sábado, 23 de abril de 2011

URBI ET ORBI 2009-04-12

La risurrezione di Cristo - Catechismo della Chiesa Cattolica

JEJUM CONSCIENTE - REPOUSO FISIOLÓGICO





O jejum sempre foi associada a rituais religiosos, dietas e protestos políticos.
Agora, porém, pesquisadores do Centro Médico Intermountain, em Utah, Estados Unidos, encontraram evidências de que se abster de comida de vez em quando também faz bem para o coração e para a saúde como um todo.
Os cardiologistas relatam que o jejum reduz os riscos de doença arterial coronariana (caracterizada pelo estreitamento dos vasos sanguíneos em decorrência do espessamento das artérias) e diabetes. Por outro lado, são notadas alterações significativas nos níveis de colesterol no sangue. Tanto o diabetes quanto o colesterol elevado são fatores de risco conhecidos para a doença arterial coronariana.

Os resultados foram apresentados em 03 de abril, nas sessões científicas anuais do Colégio Americano de Cardiologia, em Nova Orleans.

O estudo recente amplia as descoberta de outra pesquisa realizada pelo mesmo centro médico quatro anos atrás, que revelou a associação entre jejum e redução no risco da doença cardíaca – principal causa de morte entre homens e mulheres dos Estados Unidos. Na nova pesquisa, o jejum também mostrou ser eficiente para reduzir outros fatores de risco cardíaco como os triglicerídeos, o peso e os níveis de açúcar no sangue.

“Esses estudos anteriores demonstram que a nossa descoberta mais recente não foi um acontecimento fortuito”, diz Benjamin Horne, diretor de Epidemiologia e Genética Cardiovascular na Faculdade de Medicina Intermountain e principal investigador da pesquisa. “A confirmação desses pontos positivos relacionados ao jejum levanta novas questões como o jejum melhora a saúde ou se ele simplesmente indica um estilo de vida saudável”.

A nova pesquisa registrou as reações biológicas do organismo durante o período de jejum. Os níveis de colesterol de lipoproteína de baixa densidade (LDL-C, o “mau” colesterol) e de alta densidade (HDL-C, o “bom” colesterol) aumentaram significativamente: 14% e 6%, respectivamente. Isso elevou a taxa de colesterol total, o que pegou os pesquisadores de surpresa.

“O jejum provoca fome ou estresse. Em resposta, o organismo libera mais colesterol, permitindo utilizar a gordura como fonte de combustível em vez de glicose. Isso diminui o número de células de gordura no corpo”, explica Horne. “Isso é importante porque quanto menos células de gordura no organismo, menor a probabilidade de resistência à insulina, ou diabetes”.

O estudo recente também confirmou resultados anteriores sobre os efeitos do jejum para o hormônio do crescimento humano (HGH). Durante períodos de 24 horas sem comer, o HGH aumentou em uma média de 1.300% nas mulheres, e quase 2.000% nos homens. Isso ocorre porque o hormônio trabalha para proteger a massa muscular e o equilíbrio metabólico – resposta desencadeada e acelerada pela falta de ingestão de alimentos.

Os pesquisadores realizaram dois estudos com mais de 200 indivíduos – tanto pacientes do hospital quando voluntários saudáveis ​​- que foram recrutados no Centro Médico Intermountain. Outros 30 pacientes beberam apenas água e não comeram nada por 24 horas. Eles também foram monitorados ao comer uma dieta normal, durante um período adicional de um dia inteiro. Os exames de sangue e testes físicos foram aplicados para avaliar todos os fatores de risco cardíacos, indícios de risco metabólicos e outros parâmetros de saúde geral.

Embora os resultados tenham sido surpreendentes para os pesquisadores, ainda não é hora de começar a “dieta do jejum”. São necessários novos estudos como esses para determinar totalmente a reação do corpo à falta de comida e seus reais efeitos sobre a saúde humana. Porém, Horne é otimista e acredita que o jejum pode um dia ser prescrito como tratamento para a prevenção de diabetes ou da doença arterial coronariana.

 Fonte:
 
 Hypescience
http://hypescience.com/estudo-constata-que-jejum-pode-fazer-bem-para-a-saude/?

quinta-feira, 21 de abril de 2011

O QUE É CONSCIÊNCIA?

O que é a consciência?



Autor: Paul Thagard*
Tradução: Rodrigo Véras e André Rabelo

David Chalmers (2008) (CC) Zereshk

Pessoas experimentam percepções como azul, sensações como dor, emoções como ­felicidade, e pensamentos como acreditar que a primavera finalmente chegou.

Será que a psicologia e a neurociência serão um dia capazes de explicar como as pessoas têm esses tipos de consciência?

A psicologia e a neurociência têm feito grandes progressos na explicação de muitos processos mentais, como resolução de problemas, aprendizagem e uso da língua. Mas muitas pessoas ainda têm a intuição de que, não importa o quanto a ciência cognitiva progrida, ela ainda será incapaz de lidar com o mistério da consciência. Nesta visão, todos nós temos uma compreensão básica da experiência consciente através de nossos próprios episódios de percepção, sensação, emoção e reflexão. Mas existe um abismo explanatório intransponível que impede a ciência de trazer a consciência para dentro do seu âmbito.

A ciência seria de fato incapaz de explicar a consciência se as experiências mentais fossem propriedades de almas imateriais, cujas operações permaneceriam totalmente misteriosas a partir da perspectiva dos mecanismos que os físicos, químicos, biólogos e psicólogos utilizam para explicar o que acontece. Mas existem insuficientes evidências que sustentem a visão de que mentes são qualquer coisa além de cérebros, desta maneira a perspectiva não-materialista não parece gerar uma barreira para a explicação da consciência.

Outra possibilidade é que a consciência seja muito complicada para ser compreendida por mentes humanas, que evoluíram para encontrar comida, água, abrigo e parceiros em ambientes simples. Mas essas mesmas mentes foram capazes de criar maravilhosas ferramentas culturais, tais como a linguagem escrita, a matemática e instrumentos científicos que vão desde os telescópios às máquinas de imageamento cerebral. Portanto, seria prematuro, por uma escala de séculos, desistir da tentativa de encontrar explicações científicas para os processos mentais, incluindo a consciência.

De fato, importantes progressos estão sendo alcançados, tanto experimental quanto teoricamente, na exploração dos mistérios da consciência. Os que duvidam disso devem verificar os sites de alguns dos principais pesquisadores da consciência, que incluem:

Christof Koch, Pasadena
Giulio Tononi, Madison

Através do trabalho desenvolvido por eles e por outros, estamos começando a vislumbrar como a consciência poderia ser uma propriedade mental que emerge de um processamento complexo envolvendo bilhões de neurônios em dezenas de áreas cerebrais que interagem.

Em meu livro, O Cérebro e o Significado da Vida, esboço de um relato de como um tipo de consciência – a experiência emocional – pode surgir por meio das interações de múltiplas áreas do cérebro que lidam simultaneamente com as representações perceptuais de situações externas, avaliações cognitivas da significância dessas situações para os objetivos pessoais de alguém e percepções internas dos estados corporais. Nesta perspectiva, a consciência não é uma função especial da mente, mas sim o resultado de processos interativos que unem as percepções e avaliações. Como tais ligações e interações ocorrem é um tópico corrente de investigação na psicologia e na neurociência.

Assim, vejo razões para entusiasmo com as perspectivas de uma teoria científica da consciência. Pode levar décadas ou mesmo séculos antes que tenhamos boas explicações de todos os diferentes tipos de experiências que surgem na percepção, sensação, emoção e reflexão. Mas as peças do quebra-cabeças estão começando a surgir, e será muito emocionante quando os cientistas conseguirem colocá-las todas juntas. Então poderemos dizer com confiança que a consciência é um processo cerebral.


*Paul R. Thagard é professor de Filosofia e Diretor do Programa de Ciência Cognitiva da Universidade de Waterloo, no Canadá. Seus livros incluem The Brain and the Meaning of Life, Hot Thought: Mechanisms and Applications of Emotional Cognition, and Mind: Introduction to Cognitive Science.

http://bulevoador.haaan.com/2011/04/21/o-que-e-a-consciencia/

 
Fonte:
"GENISMO"
Para:
Genismo@yahoogroups.com

OS EUROPEUS - CAMINHOS DA ANTIGUIDADE ATÉ EUROPA UNIDA - DW


  • Os Europeus 
      Historiador traça os caminhos da Antiguidade até a Europa unida
Página Inicia
Fonte:
DW- WOLD.DE
http://www.dw-world.de/dw/

PÁSCOA : MITOS GERMÂNICOS E TRADIÇÕES CRISTÃS

Páscoa: Mitos germânicos e tradições cristãs

Os alemães que cultivam a tradição colorem ovos cozidos, assam bolos especiais na Páscoa e fazem fogueiras em algumas regiões. A festa cristã se sobrepôs à que os germanos dedicavam à deusa da primavera.


Na Alemanha, a tradição cristã da Páscoa como a festa da ressurreição de Cristo, em que a morte não é vista como o fim e sim como o recomeço de uma nova vida, está ligada a elementos da mitologia germânica. Segundo Jacob Grimm, um dos famosos irmãos Grimm, o próprio termo alemão, Ostern, deriva de Ostara, a deusa germânica da primavera.
Esta procissão a cavalo é tradição em Crostwitz, no leste da Alemanha, sendo cultivada há 450 anos pela minoria sórbia. Objetivo da cavalgada é proclamar a ressurreição de CristoBildunterschrift: Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift:  Esta procissão a cavalo é tradição em Crostwitz, no leste da Alemanha, sendo cultivada há 450 anos pela minoria sórbia. Objetivo da cavalgada é proclamar a ressurreição de Cristo

"A primeira das grandes festas germânicas da primavera, representando a vitória do sol aquecedor sobre as trevas e o frio do inverno, é Ostern. Ela somente foi equiparada à festa de ressurreição de Cristo pela Igreja na Idade Média", diz Grimm em seu livro sobre a mitologia germânica.

Como teria surgido o coelho da Páscoa O costume de se procurar os ovos de Páscoa no jardim também estaria baseado na crença dos germanos e de outros povos antigos de que o ovo é o símbolo da fertilidade e da nova vida em crescimento. Já o coelho, símbolo de fertilidade na mitologia grega, só é conhecido como "coelho da Páscoa" no norte da Alemanha há cerca de cem anos. No entanto, o coelho é o animal sagrado atribuído tanto a Afrodite, a deusa do amor dos romanos, como a Ostara.
Artista plástico Stefan Hempel coloca o braço em um de seus coelhos de madeira em seu ateliê em Stralsund. Os coelhos da Páscoa de 80 centímetros de altura são algumas das divertidas figuras que Hempel fabrica para a venda em galerias de todo o paísBildunterschrift: Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift:  Artista plástico Stefan Hempel coloca o braço em um de seus coelhos de madeira em seu ateliê em Stralsund. Os coelhos da Páscoa de 80 centímetros de altura são algumas das divertidas figuras que Hempel fabrica para a venda em galerias de todo o país

No sul, conhece-se há mais tempo a lenda dos ovos trazidos pelo coelho da Páscoa. Em suas pesquisas, o catedrático de Medicina de Heidelberg Georg Franck von Franckenau encontrou registros que documentam a lenda. Os mais antigos são de 1678. O hábito teria surgido, segundo Franckenau, há mais de 300 anos na Alsácia (França), no Palatinado e no Alto Reno (Alemanha).

Como os lépidos coelhos e lebres se multiplicam na primavera - a Páscoa cai na primavera no Hemisfério Norte - os padrinhos teriam inventado uma caçada ao coelho, na qual as crianças encontravam os ovos coloridos escondidos nos parques e jardins.

Ovos para comer e inglês ver
Antes dos ovos de chocolate envoltos em papel colorido, coloriam-se os ovos de galinha, cozidos, hábito cuja origem se perde no tempo e que se mantém vivo até hoje na Alemanha: no café da manhã do sábado ou do domingo de Páscoa não podem faltar ovos de várias cores, tingidos com anilina especial. Presenteá-los também faz parte da tradição.

Pintar ovos é costume nas escolas e entre as famíliasBildunterschrift: Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift:  Pintar ovos é costume nas escolas e entre as famílias

 Também se costuma usar as mais variadas técnicas para pintar ovos. Estes, porém, são esvaziados antes da pintura e, dependendo da habilidade de quem os decora, transformam-se em verdadeiras obras de arte, com direito a exposições especiais na época da Páscoa.

Da culinária aos fogaréus
A culinária alemã de Páscoa inclui a Osterzopf, uma decorativa rosca, na qual, depois de assada, podem ser colocados os ovos cozidos; o Osterlamm, literalmente o cordeiro da Páscoa, mas não se trata de cordeiro assado – tradição judaica – e sim de uma massa assada em fôrmas especiais, em forma de cordeiro; a Möhrencremesuppe, uma sopa com o legume preferido do coelhinho, a cenoura; e, por último, o Osterbraten, o assado de Páscoa, servido no domingo, que pode ser qualquer tipo de carne, não necessariamente cordeiro.

Outro costume cultivado em algumas partes do país é a fogueira da Páscoa, o Osterfeuer. O fogo tanto é o símbolo do sol, como da chama da fé, estando ainda ligado à purificação. Antigamente, a "limpeza de Páscoa" na Alemanha começava no pátio da igreja, onde os fiéis juntavam restos de madeira, galhos e as ramagens secas que sobravam do Domingo de Ramos. Isso para a grande fogueira, a ser acesa na noite de sábado para domingo.

Velas na Páscoa: símbolos da luz de CristoBildunterschrift: Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift:  Velas na Páscoa: símbolos da luz de Cristo 

Nesse Osterfeuer, acende-se a Osterkerze, a vela da Páscoa, que é levada para a igreja, que está às escuras, em procissão. Na ocasião, os fiéis cantam três vezes a canção Lumen Christi, a luz de Cristo.

Na Vestfália e no norte de Hessen desenvolveu-se um costume local, de origem germânica e, portanto pagã: enormes rodas de carvalho, com 1,70 m de diâmetro e mais de 20 cm de espessura, desfilam pela cidade, transportadas em carros de feno. A seguir, são levadas para o alto de um monte. Às 21 horas do sábado, são incendiadas e rolam montanha abaixo.
Neusa Soliz
Fonte:
DW-WORLD.DE
http://www.dw-world.de/dw/article/0,,834694,00.html

quarta-feira, 20 de abril de 2011

SUPERPLÁSTICOS NATURAIS

Especiais

Superplásticos naturais

Superplásticos naturais Pesquisadores da Unesp desenvolvem nova geração de plásticos a partir de fibras naturais extraídas de resíduos agroindustriais. Trabalho atrai a atenção da indústria automobilística

Por Elton Alisson

 De resíduos agroindustriais saem fibras que poderão dar origem a uma nova geração de superplásticos. Mais leves, resistentes e ecologicamente corretos do que os polímeros convencionais utilizados industrialmente, as alternativas vêm sendo pesquisadas pelo grupo coordenado pelo professor Alcides Lopes Leão na Faculdade de Ciências Agronômicas da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp), em Botucatu.

Obtidas de resíduos de cultivares como o curauá (Ananas erectifolius) – planta amazônica da mesma família do abacaxi –, além da banana, casca de coco, sisal, o próprio abacaxi, madeira e resíduos da fabricação de celulose, as fibras naturais começaram a ser estudadas em escalas de centímetros e milímetros pelo professor Lopes Leão e colegas no início da década de 1990.

Ao testá-las nos últimos dois anos em escala nanométrica (da bilionésima parte do metro), os pesquisadores descobriram que as fibras apresentam resistência similar às fibras de carbono e de vidro. E, por isso, podem substituí-las como matérias-primas para a fabricação de plásticos. O resultado são materiais mais fortes e duráveis e com a vantagem de, diferentemente dos plásticos convencionais originados do petróleo e de gás natural, serem totalmente renováveis.

“As propriedades mecânicas dessas fibras em escala nanométrica aumentam enormemente. A peça feita com esse tipo de material se torna 30 vezes mais leve e entre três e quatro vezes mais resistente”, disse Lopes Leão à Agência FAPESP.

Em testes realizados pelo grupo por meio de um acordo de pesquisa com a Braskem, em que foi adicionado 0,2% de nanofibra ao polipropileno fabricado pela empresa, o material apresentou aumento de resistência de mais de 50%.
Já em ensaios realizados com plástico injetável utilizado na fabricação de para-choques, painéis internos e laterais e protetor de cárter de automóveis, em que foi adicionado entre 0,2% e 1,2% de nanofibras, as peças apresentaram maior resistência e leveza do que as encontradas no mercado atualmente, segundo o cientista.

“Em todas as peças utilizadas pela indústria automobilística à base de polipropileno injetado nós substituímos a fibra de vidro pela nanocelulose e obtivemos melhora das propriedades”, afirmou.

Além do aumento na segurança, os plásticos feitos de nanofibras possibilitam reduzir o peso do veículo e aumentar a economia de combustível. Também apresentam maior resistência a danos causados pelo calor e por derramamento de líquidos, como a gasolina.

“Por enquanto, estamos focando a aplicação das nanofibras na substituição dos plásticos automotivos. Mas, no futuro, poderemos substituir peças que hoje são feitas de aço ou alumínio por esses materiais”, disse Lopes Leão.
Por meio de um projeto apoiado por meio do Programa de Apoio à Pesquisa em Parceria para Inovação Tecnológica (PITE) da FAPESP, a fibra de curauá passou a ser utilizada no teto, na parte interna das portas e na tampa de compartimento da bagagem dos automóveis Fox e Polo, fabricados pela Volkswagen.

Outras indústrias automobilísticas já manifestaram interesse pela tecnologia, segundo Lopes Leão. Entre elas está uma empresa indiana, cujo nome não foi revelado, que tomou conhecimento da pesquisa após ela ser apresentada no 241º Encontro e Exposição Nacional da Sociedade Norte-Americana de Química (ACS, na sigla em inglês), que ocorreu no final de março em Anaheim, nos Estados Unidos.

Fibras mais promissoras
Segundo o coordenador da pesquisa, além da indústria automobilística as nanofibras podem ser aplicadas em outros setores, como o de materiais médicos e odontológicos.

Em um projeto realizado em parceria com a Faculdade de Odontologia da Unesp de Araraquara, os pesquisadores pretendem substituir o titânio utilizado na fabricação de pinos metálicos para implantes dentários pelas nanofibras.
Em outro projeto desenvolvido com a Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Unesp de Botucatu, o grupo utiliza as nanofibras para desenvolver membranas de celulose bacteriana vegetal.

Em testes de biocompatibilidade in vivo, realizados com ratos, os animais sobreviveram por seis meses com o material. “Nenhuma pesquisa do tipo tinha conseguido atingir, até então, esse resultado”, afirmou Lopes Leão.

Por meio de outros projetos financiados pela FAPESP, o grupo da Unesp também está estudando a utilização de fibras naturais para o desenvolvimento de compósitos reforçados e para o tratamento de águas poluídas por óleo.
De acordo com o coordenador, entre as fibras de plantas, as do abacaxi são as que apresentam maior resistência e vocação para serem utilizadas na fabricação de bioplásticos.

Dos materiais, o mais promissor é o lodo da celulose de papel, um resíduo do processo de fabricação que as indústrias costumam descartar em enormes quantidades e com grandes custos financeiros e ambientais em aterros sanitários.

Para utilizar esse resíduo como fonte de nanofibras, Lopes Leão pretende iniciar um projeto de pesquisa com a fabricante de papel Fibria em que o lodo da celulose produzido pela empresa seria transformado em um produto comercial.

“É muito mais simples extrair as nanofibras desse material do que da madeira, porque ele já está limpo e tratado pelas fábricas de papel”
disse
.
Para preparar as nanofibras, os cientistas desenvolveram um método em que colocam as folhas e caules de abacaxi ou das demais plantas em um equipamento parecido com uma panela de pressão.

O “molho” resultado dessa mistura é formado por um conjunto de compostos químicos e o cozimento é feito em vários ciclos, até produzir um material fino, parecido com o talco. Um quilograma do material pode produzir 100 quilogramas de plásticos leves e super-reforçados.
 
Fonte:  
Agência FAPESP
http://www.agencia.fapesp.br/materia/13725/superplasticos-naturais.htm
13/4/2011

O CORPO FALA - Agência FAPESP

Especiais

O corpo fala

O corpo fala

Manipulação de corpos em rituais funerários era praticada em outras regiões da América do Sul além dos Andes, revela pesquisa (divulgação)

Por
Elton Alisson

A manipulação de corpos em rituais funerários, utilizando ossos como símbolos para expressar crenças sobre a morte, não se restringia apenas aos povos que habitavam a região dos Andes há 10 mil anos, durante o Holoceno inicial. 

A prática também era realizada nesse mesmo período por povos localizados nas chamadas “terras baixas” do continente, incluindo o Brasil, revelam pesquisas realizadas pelo arqueólogo André Menezes Strauss, que cursa doutorado no Instituto Max Planck de Antropologia Evolutiva, em Leipzig, na Alemanha.

As descobertas dos estudos foram apresentadas em congresso da Associação Norte-Americana de Antropologia Física, realizado de 12 a 16 de abril em Minneapolis, nos Estados Unidos.

Durante sua pesquisa de mestrado, realizado no Instituto de Biociências (IB) da Universidade de São Paulo (USP), com Bolsa da FAPESP, Strauss participou da exumação de 26 esqueletos humanos sepultados no sítio arqueológico Lapa do Santo, em Minas Gerais, que foi escavado nos últimos dez anos no âmbito do Projeto Temático "Origens e microevolução do homem na América: uma abordagem paleoantropológica", financiado pela FAPESP, e  coordenado pelo professor do IB, Walter Neves.

Ao analisar os esqueletos humanos, datados de 8.500 anos, Strauss percebeu que os ossos apresentavam marcas de corte por instrumentos de pedra, tinham sido expostos ao fogo ou receberam aplicação de ocre (tinta marrom). Além disso, alguns esqueletos tinham membros amputados e foram sepultados de forma desarticulada, juntando os ossos de vários indivíduos, por exemplo.
Intrigado com a descoberta, Strauss e Pedro José Tótora da Glória, doutorando em antropologia física na The Ohio State University, revisitaram as coleções de ossos que foram escavados desde o início do século 19 em outros sítios arqueológicos na região de Lagoa Santa, onde está situada a gruta de Lapa do Santo. Os pesquisadores constataram que os ossos compartilhavam as mesmas características dos encontrados em Lapa do Santo.

“Identificamos um certo grau de sofisticação nos ritos mortuários desses grupos, que eram bastante diversificados, tinham características muito peculiares e uma forte ênfase na manipulação do corpo”, disse Strauss à Agência FAPESP.

Além de ter os ossos cortados e marcados, os esqueletos também foram organizados e dispostos nas sepulturas de acordo com regras muito específicas. O crânio de um adulto, por exemplo, era enterrado com o restante do esqueleto de uma criança, enquanto crânios infantis eram sepultados com os ossos de pessoas maduras.

Em outros casos, os dentes de um indivíduo eram removidos para adornar os restos mortais de outro. “Eles expressavam através da materialidade do osso princípios dicotômicos que deviam fazer parte da cosmologia deles”, analisou Strauss.

De acordo com o pesquisador, não se esperava que as práticas mortuárias dos primeiros habitantes da América do Sul fossem tão elaboradas, como revelaram as pesquisas.

Isso porque na antropologia havia uma ideia de que, pelo caráter nômade dos caçadores-coletores pré-históricos, eles não despenderiam tempo e energia para enterrar mortos. Mas a descoberta das múmias Chinchorros no Chile, no início da década de 1970 e, agora, dos achados em Lapa do Santo estão colaborando para demover essa ideia.

“Assim como os grupos em Lagoa do Santo, os Chinchorros também eram caçadores-coletores. Ninguém esperava que grupos vivendo há mais de 8 mil anos na costa andina mumificassem seus mortos e que os grupos em Lagoa Santa teriam rituais funerários elaborados”, disse Strauss.

Com base nessas descobertas, segundo o cientista, será possível estabelecer um novo quadro regional para as práticas mortuárias na América do Sul durante o Holoceno inicial, caracterizado não pela simplicidade dos enterros, como se imaginava, mas pela sofisticação dos ritos funerários, como foi comprovado pela manipulação do corpo pelos grupos que habitaram Lagoa do Santo.
“Agora não dá mais para dizer que durante o Holoceno inicial as práticas de manipulação do corpo estavam limitadas aos Andes, mas sim que estavam dispersas por boa parte da América do Sul, incluindo as terras baixas”, afirmou.

Peter Lund
No Instituto Max Planck, Strauss estuda evolução humana e, paralelamente à sua pesquisa de doutorado, continua investigando as práticas mortuárias sul-americanas.

Na Europa, o cientista pretende visitar as coleções escavadas pelo naturalista dinamarquês Peter Lund (1801-1880) em Lagoa Santa para tentar encontrar evidências de que elas apresentam as mesmas características dos ossos escavados recentemente no sítio arqueológico mineiro e que passaram despercebidos pelos arqueólogos que já haviam passado por Lapa do Santo. As coleções de Lund estão no Museu de História Natural da Dinamarca.

“Demos muita sorte porque a região de Lagoa Santa tem centenas de cavernas que foram escavadas por equipes de arqueólogos. Lapa do Santo era um sítio arqueológico virgem”, disse Strauss.

Os arqueólogos que escavaram a região mineira anteriormente podem não ter atentado ao fato de que os ossos apresentavam marcas por terem outros objetivos de pesquisa, como a coexistência do homem com a megafauna e morfologia craniana. Além disso, não era possível identificar essas características nos esqueletos com os métodos disponíveis na época.

“Levamos mais de duas semanas para exumar cada sepultamento humano e escavamos apenas cerca de 15% do sítio de Lapa do Santo. A ideia é deixar material disponível para ser escavado no futuro, com novas técnicas”, disse Strauss.

Mais informções sobre a pesquisa,

Fonte:
Agência FAPESP
 http://www.agencia.fapesp.br/materia/13747/especiais/o-corpo-fala.htm
18/4/2011

REFÚGIO NA SANGHA - Marcelo ferrari



BUSCO REFÚGIO NA SANGHA

Existe um ditado Tibetano que diz:


"Entre nós, apenas os leões da neve 
é que podem ir sós para a floresta 
e chegar ao Nirvana sozinhos." 

A maioria de nós precisa de uma Sangha. A palavra Sangha se traduz como "comunidade virtuosa". Historicamente, Sangha refere-se à comunidade monástica de monges ordenados.

Quando Jesus disse:

"Onde dois ou mais se reunirem em meu nome,
aí estarei presente", 

ele estava afirmando o poder miraculoso, a sinergia da Sangha, que inclui toda a comunidade das criaturas, as visíveis e as não visíveis, as humanas e as não humanas, todo o círculo sem fronteiras. 

Buscar refúgio na Sangha representa nosso compromisso de viver harmoniosamente com os outros e trabalhar para ajudar todas as criaturas a dar mais um passo no caminho da felicidade incondicional. Os amigos de Sangha podem nos ajudar a ultrapassar os trechos mais difíceis do nosso caminho, quando nos sentimos desencorajados e esgotados e angustiados.

A Sangha pode nos ensinar muito. 
E a prática em grupo pode polir 
muitas das nossas arestas mais grosseiras.


(Lama Surya Das)



SANGHASTÊ 
 
Cantamos em bloco
em loco
em coro
 a começos estamos
 a meios e afins
estamos ao sim
- afinidade é nossa idade 

ser e estar
é nossa cidade
nosso estado
de consciência 

estamos dentro 
estamos fora
estamos nisso
pra isto sempre a serviço
de nossos iguais 

somos da tribo
do aqui e agora 

- filhos do improviso
despertos , dispostos
ao que for  preciso
pra realizar
nosso tributo  de amor.
 
Marcelo Ferrari
 Fonte:

SANGHA SACRA

 
http://www.facebook.com/event.php?eid=140254629379038