terça-feira, 15 de junho de 2010

AS INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS



TEORIA  DAS INTELIGÊNCIAS


TEORIA DAS INTELIGÊNCIAS


Inteligências Múltiplas, Inteligência Emocional, Inteligência Espiritual/Existencial.

À luz de estudos sobre a inteligência e analisando a teoria das Inteligências Múltiplas de Howard Gardner, enriquecida pela teoria da Inteligência Emocional de Daniel Goleman e pelo advento da teoria da Inteligência Espiritual, segundo a versão de Danah Zohar e Ian Marshall, relatamos os fundamentos dessas teorias, a classificação das diferentes inteligências e avaliamos a pertinência da inclusão da “inteligência espiritual” no rol das Inteligências Múltiplas de Howard Gardner.

1. INTRODUÇÃO


O processo de evolução do estudo da cognição e inteligência humana tem demonstrado que, cientificamente, vêm ocorrendo verdadeiras revoluções nesse campo. As primeiras contribuições do estudo do QI (Quociente de Inteligência) de Alfred Binet, o aparecimento da Teoria das Inteligências Múltiplas, por Howard Gardner, a expansão para a identificação do QE (Quociente Emocional) de Daniel Goleman, e a constatação de aspectos significativos para a eminência do QS (Quociente Espiritual), na visão de Danah Zohar e Ian Marshall, demonstram essa tendência.

Nesse sentido seus conceitos e fundamentos são aqui tratados de forma a confirmar suas origens e discutir seu desenvolvimento, sob a ótica de seus autores e estudiosos. A influência e importância que essas correntes tiveram para o mundo científico e tecnológico, por si só já seriam suficientes para justificar seu estudo. Dentro dessa perspectiva, o artigo procura fazer uma trajetória desse processo evolutivo, identificando algumas relações e contradições dessas abordagens, formulando alguns questionamentos, na tentativa de tornar mais evidente suas interações e clarificar a possível existência de uma origem cósmica da consciência humana.

2. PRIMEIROS PASSOS


Há quase um século (1905), Alfred Binet foi convidado pelo Ministro da Educação da França para determinar quem tinha dificuldades na escola.

Devido à migração das províncias para a capital e a imigrantes de origem desconhecida, o povo parisiense acreditava ser necessário saber quem não poderia avançar com desenvoltura pelo sistema de ensino.

Procedendo de maneira empírica, Binet formulou questões para que jovens de diferentes idades as respondessem. Simplesmente, responder corretamente as questões indicava sucesso na escola, caso contrário, indicava dificuldades na escola.

Os itens que distinguiam claramente esses dois grupos foram utilizados para formular o primeiro teste de inteligência, ou seja, o teste do QI (Quociente Intelectual).

Até meados da década de 70, devido a um excesso de demanda, as organizações estavam focadas prioritariamente na produção em massa e na economia de escala, ou seja, na otimização dos resultados.

Nessa época predominava amplamente a valorização do capital industrial, do intelecto racional voltado para os meios de produção.

Até então, a inteligência das pessoas era avaliada por este Quociente de Inteligência – QI.

No decorrer dos anos 80 a relação entre capital e trabalho foi mudando suas feições. A nova dinâmica dos mercados e a conseqüente compreensão de que as pessoas que integravam a organização eram mais importantes do que as máquinas, deram mais equilíbrio a esse conflito histórico.

Neste novo cenário, percebeu-se que as pessoas precisavam de muito mais do que o Quociente de Inteligência se propunha avaliar.

Então, começou a tomar forma a idéia das inteligências múltiplas, de acordo com a qual toda pessoa possui, simultaneamente, diversos tipos de inteligências, porém com algumas habilidades mais e outras menos desenvolvidas. Isto devido a biologias diferentes, estímulos recebidos e experiências vividas de cada um.

Howard Gardner, professor na Harvard Graduate School of Education, desenvolveu nessa época pesquisas com pessoas que possuíam lesões no cérebro e realizou uma série de estudos sobre a mente humana.

Estes estudos culminaram com a publicação do livro “Estruturas da Mente” em 1983. Nele o autor tenta chegar a uma visão mais ampla do pensamento humano em relação às concepções que eram aceitas por estudos cognitivos até então.

Mais tarde, em 1995, Gardner publica um livro contestando a idéia de inteligência única e o uso de testes para avaliar as capacidades das pessoas, uma vez que estes se limitavam a medir somente as capacidades lógico-matemática e lingüística, ignorando todas as outras de que os seres humanos são dotados.

O autor apresenta neste livro, a “Teoria das Inteligências Múltiplas”, com sete inteligências: a lógico-matemática, a lingüística, a sonoro-musical, a cinestésico-corporal, a espacial, a interpessoal e a intrapessoal.

Na ocasião, Gardner foi muito criticado por tentar mudar a definição psicológica de inteligência. No ano seguinte, contudo, sua teoria atraiu considerável atenção do meio científico.

Posteriormente, Gardner incorporou a este conjunto uma oitava inteligência, a naturalista, e recentemente admitiu a possibilidade de vir a acrescentar uma nona que seria a existencial.

3. AS INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS

A teoria das Inteligências Múltiplas (IM) trouxe um novo conceito para inteligência.

Numa visão tradicional, a inteligência é definida operacionalmente como sendo a capacidade de responder a itens de inteligência.

A teoria de IM amplia este conceito que passa a ser o de resolver problemas ou elaborar produtos que são importantes num determinado ambiente ou comunidade cultural (GARDNER, 1995). A capacidade de resolver problemas permite à pessoa abordar uma situação em que um objetivo deve ser atingido e localizar a rota adequada para esse objetivo.

A criação de um produto cultural é crucial nessa função, na medida em que captura e transmite o conhecimento ou expressa as opiniões ou sentimentos da pessoa.

Para Antunes (2001), considerando a maneira como a mente humana trabalha a cognição, a divisão entre várias inteligências tem na verdade um valor classificatório, uma referência didática. Esta afirmação fundamenta-se no fato de que, ao realizarmos uma atividade, não estaremos utilizando uma inteligência apenas e sim, várias delas, que estarão trabalhando e interagindo simultaneamente.

Neste mesmo sentido, Gardner (1995) afirma que vários papéis sociais não dependem apenas de uma única inteligência e exemplifica ao relacionar que ao dançar a pessoa utiliza-se das inteligências cinestésico-corporal, musical, interpessoal e espacial em graus variados. Ele ensina também que a política depende de capacidades lingüísticas, interpessoal e certa lógica.

Assim, objetivando melhor compreender cada uma das inteligências, segundo classificação de Gardner (1995), é que na seqüência, abordaremos suas principais características:
Inteligência Lógico-matemática: esta inteligência, consiste na competência individual em desenvolver e/ou acompanhar cadeias de raciocínios, resolver problemas lógicos e lidar bem com cálculos e números. Possibilita calcular, quantificar, considerar proposições e hipóteses e realizar operações matemáticas complexas. Matemáticos, cientistas, contadores, engenheiros, programadores de computação entre outros, apresentam esta inteligência mais desenvolvida.

Inteligência Lingüística: esta inteligência apresenta a capacidade de lidar bem com a linguagem tanto verbal quanto escrita. Consiste em pensar com palavras, e utilizar a linguagem para expressar e avaliar significados complexos. São bons exemplos desta inteligência os escritores, oradores, políticos, locutores, professores, bem como poetas, autores, jornalistas etc.

Inteligência Sonoro-musical: a capacidade de interpretar, escrever, ler e expressar-se pela música, constituem seus atributos principais. Ela evidencia-se em pessoas que possuem uma sensibilidade para a entoação, a melodia, o ritmo e o tom. Compositores, cantores, maestros, instrumentistas e também ouvintes sensíveis demonstram essa inteligência com mais freqüência.

Inteligência Cinestésico-corporal: a perfeita forma de expressão corporal, a resolução de determinado problema por meio de movimentos do corpo e a elaboração de produtos utilizando o corpo inteiro, ou partes dele, são as características principais desta inteligência. Ela permite que a pessoa manipule objetos e sintonize habilidades físicas. Habitualmente, dançarinos, atletas, cirurgiões, artesãos, mímicos entre outros apresentam esta inteligência mais desenvolvida.

Inteligência Espacial: esta inteligência identifica as capacidades de formar um modelo mental de um mundo espacial, bem como, de manobrar e operar utilizando esse modelo. Instiga o pensar tridimensional, desenvolvendo, desta forma, grande percepção e relacionamento com o espaço. Marinheiros, engenheiros, pintores e arquitetos são alguns exemplos de pessoas que normalmente possuem uma inteligência espacial bem desenvolvida.

Inteligência Interpessoal: a capacidade de compreender outras pessoas, o que as motiva, como trabalham e desta maneira interagir efetivamente com elas, constitui-se num dos atributos principais das pessoas que possuem esta inteligência mais apurada. Professores bem-sucedidos, vendedores, políticos, terapeutas, assistentes sociais e líderes religiosos, provavelmente são pessoas com altos graus de inteligência interpessoal.

Inteligência Intrapessoal: esta inteligência consiste na capacidade para construir uma percepção acurada e verídica de si mesmo, utilizando esse conhecimento para operar efetivamente na vida, planejando-a e direcionando-a. Exemplificando esta inteligência, estão pessoas que se especializam como teólogos, psicólogos e filósofos.

Inteligência Naturalista: observar padrões na natureza, identificando e classificando objetos e compreendendo os sistemas naturais e aqueles criados pelo homem, são características das pessoas que possuem esta inteligência mais aflorada. Como exemplo podemos citar os biólogos, botânicos e principalmente os ecologistas.

Em algum nível básico cada inteligência se manifesta, independente da educação ou apoio cultural. Desta maneira, todos possuem certas capacidades essenciais de cada uma das inteligências (GARDNER, 1995).

Nesta linha de pensamento, Armstrong (2001) menciona a possibilidade que a maioria das pessoas tem para desenvolver as suas inteligências em um nível de maestria relativamente competente.

Neste ponto, ergue-se um questionamento: qual a diferença entre uma inteligência ou uma habilidade? Preocupado com isto, Gardner desenvolveu um conjunto de critérios a serem observados para configurar uma inteligência.

4. ATRIBUTOS DAS INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS


Gardner (1994) menciona a dificuldade de nomear e detalhar as inteligências essenciais. Assim, ele procurou compor um conjunto de inteligências que satisfizessem determinadas especificações bio e psicológicas.

Desta forma, um pré-requisito para uma teoria de inteligências múltiplas, como um todo, é que ela capte uma gama razoavelmente completa dos tipos de competências valorizadas pelas culturas humanas.

Ele exemplifica ao dizer que devemos levar em conta as habilidades tanto de um xamã e de um psicanalista, quanto as de yogue e de um santo.

Para Gardner (1994):

(...) uma competência intelectual deve apresentar um conjunto de habilidades de resolução de problemas – capacitando a pessoa a resolver problemas ou dificuldades genuínas que ela encontra e, quando adequado, a criar um produto eficaz – e deve também apresentar o potencial para encontrar ou criar problemas – por meio disso propiciando o lastro para a aquisição de conhecimento novo.

Estes pré-requisitos traduzem os esforços do autor para fornecer uma fundação sólida para as inteligências escolhidas, assegurando que a inteligência seja genuinamente útil e importante, pelo menos em determinados cenários culturais e desqualificando capacidades que não signifiquem nada em outras culturas.

Para que seja aprovada e considerada uma inteligência habilitada e não simplesmente um talento, habilidade ou aptidão, Gardner (1994) utilizou alguns critérios para nomear um conjunto de inteligências que incluem os oito fatores a seguir:

Isolamento potencial por dano cerebral - Por meio de suas pesquisas com pessoas com danos cerebrais, Gardner (1994) pôde constatar que tais lesões que tinham afetado áreas específicas do cérebro, prejudicando seletivamente uma inteligência, deixava todas as outras intactas. Por esta razão, o isolamento potencial tornou-se um dos critérios a ser atendido.

A existência de Idiots Savants, prodígios e outras pessoas excepcionais - Gardner sugere que em algumas pessoas podemos observar inteligências únicas operando em elevados níveis ao passo que esta mesma pessoa apresenta um perfil altamente desparelhado de habilidades e deficiências. Na extensão em que a condição do prodígio ou do idiot savant pode estar ligada a fatores genéticos, ou a regiões neurais específicas, a alegação de uma inteligência específica é melhorada. Portanto, a existência destas populações nos permite observar a inteligência humana em relativo isolamento.

Uma operação central ou conjunto de operações identificáveis - Assim como um programa de computador requer um conjunto de operações a fim de funcionar, cada inteligência tem um conjunto de operações centrais que servem para acionar as várias atividades inerentes àquela inteligência, desta maneira, torna-se fundamental ser capaz de identificar estas operações centrais, localizar seu substrato neural e provar que estes “centros” são, de fato, separados. Gardner especula que essas operações centrais serão, um dia, identificadas com tal precisão que poderão ser simuladas num computador.

Uma história desenvolvimental distintiva, aliada a um conjunto definível de desempenhos proficientes de expert “Estado Final” - As inteligências são estimuladas pela participação em alguma atividade culturalmente valorizada, e que o desenvolvimento da pessoa nessa atividade segue um padrão, isto é, cada atividade tem seu momento de surgir, e seu próprio padrão de declínio rápido ou gradual conforme a pessoa envelhece. A identificação da história desenvolvimental da inteligência e a análise de sua susceptibilidade à modificação e treinamento é da mais elevada importância para profissionais da educação.

História e plausibilidade evolutivas - Gardner conclui que as raízes das nossas oito inteligências estão profundamente inseridas na evolução dos seres humanos e mesmo na de outras espécies. Isto significa que uma inteligência específica torna-se mais plausível na medida em que se pode localizar seus antecedentes evolutivos, inclusive capacidades compartilhadas com outros organismos; deve-se também atentar para capacidades computacionais específicas que pareçam funcionar em isolamento em outras espécies, mas tornaram-se unidas nos seres humanos.

A teoria das IM também tem um contexto histórico. Certas inteligências parecem ter sido mais importantes em épocas antigas do que são atualmente, assim como outras podem tornar-se mais importantes no futuro.

Apoio de tarefas psicológicas experimentais - Gardner sugere que, ao examinar estudos psicológicos específicos, podemos perceber a autonomia relativa das inteligências. Da mesma forma, em estudos de capacidades cognitivas como memória, percepção ou atenção, podemos ver evidências de que as pessoas possuem capacidades seletivas. Cada uma delas, então, é específica de uma inteligência; isto é, as pessoas podem demonstrar diferentes níveis de proficiência nas oito inteligências em cada área cognitiva.

Apoio de achados psicométricos - Apesar de contestar os testes padronizados, Gardner sugere que eles fornecem indícios, que de certa forma, apóiam sua teoria. Na medida em que as tarefas que intencionalmente avaliam uma inteligência correlacionam-se mais entre si, e menos com as que propositalmente avaliam outras inteligências, sua formulação aumenta em credibilidade. A interpretação dos achados psicométricos não é sempre uma questão direta, pois os testes de inteligência nem sempre testam o que alegam, além do que, muitas tarefas envolvem o uso de outras além da competência visada.

A ênfase em métodos tradicionais (papel e lápis) com freqüência exclui os testes adequados para certas capacidades, especialmente as que envolvem a manipulação ativa do meio ou a interação com outras pessoas.

Suscetibilidade à codificação em um sistema simbólico - Gardner sugere que as inteligências humanas gravitem naturalmente em direção à incorporação em um sistema simbólico. Desta forma, pelo fato de cada uma das oito inteligências de sua teoria possuir seu próprio sistema simbólico, é que elas satisfazem este critério.

Mas, além das oito inteligências já reconhecidas, Gardner está considerando a possibilidade da existência de uma nona. Trata-se da existencial.

5. A EXISTENCIAL É UMA INTELIGÊNCIA?

A inteligência existencial é uma candidata para ser incorporada como sendo a nona inteligência da teoria das IM de Gardner.

Porém, conceber esta capacidade como inteligência esbarra no conflito gerado por considerá-la uma “sub-inteligência” das inteligências inter ou intrapessoal, com um componente de valor agregado.

Este conflito apoia-se na possibilidade desta capacidade estar associada a uma inteligência já existente, também se amparando na questão de ser proibitivo para o teórico e inútil para o praticante, considerar cada capacidade como inteligência (GARDNER, 1995).

Gardner define esta inteligência como a preocupação com as questões básicas da vida, tendo como capacidade principal a de situar-se com referência ao alcance máximo do cosmos – o macrocosmo e o infinito, e o microcosmo e o infinitesimal - e com referência a características existenciais da condição humana como o significado da morte, o derradeiro destino dos mundos físico e psicológico, e àquelas experiências profundas como o amor por outro ser humano ou uma causa ou um trabalho.

Porém, esta inteligência ainda não foi somada às oito anteriores estudadas por Howard Gardner e sua equipe, por não ter satisfeito todos os critérios inerentes às demais inteligências.
Em uma de suas palestras Gardner apenas afirma que “Embora seja interessante pensar numa nona inteligência, não vou acrescentar à lista uma inteligência existencial. O fenômeno é suficientemente desconcertante e a distância das outras inteligências suficientemente grande para ditar prudência – pelo menos por ora. No máximo, estou querendo brincar, no estilo de Fellini, sobre as “8 ½ inteligências”.

Gardner (1995) não propõe uma inteligência moral ou espiritual. Para ele, o que é moral ou espiritual depende imensamente dos valores culturais, nesse caso internalizados. E, ainda, segundo ele, para descrever as inteligências deve-se mobilizar capacidades em função da valorização externalizada em uma cultura através do intelecto, e não pelos comportamentos que são, eles próprios, valorizados internamente de uma maneira ou outra pela própria pessoa. Ou seja, aqueles de fundo emocional ou moral.

Porém, apesar dessa visão de Gardner, outros estudiosos vem contribuindo para a expansão na direção deste tema. Entre eles encontra-se Daniel Goleman e sua Inteligência Emocional.

6. INTELIGÊNCIA EMOCIONAL

Em 1995, o psicólogo americano Daniel Goleman, autor do best-seller “Inteligência Emocional”, popularizou pesquisas realizadas por numerosos neurocientistas e psicólogos mostrando que capacidades como autoconhecimento, autodisciplina, persistência e empatia têm repercussão muito maior na vida de uma pessoa do que o QI.

Ele introduziu o conceito de Inteligência Emocional (IE) e observou que o Quociente Emocional (QE) constitui requisito básico para emprego efetivo do QI.

Por esta razão, desenvolver a inteligência emocional virou febre no final dos anos 90, principalmente no mundo empresarial.

Ele mapeia tal inteligência em quatro áreas de habilidades: a primeira consiste no controle emocional, ou seja, na habilidade da pessoa em lidar com seus próprios sentimentos, adequando-os para a situação.

A segunda área de habilidade defendida pelo autor é a de dirigir emoções a serviço de um objetivo. Também conhecida como automotivação.

O reconhecimento de emoções em outras pessoas e a habilidade em relacionamentos interpessoais, constituem-se nas duas outras áreas de habilidade.

Goleman (1995) ressalta a IE em função da importância das emoções na sobrevivência, ao nos servir de um sofisticado e delicado sistema interno de orientação; na tomada de decisões; no ajuste de limites, quando nos sentimos incomodados com o comportamento de uma pessoa; na comunicação com os outros; e na união de todos os membros da espécie humana.

O autor também faz referências a conseqüências (aumento da criminalidade, de suicídios e o abuso de drogas), as quais, na sua opinião, são resultado de uma cultura que privilegia o intelecto, relegando o lado emocional. Para ele, é preciso ensinar o alfabeto emocional às pessoas. É preciso, ensinar-lhes as aptidões essenciais como a autoconsciência, a administração de conflitos e a perseverança, ou seja as emoções.

Para Goleman ensinar o abecedário emocional é ensinar a lidar com a ira e a tristeza; a respeitar as diferenças que nos rodeiam no nosso dia-a-dia; aprender a perguntar e a negociar, ou seja, aprender a lidar com suas emoções e sentimentos.

Associado a este aprendizado deve-se considerar as aptidões cognitivas, principalmente, o falar consigo mesmo, ler e interpretar as influências sociais, tomar decisões, resolver problemas e compreender a perspectiva do outro. De acordo com Goleman, o máximo da inteligência emocional é colocar como objetivo o bem-estar coletivo.

O autor faz comentários sobre as descobertas da arquitetura do cérebro, que permitiriam mostrar a existência de circuitos que determinam o comportamento. Ele afirma que as emoções nocivas fazem tanto mal à nossa saúde quanto o cigarro.

Para justificar sua postura, Goleman (1995) reporta-se a Aristóteles ao dizer que “o problema não está na emocionalidade, mas na adequação da emoção e sua manifestação.” Para ele, as emoções são impulsos para agir, e quando as paixões dominam a razão as conseqüências são, em geral, catastróficas.

Para Goleman (1995) “as emoções são impulsos que foram deixados pela evolução do ser humano, desde os tempos iniciais de seu aparecimento e a luta pela sobrevivência (‘lutar ou fugir’) os quais até hoje parecem incidir em nosso comportamento da mesma maneira, seja qual for o fenômeno causador do surgimento destas.”

Para o autor, o segredo reside no amor, pois através dele exprimimos sentimentos afetuosos. Assim estamos preparados para responder ao medo e a raiva de forma a alcançar a felicidade.

Por sua vez, Antunes (1997) diz que ninguém aprende matemática sem muitos exercícios, rabiscos, papel e muito esforço. Da mesma forma, também na inteligência emocional é necessário praticar para aprender as melhores formas de lidar com as emoções.

Com o quociente emocional busca-se ver as coisas na perspectiva do outro, promover a cooperação e auto-motivação, tomar a iniciativa e regular o tempo.

Assim, através do aprendizado das estratégias e formas de lidar com as emoções pretende-se obter o equilíbrio e o consenso entre razão e emoção, para que unidos possam, numa visão positivista e ao mesmo tempo humanista, induzir o Homem na utilização de toda sua potencialidade, tanto bio quanto psicológica.

O estudo e conhecimento deste assunto não pára aqui porque o homem é um ser que jamais esgota suas possibilidades de crescimento, nunca explora todas as potencialidades, nem alcança um estado definitivo de desenvolvimento. A própria condição humana determina a necessidade de permanente formação.

Induzidos por esta busca, novos pesquisadores vêm desenvolvendo outras teorias. Entre eles, encontram-se Danah Zohar e Ian Marshall. Entre suas proposições, destacam a possibilidade da existência de uma Inteligência Espiritual.

7. INTELIGÊNCIA ESPIRITUAL

A psicóloga e filósofa americana Danah Zohar, em co-autoria com Ian Marshall, lançou no ano de 2000 o livro “QS - Inteligência Espiritual”, afirmando que havia um outro tipo de inteligência, ainda mais importante que aquelas traduzidas pelo QI e pelo QE.

Trata-se da inteligência espiritual.

De acordo com eles, através do QS (quociente de espiritualidade) mede-se a capacidade com que abordamos e solucionamos problemas de sentido e valor.

O QS, segundo os autores, é a base necessária para o funcionamento eficaz das demais inteligências, na medida em que é preciso dar-se um sentido às coisas, atribuindo-lhes um valor pessoal, para depois fazê-las.

Danah (2000) argumenta que nossas inteligências, possivelmente infinitas, podem estar ligadas a um dos três sistemas neurais do cérebro e que todos os tipos de inteligência que Gardner descreve são, na verdade, variações do QI, QE e QS, e de suas configurações neurais associadas.

Ela descobriu a importância da inteligência espiritual durante seu trabalho como professora da Universidade de Oxford, no Reino Unido, e como consultora de liderança estratégica para grandes empresas como Shell, Philip Morris e Volvo.

Ao lidar com pessoas inteligentes e bem sucedidas questionou: por que essas pessoas inteligentes e sensíveis às necessidades dos outros sentem um vazio em suas vidas?

Em resposta a este questionamento, Danah (2000) concluiu que o materialismo e o egocentrismo do mundo moderno provocaram uma grande crise existencial. As pessoas passaram a buscar a felicidade em bens materiais e não conseguem mais encontrar um sentido para suas vidas. “Elas estão caminhando em busca do nada”.

É em situações como esta que a inteligência espiritual tem um papel importante. Ela nos permite encontrar um senso de propósito e decisão.

A Inteligência Espiritual tem a ver com religião?

De acordo com Danah (2000), a inteligência espiritual nada tem a ver com religiosidade, pois ser religioso não garante um alto QS.

Ela cita que numerosos humanistas e ateus possuem um QS muito alto e que muitos religiosos possuem um QS baixíssimo.

Para ela, a religião é apenas uma das linguagens que podem ser usadas para o desenvolvimento da espiritualidade.

Descreve Danah (2000) que religião convencional é um conjunto de regras e crenças impostas de fora. Opera de cima para baixo. Foi herdada de sacerdotes, profetas ou livros sagrados, ou absorvida através da família ou das tradições.
Em sua essência a religião existe com a finalidade de fazer aflorar a pessoa como humana na sua totalidade, para que responda com a nobreza, a fraternidade, o amor e a justiça nascidas do coração.

Porém, as mudanças rápidas no mundo ocidental dos últimos séculos lançaram as religiões convencionais numa luta para continuar fazendo sentido para o homem. Para Danah, hoje temos de usar nosso QS inato para abrir novos caminhos, descobrir novas manifestações de sentido, alguma coisa que nos toque e que possa nos guiar a partir de nós mesmos.

Na verdade o objetivo não é enquadrar cegamente o cidadão dentro desta ou daquela crença, mas sim despertar nele aquela inteligência direta que o liberta das formas externas e o faz navegar no território ilimitado da sabedoria eterna, enquanto assume a direção da sua própria vida.

Conclui-se, afinal, que a suprema inteligência é exatamente a percepção da paz eterna.

O que é Inteligência Espiritual?

Para Danah (2000) o QS é uma capacidade interna, inata, do cérebro e da psique humana, extraindo seus recursos mais profundos do âmago do próprio universo. É um instrumento desenvolvido ao longo de milhões de anos que habilita o cérebro a descobrir e usar sentido na solução de problemas.

De acordo com a autora, ela é a inteligência da alma. Independe da cultura ou de valores. Não evolui a partir de valores existentes. O QS é anterior a todos os valores específicos e a qualquer cultura determinada.

Provas científicas do QS

Segundo Danah (2000), o QS é uma capacidade tão antiga quanto a humanidade, embora o conceito seja novo.

Para ela, a ciência atual não está preparada para estudar coisas que não possa medir objetivamente. Mesmo assim existem diversas provas científicas do QS através de estudos neuro, psico e antropológicos recentes da inteligência humana e em estudos sobre pensamento humano e processo lingüístico.

Neste sentido, Danah (2000) reúne quatro correntes específicas de pesquisas: Na primeira pesquisa da década de 90 realizada pelo neuropsicólogo Michel Pesinger e 1997 pelo neurologista Vilayanu Ramachandran e sua equipe na Universidade da Califórnia, o foco central foi o “ponto divino” no cérebro humano. O trabalho foi o primeiro a demonstrar que o centro em causa está em pessoas normais e o “ponto Deus” não prova a existência de Deus, mas que o cérebro evoluiu para fazer perguntas finais para ter e usar sensibilidade, para dar sentido à vida e às coisas e para buscar valores mais amplos.

A segunda pesquisa desenvolvida nesta mesma década, abordou “o problema da aglutinação” do neurologista austríaco Wolf Singer. Nela se demonstrou através de um sofisticado sistema onde foram ligados eletrodos a neurônios que, por exemplo, quando uma pessoa está observando um objeto, cachos de neurônios em todo o cérebro percebem o mesmo objeto, oscilando simultaneamente em freqüências semelhantes na faixa de 40 Hz. Um fenômeno idêntico às cordas de um violão quando produzem um som uníssono, ou seja, com a mesma nota. Essas oscilações é que dão sensação de unidade a nossa percepção, formando o sentido do que está sendo observado, e até mais profundamente imaginado.

A terceira, realizada por Rodolfo Linas, estudou a consciência no sono e em estado de vigília e aglutinação de eventos cognitivos no cérebro. Apoiou-se na tecnologia MEG (magnetoencefalográfica), que permite estudos dos campos elétricos oscilantes do cérebro e seus campos magnéticos associados.

A outra pesquisa sobre as origens da linguagem humana foi desenvolvida pelo neurologista, antropólogo e biólogo Terrance Deacon, da Universidade de Harvard. O programa de Deacon sobre a evolução da imaginação simbólica e seu conseqüente papel no cérebro e na evolução social dão sustento à faculdade de inteligência que denominamos de QS.
Nela Deacon demonstra que usamos o QS para:
- desenvolver o cérebro e ser criativos
- administrar problemas existenciais
- tornar-nos espiritualizados e inteligentes sobre religião
- integrar o intrapessoal e o interpessoal
- transcender o abismo entre o eu e o outro
- compreender quem somos
- projetar-nos mais completamente na direção das pessoas desenvolvidas que temos o potencial de ser
- ajudar a superar nosso ego imediato
- enfrentar os problemas do bem e do mal, vida e morte, e sofrimento humano.

Aprimoramento do QS


A Inteligência Espiritual coletiva é baixa na sociedade moderna. Vivemos em uma cultura espiritual pouco desenvolvida, caracterizada pelo materialismo, utilitarismo, egocentrismo, falta de sentido e recusa em assumir compromissos.
Por esse motivo Danah acredita que precisamos aprimorar nosso QS através de práticas como a meditação, leitura de poemas, livros que nos emocionaram, fazer diário dos acontecimentos do dia que mais nos afetaram, assumir a responsabilidade pela própria vida e tentar transcender a dor e os obstáculos.

Sinais de QS elevado

Os estudos da Dra. Danah destacam como sinais de elevado QS nas pessoas:
- a capacidade de ser flexível,
- o grau elevado de autoconhecimento,
- a capacidade de enfrentar a dor,
- de aprender com o sofrimento,
- inspirar-se em idéias e valores,
- relutância em causar danos aos outros,
- ver conexões entre realidades distintas,
- questionar-se sobre suas ações e desejos, e
- seguir sua própria idéia e ir contra a convenções.

Utilidade do QS

A utilidade de um elevado QS encontra-se descrita nas sete etapas para obter maior inteligência espiritual, de Danah (2000):
1 - tornar-se consciente de onde estou agora;
2 - sentir fortemente que quero mudar;
3 - refletir sobre onde está o meu centro e sobre as minhas mais profundas motivações;
4 - identificar e eliminar obstáculos;
5 - examinar numerosas possibilidades de progredir;
6 - comprometer-me com um caminho; e
7 - permanecer consciente de que são muitos os caminhos.

Explica Danah (2000) que o QS mais alto implica em chegar às profundezas das coisas, pensar nelas, analisar de vez em quando o seu e o meu comportamento.

Todos os sete caminhos espirituais levam ao centro, uma experiência que poderia ser chamada de “iluminação”. Mas, quando vivida de forma espiritualmente inteligente, todos os caminhos retornam do centro para o mundo com uma rica releitura da realidade e das experiências vividas.

O que a pesquisa experimental apresentada demonstra

Primeiro, que há oscilações de 40 Hz em todo o cérebro, e que estas oscilações parecem estar necessariamente associadas às possibilidades de consciência no cérebro e “aglutinam” eventos perceptivos e cognitivos individuais no cérebro e os transformam em um todo de maior sentido. Mostra também que talvez haja uma dimensão quântica na atividade dos canais de íons que geram as oscilações no nível de multineurônios.

A conclusão de Danah(2000) é que as oscilações de 40 Hz constituem a base neural do QS, uma terceira inteligência que coloca nossos atos e experiências em um contexto mais amplo do sentido e valor, tornando-os, dessa maneira, mais efetivos.

Ao questionar-se acerca da origem da consciência, a pesquisa obteve a resposta de que ela se origina no cérebro, e que os neurônios possuem protoconsciência (pré-consciência) que, em algumas combinações, pode transformar-se em consciência.

Neste caso, supõe que as oscilações de 40 Hz são o fator necessário para combinar fragmentos protoconscientes e transformá-los em consciência. Já a inteligência espiritual teria raízes na própria vida.

Nós, seres humanos conscientes, temos raízes na origem do próprio universo. A inteligência espiritual nos planta no cosmos mais amplo e a vida tem um vasto espectro de processos evolutivos cósmicos.

Onde é que a física quântica entra? Para Danah ( 2000) a física quântica torna-se necessária quando perguntamos por que o cérebro tem a capacidade espacial de transformar fragmentos protoconscientes em consciência plenamente desenvolvida.

O vácuo quântico que Danah cita é o estado de energia do fundo do Universo, a origem de tudo que existe. Segundo sua observação, o vácuo é a realidade transcendente final que a física pode descrever. É um oceano parado, silencioso, no qual a existência surge como ondas (oscilações de energia).

A primeira coisa a emergir desse vácuo é o campo de energia conhecido como Campo Higgs. Esse campo é preenchido por oscilações muito rápidas de energia coerente, que constituem a origem de todos os campos e das partículas fundamentais no universo. Deste processo, de acordo com Danah (2000), resulta algo muito parecido com o que os místicos denominam de “DEUS IMANENTE”, ou Deus dentro de tudo.
Conclusão da pesquisa de Danah
As oscilações neurais de 40 Hz que culminaram em nossa consciência humana e inteligência espiritual têm suas raízes em nada menos do que “DEUS”.

DEUS é o verdadeiro centro do “eu”. E o sentido tem origem no sentido final de toda a existência.

8. A INTELIGÊNCIA ESPIRITUAL E A EXISTENCIAL SÃO A MESMA?

Para Danah o QS fornece base ao QI e ao QE e ajudaria a lidar com os problemas existenciais que surgem em vários estágios da vida. Em nenhum momento cita que o QS pode ser a existencial de Gardner. Salienta, sim, que integra o interpessoal e o intrapessoal de Goleman.

Ela destaca que o QS é uma capacidade interna, inata, do cérebro e da psique do âmago do próprio Universo.

É um instrumento desenvolvido ao longo de milhões de anos que habilita o cérebro a descobrir e dar sentido na solução de problemas. E que o QS é uma capacidade tão antiga quanto a humanidade.

Gardner não concebe trabalhar fora do nível do intelecto que é externalizado e valorizado em uma determinada cultura.

Portanto, baseado nessas premissas, temos que para Gardner fica difícil incluir uma Inteligência Existencial em sua relação justamente porque vem contrapor sua teoria de que as inteligências são sempre influenciadas pelo ambiente cultural externo.

Considerando mais, que para Danah a Inteligência Espiritual é inata a pessoa humana, independente do ambiente cultural, fica claro que a Inteligência Espiritual é a mesma que Gardner admite como Inteligência Existencial. Contudo, não devemos incluí-la no rol das inteligências múltiplas de Gardner por apresentar princípios que se contrapõem a sua teoria.

A base da teoria da Inteligência Espiritual é mais ampla e penetrante. Na verdade, serve como pano de fundo para todas as outras inteligências pelo fato de sempre trabalhar primeiro o sentido, o valor, o por quê das coisas, e o que representa para a pessoa uma determinada ação a ser desenvolvida.

9. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Existe uma grande necessidade do homem em aprimorar continuamente seus conhecimentos. Não só da sua realidade objetiva, mas sobretudo daquelas subjetivas e que se apresentam de forma ainda inexplicáveis.

Apenas sabemos que estas necessidades existem e que fazem parte de nossas percepções. Que ao mesmo tempo conduzem nossos passos, seja para a expansão das percepções concretas do nosso dia-a-dia, como aquelas abordadas por Gardner em sua teoria sobre inteligências múltiplas, seja em forma emocional e de estado de espírito com relação à própria existência, como aqui apresentadas por Goleman e Danah.

A evolução do quadro de desenvolvimento da inteligência humana vem alimentar esta tendência de aperfeiçoamento contínuo e de progressivo refinamento, mas que, por outro lado, se mostra cada vez mais complexa, obscura e incerta.

A inteligência humana, como envolvida por um grande mistério, parece mais tender ao infinito, e às vezes tomando forma da própria essência. Nesse sentido o resultado apresentado pela Inteligência Espiritual vem demonstrar essa procura, de forma diferente da Teoria de Gardner.

Fantasticamente, nos proporciona momentos de aproximação no seu entendimento que nos fascinam, mas que volta a se afastar como jogo de esconde-esconde, fazendo-nos tornar muitas vezes impotentes para decifrar seus desígnios. Pelo menos é o que demonstra o trabalho apresentado.

O que pretendemos com este estudo foi apenas dar nossa contribuição para o aprimoramento contínuo de nossas percepções com relação ao desenvolvimento atual da consciência humana e verificar o que podemos aprender com ela.

Tais tendências e aprofundamentos de estudo da
inteligência podem nos aproximar cada vez mais de nossa realidade e quem sabe proporcionar a descoberta de um novo amanhecer, uma nova noção de verdade, que seja compartilhada por todos os humanos e que possa despertar uma visão mais fraterna e mais consciente da magnitude divina.

10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANTUNES, Celso. A sala de aula de geografia e história: inteligências múltiplas, aprendizagem significativa e competências no dia-a-dia. São Paulo: Papirus, 2001. 192 p.
_________. A inteligência emocional na construção do novo eu. Petrópolis: Vozes, 1997.
_________. A dimensão de uma mudança. Campinas SP: Papirus, 1999. 191 p.
ARMSTRONG, Thomas. Inteligências múltiplas na sala de aula. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2001. 192 p.
CAMPBELL, Linda; CAMPBELL, Bruce; DICKINSON, Dee. Ensino e aprendizagem por meio das inteligências múltiplas. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
GARDNER, Howard. Estruturas da mente: a teoria das inteligências múltiplas. Porto Alegre: Artes Médicas, 1994. 340 p.
_________.Inteligências múltiplas: a teoria na prática. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995. 257 p.
GOLEMAN, Daniel. Inteligência emocional: a teoria revolucionária que redefine o que é ser inteligente. 13. ed. Rio de Janeiro: Objetiva, 1995. 375 p.
ZOHAR, Danah. MARSHALL, Ian. QS: Inteligência Espiritual. Rio de Janeiro: Record, 2000. 349 p.

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QUANTOS BILHÕES É UM CERÉBRO FLUTUANTE?
12 de outubro de 2009 às 19:45

INTELIGÊNCIA SIDERAL
    
                     
                              O homem possui enciclopédia,empoeirada,na sua cacho-la,isto por ser tão escombroso os andares desta desconhecida biblioteca rgânica,fechada em todos os recantos.

                               2) O homem tem o terrível poder de fazer sim e dizer não  o poder mais terrível de fazer não e dizer sim.Fonte:Conselhos:Análise  de omportamento em Psicologia.Autores:Aurélio Bolsanello & Maria Augusta Bolsanello.Editora Educacional Brasileiro S/A.Edição Novembro 1.993 - 25.Página:487.

                                "Absorves os reflexos da natureza abstrata,e ainda,armazena na alma - capa espelho - os horrores deste despudorado DNA mortal.Conhecido como,rastros de seres temporais".Ao percorrer os rumos demarcados pelo traço cotidiano,refletem a sombra do que são,em si próprio.A dor de barriga que não leva ninguém ao banheiro ,mas produz um erro gravimétrico junto de outros indivíduos.De toda vida dentro do globo errestre.

                                 Os pássaros não dedilham pianos e nem olham notas musicais em consertos,mas escondem rítmo nas árvores,no céu,em si mesmos.Não folheam livros,mas talvez entendam o provir do minuano exigir recolhimento no ninho.

                                 Não sou nenhum     anatômicando gavetas,descobrindo o labirinto confuso da composição vinda do homem,a saber,dúvidas quanto a desconhecida origem.Mas namorador de um cerébro invencível,original.Algumas pessoas,relatam,de essa minha consciência,ter sido provocada por um acidente com ônibus.Mas se tal fosse.........quantos sriam diferentes ao sofrerem o mesmo impacto?Ou será que o ônibus cm o qual me colidi formou-se?Donde algumas partes dele fui o
privilegiado receptor?Não,deixa de ser lógico!O efeito certo com a pessoacerta?Não também.
                                  "O status,satisfaz o desejo do distintivo colocado atrásda máscara apresentada,em cena".Quando corresponde ao prazer natural,as cortinas se abrem e surge o modelo adormecido.......estável,mas com grande risco de despertar;ao detectar açucar no sangue o mesmo en-
frenta doçura no corpo,indo então ao problema do inusitado invasor.O compartimento todo vai à estância da demonstração exibida no eu,na alma.È o exemplo do parágrafo dois.

           ........ A garimpar no relacionamento interpessoal a ri-
queza do ser pessoa.  
Fonte:Quem é Voce?Construindo Voce à Luz do Eneagrama.Autores:domingos Cunha & Luis Carlos,CSH.Editora Paulos 1996.
Página: 07.
                                     Mas,a mente flutua ao pronunciar status,isso ocorre muito dentro de igrejas,onde o caracter é absorvido com analogias muitas vezes contrárias a sua cabeça central.Mas a verdade desta não é consanguìnea deste mundo.Vire  mundo de perninha para cima "nunca"vai ser.A mente do povo tornou-se saco de lixo,cartola de palhaço,para  indivíduo viver brincando de tudo entender,achando graça em todas as mágicas defronte ao teus olhos.Assim como os computadores,o homemestá carregado de vìrus no seu transmissor.
                                 
  Observação:È só aproximar-se de alguém e conversar,ou olhar a maneira de suas vidas.O ruído é identificado ao aprofundá-lo em qualquer assunto,ou na sua casa com seus filhos.O desconheci-
mento de sua biblioteca,enciclopédia,abandonada:o mundo contém livro aberto,evitando assim procurar o meu?Hã,hã!Conter esforços é gostoso.
                                    Já orçaste teu cerébro,ou algum pelo menos?Conhece algum livro da sua enciclopédia:o teu cerébro?
                                   
 Não tenho cerébro de laboratório,mas o meu.Mutante?
Não. o meu!Basta de ser controle remoto nas mãos dos outros,rodovia de duas mãos,vai com as outras.Ao arrancar o cerébro,o restante docorpo falece.Ele é assinatura de caracteres para outorgar viabilidade ao meio de comunicação,na sociedade como um todo,mas o prejuízo vem
desacelerar o mesmo.
                                     A mente virou revistinha para outros encher de figu-rinhas,gravura com artistas fantásticos para embelezar a existência,na
apertura de sua consistência.A caracterologia é formidável ao consumo naturalista,pois não há por esses agentes,sensor de perigo acionando arrombamento na enciclopédia,o acesso ao seu interior.A grande muralha do homem com sua mente é o subito sobrevoo marginal,atentando-o incansavelmente na fraqueza mental.A artilharia não derruba esses mosquitos?
                                    Existe três tipos de pobreza:
                                    1) Pobreza Ecômica
                                    2) Pobreza Intelectual
                                    3) Pobreza Espiritual

     O homem certas vezes,está de costas para o alvo real.
Andando sempre na estrada do achismo.Os neurologistas não ensinam a voar,mas o conhecimento verdadeiro,ultrapassa qualquer dificuldade,porisso,encontre o comando dos nervos,que contrai a mente ao crescimento      absoluto.

-Há uma frase que diz:o mundo é uma gangorra,ou seja,de altos e baixos.Mas a águia se balança,independentemente,sozinha.
No alto dos morros,escondendo-se nas nuvens.Mas,não é sideral como
o homem flutuante.

Fonte: