiquei emocionada com aquilo,peguei meu caderno e escrevi um versinho,para segurar aquele momento.

Já ia virar-me pra parede quando quis dar
a última olhada de boa noite e vi em toda a flor uma enorme sorriso iluminado e dentro do sorriso entendi algo como: "Obrigado"

E porque tudo que eu queria era dormir para levantar cedo, enquanto me virava de novo para a parede eu disse: Ah,agradece a água! Falei depressa e cobri minha cabeça .Nisto, algo me bateu no ombro e de novo instintivamente me virei e juro,ela respondeu: "mas foi você quem me colocou na água!"

Depois dessa,aí mesmo que não dormi mais e por mais incrível que pareça,passei todo o carnaval sem dormir,sem aguentar levantar e envergonhada ,pois eu não conseguia me arredar do quarto e ir cuidar das crianças.

Terminado o carnaval eu não tinha cara para olhar as pessoas, então fui para um antigo pomar,deitei-me na grama e só me perguntava,por quê,por quê não fui capaz de fazer o que planejara.

Era tardinha,depois das quatro e
olhando para o sol eu repetia,por quê,por quê...

E foi aí que aconteceu a coisa mais fantástica.

Fitando o Sol, eu vi uma imensa espiral
de agulhas de luz ,vinda na minha direção e quanto mais se aproximava dos meus olhos menor eu me sentia e uma paz extraordinária foi se apoderando de mim e,ali no pomar onde eu estava deitada,tinha uma geografia interessate,um platô arredondado e lá em baixo corria um riachinho.A medida que a paz me dominava e eu diminuía, senti que todo o planeta se aconchegava,e diminuía até se tornar uma única célula.

Eu,naquela hora não via mais o meu corpo,eu só sabia que existia porque a paz se transformou num estado de felicidade e a felicidade me revelava ser uma enzima feliz, integrada,acorrentada a uma multidão de outras,deslizando no labirinto de uma mitocôndria. O Sol era o ponto de ligação da célula a outras células do universo.

Nunca em toda a minha vida senti tanta
felicidade como naquela hora.
SOFRIMENTO

Terminado o carnaval voltei pra cidade e aos meus afazeres normais.Ao varrer a casa cheia de brinquedos espalhados,peguei uma bolinha de gude que estava debaixo da cama.Ainda ajoelhada,deixei a bolinha rolar na minha mão e de repente aproximei-a dos olhos e de novo algo extraordinário aconteceu.

Ao mirar bem a bolinha de gude azul
claro,observei centenas de pontinhos luminosos dispersos dentro dela e a medida que eu encantada olhava, sentia que cada pontinho de luz dentro da bolinha era uma galáxia .

Quanto mais olhava mais
crescia e mais triste eu ficava.
O universo
estava na minha mão.

Cresci tanto que me senti
deus.Um deus terrivelmente infeliz.

Eu deus,não estava dentro do mundo! O mundo rolava alheio a mim em minha mão. E deus,que varria a casa. ia jogar o universo numa caixa de brinquedos...

Nunca fui tão infeliz como naquele dia que fui deus

Se você puder encontrar algo nestas
historinhas,eu adoraria saber o que elas escondem. Um grande abraço . Adeir


Data: Fri, 13 May 2005 21:47:53 - 0300
De Adeir - Para Celia H. Barcellos

Historinhas de verdade ,vividas no Carnaval de 1981

A COR DO UNIVERSO

 
Audio: 'Do Barroco à Broadway': Recital com tenor irlandês Morgan Crowley e pianista Alexander S. Bermange (mp3, 92:56)
  

A cor do Universo



Evolução da cor do Universo. Crédito: Universidade Johns Hopkins, EUA.
 
Astrónomos da Universidade de Johns Hopkins (EUA) determinaram que a cor que veríamos se pudéssemos de alguma forma reunir toda a luz existente no Universo seria verde. Glazebrook e Baldry obtiveram este resultado ao estudarem milhares de galáxias

galáxia
Um vasto conjunto de estrelas, nebulosas, gás e poeira interestelar gravitacionalmente ligados. As galáxias classificam-se em três categorias principais: espirais, elípticas e irregulares.
observadas pelo 2dF Galaxy Redshift Survey

Two Degree Field Galaxy Redshift Survey (2dF)
Trata-se de um levantamento espectroscópico para obtenção de desvios para o vermelho de 250 000 galáxias no hemisfério sul, realizado no Observatório Anglo-Australiano, situado na Austrália. Este levantamento permitirá obter um mapa a 3 dimensões do céu do sul.
- um levantamento de galáxias a diferentes desvios para o vermelho

desvio para o vermelho (z)
Designa-se por desvio para o vermelho (em inglês, redshift) o desvio do espectro de um objecto para comprimentos de onda mais longos. O desvio para o vermelho pode dever-se ao movimento do objecto a afastar-se do observador (desvio de Doppler), ou à expansão do Universo (desvio para o vermelho cósmico, ou gravitacional). O desvio para o vermelho cósmico permite estimar a distância a que o objecto se encontra: quanto maior o desvio, mais distante o objecto. O desvio de Doppler permite calcular a velocidade a que o objecto se desloca.
que totaliza mais de 200 000 galáxias a distâncias entre 2 e 3 mil milhões de anos-luz

ano-luz (al)
O ano-luz (al) é uma unidade de distância igual a 9,467305 x 1012 km, que corresponde à distância percorrida pela luz, no vácuo, durante um ano.
da Terra e é conduzido pelo Observatório Anglo-Australiano.

Usando a parte visível do espectro electromagnético
, Glazebrook e Baldry combinaram os dados das galáxias do 2df para produzirem um espectro a que chamaram "espectro cósmico": a cada comprimento de onda

comprimento de onda
Designa-se por comprimento de onda a distância entre dois pontos sucessivos de amplitude máxima (ou mínima) de uma onda.
de luz visível

radiação visível
A radiação visível é a região do espectro electromagnético que os nossos olhos detectam, compreendida entre os comprimentos de onda de 350 e 700 nm (frequências entre 4,3 e 7,5x1014Hz). Os nossos olhos distinguem luz visível de frequências diferentes, desde a luz violeta (radiação com comprimentos de onda ~ 400 nm), até à luz vermelha (com comprimentos de onda ~ 700 nm), passando pelo azul, anil, verde, amarelo e laranja., o gráfico indica a intensidade emitida por todas as galáxias do "universo local". Este espectro foi transformado numa matriz de cores substituindo cada comprimento de onda pela cor vista pelo olho humano naquele comprimento de onda e variando a intensidade dessa cor de acordo com a intensidade do espectro cósmico. Segundo Baldry, a amostra de galáxias estudadas é suficientemente extensa, atingindo uma distância de vários milhares de milhões de anos-luz, de forma a ser verdadeiramente representativa.

O tom esverdeado final é o resultado da combinação da luz vermelha proveniente das estrelas
estrela
Uma estrela é um objecto celeste gasoso que gera energia no seu núcleo através de reacções de fusão nuclear. Para que tal possa suceder, é necessário que o objecto possua uma massa superior a 8% da massa do Sol. Existem vários tipos de estrelas, de acordo com as suas temperaturas efectivas, cores, idades e composição química. mais velhas e da luz azul procedente das estrelas jovens. O universo terá começado jovem e azul, tornando-se gradualmente esverdeado à medida que as populações de estrelas vermelhas apareciam. Conforme a taxa de produção de estrelas diminui ao longo do tempo e mais estrelas tornam-se vermelhas, a cor do Universo torna-se mais avermelhada. Eventualmente, todas as estrelas desaparecerão, ficando somente buracos negros

buraco negro
Um buraco negro é um objecto cuja gravidade é tão forte que a sua velocidade de escape é superior à velocidade da luz. Em Astronomia, distinguem-se dois tipos de buraco negro: os buracos negros estelares, que resultam da morte de uma estrela de massa elevada, e os buracos negros galácticos, que existem no centro das galáxias activas.
. Estes também poderão evaporar pelo processo de radiação

radiação electromagnética
A radiação electromagnética, ou luz, pode ser considerada como composta por partículas (os fotões) ou ondas. As suas propriedades dependem do comprimento de onda: ondas ou fotões com comprimentos de onda mais longos traduzem radiação menos energética. A radiação electromagnética, ou luz, é usualmente descrita como um conjunto de bandas de radiação, como por exemplo o infravermelho, o rádio ou os raios-X.
de Hawking e então nada restará excepto a luz que se tornará cada vez mais avermelhada com a eterna expansão do Universo.

O principal objectivo do projecto destes astrónomos é utilizar a luz das galáxias do 2df para comprovar teorias de formação estelar, comparando o espectro cósmico previsto pelos modelos com o obtido observacionalmente.


Fonte da notícia: http://www.jhu.edu/news_info/news/home02/jan02/color.html e http://www.pha.jhu.edu/~kgb/cosspec/

  
 

ALBERT EINSTEIN

Audio: Christiane Oelze & Eric Schneider: Canções de Weill, Eisler, Bernstein, Schumann, Mendelssohn e Brahms para soprano e piano (mp3, 74:58)
Albert Einstein

Albert Einstein é considerado um dos maiores cientistas de todos os tempos. Três artigos seus publicados em 1905 foram transcendentais para o desenvolvimento da física e influíram o pensamento ocidental em geral. Os artigos tratavam da natureza da luz, descreviam o movimento molecular e apresentavam a teoria da relatividade restrita. Einstein é famoso por refletir continuamente nas hipóteses científicas tradicionais e tirar conclusões singelas às quais ninguém havia chegado antes. Não se conhece tanto seu compromisso social, embora fosse um ardente pacifista e sionista. Na gravação, Einstein fala de Gandhi e elogia a não violência.
Rex Features, Ltd./Cortesia de Gordon Skene Sound Collection


Einstein, Albert (1879-1955), físico alemão naturalizado americano. Premiado com o Nobel de Física em 1921, é famoso por ser autor das teorias especial e geral da relatividade e por suas idéias sobre a natureza corpuscular da luz. É provavelmente o físico mais conhecido do século XX.

Nasceu em Ulm em 14 de março de 1879 e passou sua juventude em Munique, onde sua família possuía uma pequena oficina de máquinas elétricas. Desde muito jovem demonstrava excepcional curiosidade pela natureza e notável capacidade de entender os conceitos matemáticos mais complexos. Aos 12 anos já conhecia a geometria de Euclides.

Primeiras publicações científicas
Em 1905 doutorou-se pela Universidade de Zurique, na Suíça, com uma tese sobre as dimensões das moléculas. No mesmo ano, publicou quatro artigos teóricos de grande valor para o desenvolvimento da física. No primeiro, sobre o movimento browniano, formulou predições importantes sobre o movimento aleatório das partículas dentro de um fluido, que foram comprovadas em experimentos posteriores. O segundo artigo, sobre o efeito fotoelétrico, antecipava uma teoria revolucionária sobre a natureza da luz. Segundo Einstein, sob certas circunstâncias a luz se comportava como uma partícula. Também afirmou que a energia que era transportada por toda partícula de luz, que denominou fóton, era proporcional à freqüência da radiação. Isto era representado pela fórmula E = hu, onde E é a energia da radiação, h uma constante universal chamada constante de Planck e u é a freqüência da radiação. Esta teoria postulava que a energia dos raios luminosos se transfere em unidades individuais chamadas quanta, contrariando as teorias anteriores que afirmavam que a luz era manifestação de um processo contínuo.
No terceiro trabalho, expôs a formulação inicial da teoria da relatividade que mais tarde o tornaria mundialmente conhecido; e no quarto e último trabalho, propôs uma fórmula para a equivalência entre massa e energia, a famosa equação E = mc2, pela qual a energia E de uma quantidade de matéria, com massa m, é igual ao produto da massa pelo quadrado da velocidade da luz, representada por c.


Teoria da relatividade

A terceira publicação de Einstein, em 1905, Sobre a eletrodinâmica dos corpos em movimento, tratava do que ficou conhecido como teoria especial da relatividade. Esta teoria se baseava no princípio de que toda medição do espaço e do tempo é subjetiva. Isto levou Einstein a desenvolver mais tarde uma teoria baseada em duas premissas: o princípio da relatividade, segundo o qual as leis físicas são as mesmas em todos os sistemas de inércia de referência, e o princípio da invariabilidade da velocidade da luz, o qual afirma que a luz se move com velocidade constante no vácuo.
A teoria geral da relatividade só foi publicada em 1916. De acordo com esta teoria, as interações entre dois corpos, que até então se atribuíam a forças gravitacionais, explicam-se pela influência de tais corpos sobre o espaço-tempo (espaço de quatro dimensões, uma abstração matemática em que o tempo se junta, como quarta dimensão, às três dimensões euclidianas).


Einstein no Brasil
Foi em Sobral, no Ceará, que, em maio de 1919, durante um eclipse solar, demonstrou-se que a luz das estrelas era atraída pelo Sol, confirmando-se as proposições da teoria da relatividade e espalhando a fama de Einstein pelo mundo. Ele esteve duas vezes no Rio de Janeiro, a primeira, por poucas horas, em março de 1925, a caminho da Argentina. Na segunda, de 4 a 12 de maio do mesmo ano, pronunciou duas conferências sobre a relatividade e uma sobre

A teoria da Relatividade



Relatividade, teoria desenvolvida no início do século XX, que, originalmente, pretendia explicar certas anomalias no conceito do movimento relativo, mas, em sua evolução, converteu-se em uma das teorias básicas mais importantes das ciências físicas. Desenvolvida fundamentalmente por Albert Einstein, foi a base para que os físicos demonstrassem, posteriormente, a unidade essencial da matéria e da energia, do espaço e do tempo, e a equivalência entre as forças de gravitação e os efeitos da aceleração de um sistema.

Em 1905, Einstein publicou seu artigo sobre a teoria da relatividade especial, segundo o qual nenhum objeto do Universo se distingue por proporcionar um marco de referência absoluto em repouso. É igualmente correto afirmar que o trem se desloca em relação à estação e que a estação se desloca em relação ao trem. A hipótese fundamental em que se baseava era a inexistência do repouso absoluto no Universo, razão pela qual toda partícula ou objeto deve ser descrito mediante uma chamada linha de Universo, que traça sua posição em um contínuo espaço-tempo de quatro dimensões (três espaciais e uma temporal), na qual têm lugar todos os fatos do Universo. Também deduz que o comprimento, a massa e o tempo de um objeto variam com sua velocidade. Assim, a energia cinética do elétron acelerado converte-se em massa, de acordo com a fórmula E=mc2. Em 1915, desenvolveu sua teoria da relatividade geral, na qual considerava objetos que se movem de forma acelerada um em relação ao outro, para explicar contradições aparentes entre as leis da relatividade e a lei da gravitação.

A teoria da relatividade especial afirma que uma pessoa, dentro de um veículo fechado, não pode determinar, por meio de nenhum experimento imaginável, se está em repouso ou em movimento uniforme. A da relatividade geral afirma que, se esse veículo é acelerado ou freado, ou se faz uma curva, o seu ocupante não pode assegurar se as forças produzidas se devem à gravidade ou a outras forças de aceleração. Simplesmente, a lei da gravidade de Einstein afirma que a linha de Universo de todo objeto é uma geodésica em um contínuo (uma geodésica é a distância mais curta entre dois pontos, ainda que o espaço curvo não seja, normalmente, uma linha reta; como ocorre com as geodésicas na superfície terrestre, são círculos máximos, mas não linhas retas). A linha de Universo é curva devido à curvatura do contínuo espaço-tempo na proximidade da Terra e a isso se deve a gravidade.

A teoria da relatividade geral foi confirmada de numerosas formas desde sua proposição. Vários cientistas têm tratado de unir a teoria da força gravitacional relativista com o eletromagnetismo e com outras forças fundamentais da física: as interações nucleares forte e fraca (ver Teoria do campo unificado). Em 1928, Paul Dirac expôs uma teoria relativista do elétron. Mais tarde, desenvolveu-se uma teoria de campo quântica chamada eletrodinâmica quântica, que unificava os conceitos da relatividade e a teoria quântica, no que diz respeito à interação entre os elétrons, os pósitrons e a radiação eletromagnética. Nos últimos anos, Stephen Hawking tem se dedicado a tentar integrar por completo a mecânica quântica com a teoria da relatividade.

Teoria Quântica

Teoria quântica, teoria física baseada na utilização do conceito de unidade quântica para descrever as propriedades dinâmicas das partículas subatômicas e as interações entre a matéria e a radiação. As bases da teoria foram assentadas pelo físico alemão Max Planck, o qual, em 1900, postulou que a matéria só pode emitir ou absorver energia em pequenas unidades discretas, chamadas quanta. Outra contribuição fundamental ao desenvolvimento da teoria foi o princípio da incerteza, formulado por Werner Heisenberg em 1927.
Planck desenvolveu o conceito de quantum como resultado dos estudos da radiação do corpo negro (corpo negro refere-se a um corpo ou superfície ideal que absorve toda a energia radiante, sem nenhuma reflexão). Sua hipótese afirmava que a energia só é irradiada em quanta, cuja energia é hu, onde u é a freqüência da radiação e h é o "quanta de ação", fórmula agora conhecida como constante de Planck.

O físico francês Louis Victor de Broglie sugeriu, em 1924, que uma vez que as ondas eletromagnéticas apresentam características corpusculares, as partículas também deveriam ter características ondulatórias. O conceito ondulatório das partículas levou Erwin Schrödinger a desenvolver uma equação de onda para descrever as propriedades ondulatórias de uma partícula e, mais concretamente, o comportamento ondulatório do elétron no átomo de hidrogênio.

Ainda que a mecânica quântica descreva o átomo exclusivamente por meio de interpretações matemáticas dos fenômenos observados, pode-se dizer que o átomo é formado por um núcleo rodeado por uma série de ondas estacionárias; essas ondas têm máximos em pontos determinados e cada onda estacionária representa uma órbita. O quadrado da amplitude da onda em cada ponto, em um momento dado, é uma medida da probabilidade de que um elétron se encontre ali. Já é possível dizer que um elétron é um ponto determinado em um momento dado.

A compreensão das ligações químicas foi radicalmente alterada pela mecânica quântica e passou a basear-se nas equações de onda de Schrödinger. Os novos campos da física — como a física do estado sólido, a física da matéria condensada, a supercondutividade, a física nuclear ou a física das partículas elementares — apoiaram-se firmemente na mecânica quântica. Essa teoria é na base de todas as tentativas atuais de explicar a interação nuclear forte (ver Cromodinâmica quântica) e desenvolver uma teoria do campo unificado. Os físicos teóricos, como o britânico Stephen Hawking, continuam esforçando-se para desenvolver um sistema que englobe tanto a relatividade como a mecânica quântica.

Fonte: Extraído da Enciclopédia Encarta-99
da Microsoft