sábado, 28 de dezembro de 2013

ANA DE ÁUSTRIA - RAINHA DE FRANÇA


 
Vida Medieval (Dublado HD Completo) The History Channel -88min.

Sinopse: Neste especial, Mike Loades, historiador e especialista em armas, vai nos levar através do mundo medieval, em uma viagem cheia de ação e emoção. Separaremos os mitos da realidade e teremos a experiência de viver, trabalhar e lutar durante esta época extraordinária.

Documentário completo The History Channel
Vida Medieval (Dublado HD Completo)


Ana de Áustria, rainha de França

Ana de Áustria, rainha de França.
Ana de Áustria, rainha da Polónia e Suécia.
Ana de Áustria pode-se referir a:
Ana de Áustria
Rainha Consorte de França e Navarra
Infanta de Espanha
AnnaofAustria01.jpg
Governo
Consorte Luís XIII de França
Casa Real Habsburgo
Vida
Nascimento 22 de setembro de 1601
Valladolid, Espanha
Morte 20 de janeiro de 1666 (64 anos)
Paris, França
Sepultamento Basílica de Saint-Denis, Paris, França
Filhos Luís XIV
Felipe d’Orléans
Pai Felipe III de Espanha
Mãe Margarida de Áustria

Ana Maria Maurícia de Habsburgo (Valladolid, 22 de Setembro de 1601 - Val-de-Grâce, 20 de Janeiro de 1666), foi uma infanta da Espanha e de Portugal, Arquiduquesa da Áustria e Princesa da Borgonha e dos Países Baixos. Filha primogênita do rei Filipe III de Espanha e de sua mulher, a arquiduquesa Margarida da Áustria, casou-se em 1615 com Luís XIII de França, sendo mãe de Luís XIV e de Felipe I d'Orleães.

Infância


Infanta Ana Maria Mauricia
Ana de Áustria nasceu no Palacio de Benavente, em Valladolid, Espanha, e foi batizada Ana María Mauricia. Foi a filha mais velha de Felipe III e de Margarida da Áustria. Era Infanta de Espanha e de Portugal, Arquiduquesa da Áustria, Princesa de Borgonha e dos Países Baixos.
Aos 10 anos, ficou noiva do futuro rei Luís XIII de França, filho de Henrique IV. Aos 14 anos, casou-se por procuração em Burgos, no dia 24 de novembro de 1615. Enquanto os espanhois entregavam, Ana para casar-se com Luís XIII, os franceses por sua vez entregavam Isabel de França, irmã de Luís XIII, para casar-se com Felipe IV de Espanha, irmão de Ana de Áustria. Este duplo casório era uma prenda de paz e amizade entre a Espanha e França. Entretanto as duas princesas tiveram de renunciar aos seus direitos à coroa.

Na França


Ana de Áustria a cavalo
Nos primeiros anos como consorte, foi ignorada pelo marido e pela sogra, Maria de Médici, que ocupava sua possível esfera de influência. Ana e Luís eram pressionados para consumar o casamento, mas Luís XIII via em sua esposa apenas uma espanhola, ou seja, uma inimiga. Enquanto isso, Maria de Médici continuava a agir como Rainha de França, sem se importar com a nora. Solitária, Ana de Áustria cercou-se de damas de companhia espanholas e continuou a viver e a vestir-se de acordo com a etiqueta espanhola, não conseguindo melhorar seu francês.

Em 24 de abril de 1617, Luís XIII trama a morte de Concino Concini, primeiro-ministro de Maria de Médici. Acontece um golpe de Estado, Luís sobe ao trono e exila sua mãe no castelo de Blois. Na verdade, Luís XIII substituiu Concini por seu próprio favorito, o duque de Luynes, que acumula títulos e fortuna, o que cria discórdia entre alguns, pois é um péssimo estadista. Enquanto esteve no poder, o duque de Luynes tentou remediar a distância formal entre Luís e sua rainha. Substituiu as damas espanholas de Ana de Áustria por damas francesas, entre as quais Marie de Rohan-Montbazon, sua esposa. Ana começou a se vestir à maneira francesa e, em 1619, Luynes pressionou o rei a consumar o casamento com ela. O rei desenvolveu alguma afeição pela rainha.

Uma série de abortos desencantou o rei e esfriou as relações entre o casal real. Em 14 de março de 1622, enquanto brincava com suas damas, Ana caiu de uma escada e sofreu seu segundo aborto. Luís XIII culpou a Sra. de Luynes por ter incentivado a rainha. Depois disso, o rei passou a ser intolerante com a influência que a duquesa de Luynes exercia sobre Ana. A situação piorou após a morte do Duque de Luynes (dezembro de 1621). A atenção do rei foi monopolizada por sua guerra contra os protestantes, enquanto a Rainha defendia o casamento de Maria de Rohan com o amante, o Duque de Chevreuse.

Luís XIII nomeou o Cardeal de Richelieu seu conselheiro. A política externa de Richelieu baseava-se na luta contra os Habsburgos, o que causou tensão entre o rei e a rainha, que permaneceu sem filhos por mais dezesseis anos. Entretanto, Luís XIII dependia cada vez mais de Richelieu, que em 1624 era já seu primeiro-ministro.

Alta e bonita, devota, teimosa, de pouca cultura, Ana recebeu do marido provas de pouca afeição. Teria sido cortejada pelo Duque de Buckingham, o que custou a este a expulsão de França e a aversão de Luís XIII e de Richelieu. Sob a influência da Duquesa de Chevreuse, a rainha envolveu-se em várias intrigas contra as políticas de Richelieu e foi acusada de participar na conspiração do Duque de Chalais e na conspiração da amante de Luís XIII, Cinq Mars. Em 1635, a França declarou guerra à Espanha, colocando a rainha em uma posição insustentável. Ana correspondia-se em segredo com seu irmão Filipe IV de Espanha. Em 1637, tornou-se suspeita de traição, e Richelieu passou a verificar toda a sua correspondência. A Duquesa de Chevreuse foi exilada e a rainha foi mantida sob constante vigilância. Richelieu mandava espioná-la e falava constantemente mal dela ao rei.


Ana de Áustria com seus dois filhos: Luís XIV e Filipe d'Orleães

Ana de Áustria com seu filho Luís XIV

Nasce um herdeiro

Surpreendentemente, é neste clima de desconfiança que a rainha fica grávida. Uma tempestade impediu o rei de regressar a Paris e obrigou-o a dormir com a rainha no Castelo de Saint-Germain-en-Laye. Em 5 de setembro de 1638, nasce o delfim Luís Dieudonnè, garantindo a linha sucessória dos Bourbon. Este nascimento conseguiu restabelecer a confiança entre o casal real. Em 1640, nasce o segundo filho de Ana de Áustria e de Luís XIII, Felipe d'Orleães. Mesmo após estes nascimentos, Luís XIII tentou impedir que Ana conseguisse a regência da França após sua morte, o que aconteceu em 11 de maio de 1643, pouco tempo depois da morte do Cardeal de Richelieu.

Regente da França

Foi regente em 1643, obtendo do Parlamento cassar o testamento do marido, que limitava seus poderes. Morto em 1642 Richelieu, ela entregou o poder como Primeiro Ministro a Jules Mazarin, cardeal Giulio Mazarino, que se tornou seu favorito, no difícil período da Fronda. Quando terminou a Fronda parlamentar, em 11 de março de 1649, em Rueil, Ana e Mazarino concluíram a paz com o Presidente do Parlamento de Paris, Mathieu Molé.

Na época da monarquia, os magistrados exerciam a justiça, tendo também por missão registrar os editos reais. Em 1648, Ana governava como regente por ser mãe do jovem rei Luís XIV, uma criança de nove anos, e se beneficiava dos úteis conselhos do Cardeal. O país teve guerras externas contra os Habsburgos, que forçaram ao aumento dos impostos. Bastou isso para que os privilegiados se rebelassem. Em 13 de maio de 1648, o Parlamento de Paris convidou seus colegas provinciais a reformar o que estimava serem abusos do Estado. Ana fingiu submeter-se, depois mandou prender o chefe dos rebeldes, como se conhecia, os frondeurs, que era o popular Pierre Broussel. Paris se levantou em armas, o conselheiro teve que ser libertado.

Tendo a França ganhado a guerra, assinado os tratados de Westfália, Mazarino e a Regente decidiram dar fim à Fronda. Em 5 de janeiro de 1649, com o jovem rei, fixaram residência em Saint-Germain-en-Laye enquanto o exército real, comandado pelo príncipe de Condé, apelidado le Grand Condé, sitiava Paris. Os parlamentares, que detinham muitos privilégios graças à monarquia, não tinham vontade de uma revolução. Preferiram entregar as armas, apesar do ódio que tinham ao estrangeiro italiano, Mazarino.

O Cardeal e a Regente lutaram depois contra a Fronta dos Príncipes, mais violenta mas atrapalhada. Depois de ter tomado o partido do rei contra os parlamentares Condé, o antigo vencedor de Rocroi, descontente porque Mazarino se mantinha no poder, intrigará com outros grandes aristocratas: seu irmão, o Príncipe de Conti, o duque e a duquesa de Longueville, o Cardeal de Retz. Preso, Condé foi detido em Vincennes por 13 meses. Diante da anarquia célere, Ana se resignou a libertá-lo, fingiu separar-se de Mazarino. Condé tomou a chefia da Fronda. Combateu na rua de Santo Antônio (o faubourg Saint-Antoine) em 12 de julho de 1652 contra seu eterno rival, Turenne, que voltara ao partido do rei. Entrou mesmo em Paris, mas sua falta de habilidade, sua aliança com os espanhóis, causarão a derrota de seus partidários e ao retorno de Mazarino. Luís XIV poderá penetrar então em sua capital. Lembrando seus temores de menino, guardará rancor contra os parisienses e mais tarde escolherá abandonar o palácio do Louvre, residência da corte há quatro séculos, e construir um novo palácio em Versailles.

A monarquia francesa sairá mais forte das provas da Fronda, enquanto a Inglaterra experimentará a República depois de ter executado seu rei Carlos I. A França evoluirá para uma monarquia absoluta e a Inglaterra para uma monarquia constitucional.

Ultimos Anos

Em 1659, a guerra com a Espanha, terminou com o Tratado dos Pirinéus. No ano seguinte, a paz foi cimentado pelo casamento do jovem rei com a sobrinha de Ana, a infanta espanhola Maria Teresa de Espanha.
Em 1661, com a morte de Mazarin, Ana, tornou-se a principal padroeira da Compagnie du Saint-Sacrament. Foi também nesse ano que nasceu seu primeiro neto Luís de França. Muitas outras crianças nasceram, mas nenhuma sobreviveu à infância. Algum tempo depois, Ane retirou-se para o convento de Val-de-Grâce, que mandara construir, e foi lá, onde mais tarde ela morreu de câncer de mama. Sua dama de companhia, Madame de Motteville escreveu a história da vida da rainha em suas Mémoires d'Anne d'Autriche. Ana foi vista como uma mulher brilhante e astuta, era também uma das figuras centrais no romance de Alexandre Dumas, pai, Os Três Mosqueteiros.

Posteridade

  1. Luís XIV (St-Germain-en-Laye 1638-1715 Versailles); le Roi-Soleil.
  2. Filipe I d'Orleães (St-Germain-en-Laye 1640-1701 castelo de Saint-Cloud). Em 1643 chamado Monsieur; Duque de Anjou 1640-1660; Duque de Orleans, de Valois, de Chartres (1660-1671), Duque de Nemours em 1672; Duque de Montpensier em 1693. Príncipe de Joinville. Duque de Beaupréau, Duque de Châtellerault, Duque de Chartres, Príncipe des Dombes, Delfim do Auvergne, Marquês de Mézières, Conde d'Eu, Conde de Saint-Fargeau, Barão de Beaujolais. Foi o tronco da III Casa de Bourbon-Orléans.
Precedida por:
Maria de Médici
Rainha de França
Blason France moderne.svg

24 de Novembro de 161514 de Maio de 1643
Sucedida por:
Maria Teresa de Habsburgo
Precedida por:
Filipe de Habsburgo
Princesa herdeira de Portugal
Armas principe herdeiro portugal.png

22 de setembro de 16018 de abril de 1605
Sucedida por:
Filipe de Habsburgo



 Fonte:
Wikipédia 
Publicado em 27/12/2013-Licença padrão do YouTube