Audio:   Christiane Oelze & Eric Schneider: Canções de Weill, Eisler, Bernstein, Schumann, Mendelssohn e Brahms para soprano e piano (mp3, 74:58)       Albert Einstein
       Albert Einstein é considerado um dos maiores  cientistas       de todos os tempos. Três artigos seus publicados em 1905 foram       transcendentais para o desenvolvimento da física e influíram o       pensamento ocidental em geral. Os artigos tratavam da natureza da  luz,       descreviam o movimento molecular e apresentavam a teoria da  relatividade       restrita. Einstein é famoso por refletir continuamente nas  hipóteses       científicas tradicionais e tirar conclusões singelas às quais  ninguém       havia chegado antes. Não se conhece tanto seu compromisso social,  embora       fosse um ardente pacifista e sionista. Na gravação, Einstein fala  de       Gandhi e elogia a não violência.
Rex Features, Ltd./Cortesia de Gordon Skene  Sound       Collection
  Einstein, Albert (1879-1955), físico alemão naturalizado americano. Premiado com o Nobel  de Física em 1921, é famoso por ser autor das teorias especial e geral da relatividade e por suas idéias sobre a natureza corpuscular da luz. É provavelmente o físico mais conhecido do século XX.
 Nasceu em Ulm em 14  de março de 1879 e passou sua juventude em Munique, onde sua família possuía uma pequena oficina de máquinas  elétricas. Desde muito jovem demonstrava excepcional curiosidade pela natureza e  notável capacidade de entender os conceitos matemáticos mais complexos. Aos 12  anos já conhecia a geometria de Euclides.
 Primeiras  publicações científicas
Em 1905 doutorou-se pela Universidade de Zurique, na Suíça, com uma tese sobre  as dimensões das moléculas. No mesmo ano, publicou quatro artigos teóricos de grande valor para o desenvolvimento da física. No primeiro, sobre o movimento browniano, formulou predições importantes sobre o movimento aleatório das partículas dentro  de um fluido, que foram comprovadas em experimentos posteriores. O segundo  artigo, sobre o efeito  fotoelétrico, antecipava uma teoria revolucionária sobre a natureza da luz. Segundo Einstein, sob certas circunstâncias a luz se comportava como uma partícula. Também afirmou que a energia que era transportada por toda partícula de luz, que denominou fóton, era proporcional à freqüência da radiação. Isto era representado pela fórmula E = hu, onde E é a energia da radiação, h uma constante universal chamada constante de  Planck e u é a freqüência da radiação. Esta teoria postulava que a energia dos  raios luminosos se transfere em unidades individuais chamadas quanta,  contrariando as teorias anteriores que afirmavam que a luz era manifestação de um  processo contínuo.
No terceiro  trabalho, expôs a formulação inicial da teoria da relatividade que mais tarde o tornaria mundialmente conhecido; e no  quarto e último trabalho, propôs uma fórmula para a equivalência entre massa e energia, a famosa equação E = mc2, pela qual a energia E de uma quantidade de matéria, com massa m, é igual ao produto da massa pelo quadrado da velocidade da luz,  representada por c.
 Teoria da relatividade
 A terceira publicação de Einstein, em 1905, Sobre a eletrodinâmica dos corpos em movimento, tratava do que ficou  conhecido como teoria especial da relatividade. Esta teoria se baseava no princípio de  que toda medição do espaço e do tempo é subjetiva. Isto levou Einstein a desenvolver mais tarde uma teoria baseada em duas premissas: o princípio  da relatividade, segundo o qual as leis físicas são as mesmas em todos os sistemas de inércia de referência, e o princípio da invariabilidade da velocidade da luz, o qual afirma que a luz se move com velocidade  constante no vácuo.
A teoria geral da relatividade só foi publicada em 1916.  De acordo com esta teoria, as interações entre dois corpos, que até então  se atribuíam a forças gravitacionais, explicam-se pela influência de tais  corpos sobre o espaço-tempo (espaço de quatro dimensões, uma abstração  matemática em que o tempo se junta, como quarta dimensão, às três dimensões euclidianas).
 Einstein no Brasil
 Foi  em Sobral, no Ceará, que, em maio de 1919, durante um eclipse solar, demonstrou-se que a luz das estrelas era atraída pelo Sol, confirmando-se as proposições da teoria da relatividade e espalhando a  fama de Einstein pelo mundo. Ele esteve duas vezes no Rio de Janeiro, a  primeira, por poucas horas, em março de 1925, a caminho da Argentina. Na segunda, de 4  a 12 de maio do mesmo ano, pronunciou duas conferências sobre a relatividade e  uma sobre
A teoria da Relatividade
Relatividade,       teoria desenvolvida no  início do século XX, que, originalmente,       pretendia explicar certas  anomalias no conceito do movimento  relativo,       mas, em sua  evolução, converteu-se em uma das teorias básicas mais       importantes  das ciências físicas. Desenvolvida fundamentalmente  por       Albert  Einstein, foi a base para que os físicos demonstrassem,        posteriormente, a unidade essencial da matéria       e da energia,       do espaço       e do tempo,       e a equivalência entre as forças de gravitação       e os efeitos da aceleração  de um sistema.
Em  1905, Einstein publicou seu artigo sobre a teoria da relatividade especial, segundo o qual nenhum objeto do Universo se  distingue por proporcionar um marco de referência absoluto em repouso. É igualmente  correto afirmar que o trem se desloca em relação à estação e que a estação se desloca em relação ao trem. A hipótese fundamental em que se baseava era  a inexistência do repouso absoluto no Universo, razão pela qual toda  partícula ou objeto deve ser descrito mediante uma chamada linha de Universo, que  traça sua posição em um contínuo espaço-tempo de quatro dimensões (três espaciais e uma temporal), na qual têm lugar todos os fatos do Universo. Também deduz que o comprimento, a massa e o tempo de um objeto variam  com sua velocidade. Assim, a energia cinética do elétron acelerado converte-se em massa, de acordo com a fórmula E=mc2. Em 1915, desenvolveu sua teoria da relatividade geral, na qual  considerava objetos que se movem de forma acelerada um em relação ao outro, para  explicar contradições aparentes entre as leis da relatividade e a lei da  gravitação. 
A teoria da relatividade especial afirma que uma pessoa, dentro de um  veículo fechado, não pode determinar, por meio de nenhum experimento imaginável,  se está em repouso ou em movimento uniforme. A da relatividade geral afirma  que, se esse veículo é acelerado ou freado, ou se faz uma curva, o seu  ocupante não pode assegurar se as forças produzidas se devem à gravidade ou a  outras forças de aceleração. Simplesmente, a lei da gravidade de Einstein  afirma que a linha de Universo de todo objeto é uma geodésica em um contínuo (uma geodésica é a distância mais curta entre dois pontos, ainda que o espaço curvo não seja, normalmente, uma linha reta; como ocorre com as  geodésicas na superfície terrestre, são círculos máximos, mas não linhas retas). A  linha de Universo é curva devido à curvatura do contínuo espaço-tempo na proximidade da Terra e a isso se deve a gravidade.
A teoria da  relatividade geral foi confirmada de numerosas formas desde sua proposição. Vários cientistas têm tratado de unir a  teoria da força gravitacional relativista com o eletromagnetismo e com outras  forças fundamentais da física: as interações nucleares forte e fraca (ver  Teoria do campo unificado).  Em 1928, Paul Dirac expôs uma teoria relativista do elétron. Mais tarde, desenvolveu-se uma  teoria de campo quântica chamada eletrodinâmica quântica, que  unificava os conceitos da relatividade e a teoria quântica, no que diz respeito à interação entre os elétrons, os pósitrons e a radiação eletromagnética. Nos últimos anos, Stephen Hawking tem se  dedicado a tentar integrar por completo a mecânica quântica com a teoria da  relatividade.
Teoria Quântica
 Teoria quântica, teoria física baseada na utilização do conceito de unidade quântica para descrever as propriedades dinâmicas das partículas subatômicas e as interações entre a matéria e a radiação. As bases da teoria foram assentadas pelo físico alemão Max Planck, o qual, em  1900, postulou que a matéria só pode emitir ou absorver energia em pequenas  unidades discretas, chamadas quanta. Outra contribuição fundamental ao  desenvolvimento da teoria foi o princípio  da incerteza, formulado  por Werner Heisenberg em 1927.
Planck  desenvolveu o conceito de quantum como resultado dos estudos da radiação do corpo negro (corpo negro  refere-se a um corpo ou superfície ideal que absorve toda a energia radiante, sem  nenhuma reflexão). Sua hipótese afirmava que a energia só é irradiada em quanta, cuja  energia é hu, onde u é a freqüência da radiação e h é o "quanta de ação", fórmula agora conhecida como constante de Planck.
O físico  francês Louis Victor de Broglie  sugeriu, em 1924, que uma vez que as ondas eletromagnéticas apresentam  características corpusculares, as partículas também deveriam ter características ondulatórias. O conceito ondulatório das partículas levou Erwin Schrödinger a  desenvolver uma equação de onda para descrever as propriedades ondulatórias de uma partícula e, mais concretamente, o comportamento ondulatório do elétron  no átomo de hidrogênio.
Ainda que a  mecânica quântica descreva o átomo exclusivamente por meio de interpretações matemáticas dos fenômenos observados, pode-se dizer que o átomo é formado por um núcleo rodeado por uma série de ondas estacionárias; essas ondas têm máximos em pontos determinados e cada  onda estacionária representa uma órbita. O quadrado da amplitude da onda em  cada ponto, em um momento dado, é uma medida da probabilidade de que um  elétron se encontre ali. Já é possível dizer que um elétron é um ponto determinado  em um momento dado.
A  compreensão das ligações químicas foi radicalmente alterada pela mecânica quântica e passou a basear-se nas equações de  onda de Schrödinger. Os novos campos da física — como a física do estado sólido, a física da  matéria condensada, a  supercondutividade, a física nuclear ou a física das partículas elementares —  apoiaram-se firmemente na mecânica quântica. Essa teoria é na base de todas as  tentativas atuais de explicar a interação nuclear forte (ver Cromodinâmica quântica) e  desenvolver uma teoria do  campo unificado. Os físicos teóricos, como o britânico Stephen Hawking, continuam esforçando-se para desenvolver um sistema que englobe tanto a  relatividade como a mecânica quântica.
Fonte: Extraído da Enciclopédia Encarta-99
da Microsoft