sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Handel, Hallelujah Chorus from the Messiah (with scrolling bar-graph score)



De novo a Aurora se impõe
- desta vez em Aleluias !

Sejam felizes todos os seres.
Vivam em paz todos os seres.
Sejam abençoados todos os seres.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

A MUDANÇA


 
*Concretamente Abstrato

Nossa mente foi condicionada a pensar no mundo como algo literalmente
físico, estático, sólido. Este condicionamento nos aprisiona, nos fazendo
imaginar sermos incapaz de mudar nosso presente e futuro, de definir nosso
próprio destino.

A própria ciência acadêmica já percebeu que em verdade não há nada estático
ou sólido, já que as moléculas estão sempre em constante movimento e o
próprio átomo é composto de mais espaços vazios do que matéria.

Em outro nível, a vida humana é talvez definida mais pelo abstrato do que
pelo concreto, isto porque o que encaminha nossa vida, que conduz nossa
carreira profissional, relacionamentos, etc, não é o nosso corpo, nossos
bens, ou algo físico, mas sim nossos pensamentos, sentimentos e emoções.

E estes não são totalmente abstratos? Ou por acaso o pensamento pode ser
tocado? Ou o sentimento pode ser medido? E mesmo as coisas físicas, nossos
aparatos, nosso corpo, é definido pela abstração do pensamento e das
emoções, pois qualquer objeto criado pelo homem foi antes idealizado, para
posteriormente através do entusiasmo (um sentimento) um projeto ser
iniciado.

Nossa constituição física, assim como nossa vida pessoal e profissional,
também foi definida pelos nossos pensamentos e emoções, dos quais derivaram  decisões, para posteriormente virarem ações.

Se formos mais além, o mundo das abstrações (pensamentos e emoções)
interfere e molda o mundo físico, alterando inclusive sua estrutura
molecular. Sim, o ser humano é capaz disto, porém este é assunto para
estudos avançados de metafísica, que não cabe aqui abordar.

Para a humanidade poder se libertar, deve treinar sua mente,
descondiciona- la de pensar no mundo como algo estático. Tudo está mudando, o tempo todo, e é no campo dos pensamentos e das emoções, que damos direção aos acontecimentos em todos os níveis, moldando ativamente o mundo que nos cerca.

Como sabiamente nos alertou Aristóteles:

*“A única coisa permanente é a mudança”*.
                                                                                           CAMOS



GRUPO CONHECIMENTO PROFUNDO
Fonte:

Concretamente Abstrato (Blog Crônicas Espiritualistas)

Enviado por: "Charles Boeira" 

guardiao.camos@gmail.com 


quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

DIA DO JARDINEIRO



 Dia do Jardineiro

As plantas, além de nos fornecer oxigênio, são capazes de enfeitar e adornar nossas casas. Para isso, a figura do jardineiro é essencial.
É ele o responsável pela poda das plantas e por alimenta-las e rega-las. Um jardim, além de enfeitar a casa, cria um clima agradável para ler um livro ou simplesmente para conversar com os amigos. 

Um jardim bem decorado apresenta focos interessantes e aparenta vitalidade.
A decoração aumenta e ilumina os efeitos sobre as plantas. Depois do plantio, será necessário dispensar a planta muitos cuidados, principalmente durante o primeiro ano. 

Dia do Jardineiro

Cuidados com rega, adubação e poda, devem ser realizados periodicamente, para que a planta se desenvolva saudável e mais resistente ao ataque de pragas e doenças. 

Algumas das funções do jardineiro são:
1. Construir viveiros
2. Selecionar sementes
3. Construir canteiros
4. Misturar nutrientes em terra
5. Encher sacos plásticos com terra e nutrientes
6. Ralear mudas
7. Enxertar mudas
Fonte: UFGNet

15 de Dezembro, dia do Jardineiro. 

Experiência na ponta da tesoura

A seleção do bom jardineiro deve ser feita observando-se seu trabalho na prática. Antes de se contratar o profissional é preciso esclarecer que tipo de trabalho será feito. Existe a manutenção que inclui única e exclusivamente a poda e a limpeza, e a mais completa que envolve também a aplicação de adubos e a pulverização no caso de pragas. Além disso, é fundamental ter referências do serviço. Vale conhecer alguns jardins que recebem a manutenção do profissional já há algum tempo. E existe ainda a questão da estética, o jardineiro deve executar a manutenção segundo o projeto original de paisagismo.

Uma questão de segurança
Da mesma forma que se contrata qualquer funcionário para trabalhar dentro de uma casa, a escolha do jardineiro também exige cuidados no que se refere à segurança. O profissional deve ser recomendado por pessoas conhecidas ou empresas estabelecidas no mercado. Se o jardineiro quebra um vaso, por exemplo, de quem é a responsabilidade? Para se cuidar do jardim em uma varanda de apartamento, por exemplo, é preciso tomar cuidado para não sujar elevadores, paredes e o piso da casa. 

Bons resultados
Deve-se supervisionar o trabalho até para que nenhuma planta seja danificada. Se o jardineiro não souber manejar bem a tesoura, ele mastiga a planta. São poucos os jardineiros que sabem, por exemplo, podar um buchinho corretamente para que fique redondo. Se o serviço não for bem-feito, na terceira poda a planta começa a ficar com um formato feio. Do mesmo modo, uma cerca viva precisa ser podada com cuidado. É preciso nivelar as plantas com uma linha e medir a altura. Caso contrário, a cerca ficará torta. 

Experts no assunto
Além da poda e limpeza, o bom jardineiro sabe adubar e pulverizar todo e qualquer tipo de espécie. Percebe-se a boa saúde da planta por sua cor. Se elas começam a perder o tom original, a ficar manchadas e amareladas, algo está errado. E nem sempre é o caso de doenças ou ataque de pragas. O excesso de adubo também pode queimar as folhas. Mas de nada adianta uma boa manutenção, se houver falta de regas
Quanto custa
Jardineiros autônomos cobram por dia de trabalho de 40 a 100 reais, dependendo da região e do serviço. Já as empresas de manutenção costumam fechar contratos anuais que envolvem visitas mensais, com preços de 130 a 600 reais, incluindo o material e as pequenas mudas. Os preços variam de acordo com o projeto: um jardim clássico com topiarias requer mais tempo de trabalho, além do mais, exige um profissional especializado. Pode-se também contratar a cada seis meses um paisagista para uma visita técnica (de 100 a 200 reais a hora), que inclui a orientação ao caseiro, que costuma trabalhar para a residência. A manutenção deve ser mensal, mas por medida de economia muita gente chama o profissional mês sim, mês não. Esse prazo é o máximo para manter o jardim em bom estado.

Equipamentos disponíveis
Jardineiros trazem as ferramentas básicas, como cortador e tesoura de poda. Mas, se for preciso podar ou transplantar árvores de grande porte, deve-se contratar jardineiros especializados, que possuem autorização do Ibama para o uso de motosserra. Para remover árvores caídas após uma chuva, mesmo dentro de casa, é preciso chamar a prefeitura local.

Jardim


Fonte:

Fonte: UFGNet
Revista Paisagismo e Jardinagem

NOSSA GALÁXIA INTERNA


Nossa Galáxia Interna
Não são apenas as estrelas no universo que fascinam o homem com o seu impressionante número.

Em um outro universo, o nosso universo biológico interno, uma gigantesca "galáxia" com centenas de milhões de pequenas células nervosas que formam o cérebro e o sistema nervoso comunicam-se umas com as outras através de pulsos eletroquímicos para produzir atividades muito especiais: nossos pensamentos, sentimentos, dor, emoções, sonhos, movimentos, e muitas outras funções mentais e físicas, sem as quais não seria possível expressarmos toda a nossa riqueza interna e nem perceber o nosso mundo externo, como o som, cheiro, sabor, e também luz e brilho, inclusive o das estrelas...

Todos os estímulos do nosso ambiente causando sensações como dor e calor, todos os sentimentos, pensamentos, programação de respostas emocionais e motoras, bases neurais da aprendizagem e memória, ação de drogas psicoativas, causas de distúrbios mentais, e qualquer outra ação ou sensação do ser humano, não podem ser entendidas sem o fascinante conhecimento do processo de comunicação entre os neurônios.

Neurônios são células especializadas. Eles são feitos para receber certas conecções específicas, executar funções apropriadas e passar suas decisões a um evento particular a outros neurônios que estão relacionados com aqueles eventos. Estas especializações incluem uma membrana celular, que é especializada para transportar sinais nervosos como pulsos eletroquímicos; o dendrito, (do grego dendron, ou árvore) que recebe e libera os sinais, o axônio (do grego axoon, ou eixo), o "cabo" condutor de sinais, e pontos de contatos sinápticos, onde a informação pode ser passada de uma célula a outra.

O Que Faz Os Neurônios Serem Diferentes de Outras Células ?
Assim com as outras células, os neurônios se alimentam, respiram, têm os mesmos genes, os mesmos mecanismos bioquímicos e as mesmas organelas. Então, o que faz o neurônio diferente? Neurônios diferem de outras células em um aspecto importante: eles processam informação. Ele devem desencadear informações sobre o estado interno do organismo e seu ambiente externo, avaliar esta informação, e coordenar atividades apropriadas à situação e às necessidades correntes das pessoas. 

A informação é processada através de um evento conhecido como impulso nervoso. O impulso nervoso é a transmissão de um sinal codificado de um dado estímulo ao longo da membrana do neurônio, a partir do ponto em que ele foi estimulado. Dois tipos de fenômenos estão envolvidos no processamento do impulso nervoso: elétrico e quimico. Eventos elétricos propagam um sinal dentro do neurônio, e processos químicos transmitem o sinal de um neurônio a outro ou a uma célula muscular. Processos químicos sobre interações entre neurônios ocorrem no final do axônio, chamado sinapse.

Tocando intimamente com o dendrito de outra célula (mas sem continuidade material entre ambas as células), o axônio libera substâncias químicas chamadas neurotransmissores, os quais se unem a receptores químicos na membrana do neurônio seguinte.

O Cérebro é Cinzento e Branco. Por que?
Talvez você já tenha ouvido o termo " matéria cinzenta" para o cérebro. Em uma secção transversal feita no cérebro, é fácil ver as áreas cinzentas e brancas. O córtex e outras células nervosas são cinzentos, e as regiões entre eles, brancas. A coloração acinzentada é produzida pela agregação de milhares de corpos celulares, enquanto que branco é a cor da mielina. 

A cor branca revela a presença de feixes de axônios passando pelo cérebro, mais que em outras áreas nas quais as conexões estão sendo feitas. Nenhum neurônio tem conexão direta com outro. No final do axônio encontram-se filamentos terminais, e estes estão próximos de outros neurônios. Eles podem estar próximos dos dendritos de outros neurônios (algumas vezes em estruturas especiais chamadas espinhas dendríticas, ou próximo ao corpo celula
r
NEURÔNIOS

Os neurónios são as células que formam o sistema nervoso. Têm uma forma muito diferente de todas as outras células do teu corpo, porque são especializadas em receber e transportar as mensagens nervosas.

Neurônios

Como é que são formados os órgãos do sistema nervoso?

Se recordares o que aprendeste sobre o sistema digestivo, lembras-te certamente que todos os seus órgãos colaboram para que os alimentos sejam decompostos em nutrientes, que possam ser utilizados pelas células do nosso corpo. 

No entanto, cada órgão tem a seu cargo funções tão distintas, como a função mecânica da mastigação executada pelos vários tipos de dentes e a acção química do suco pancreático, segregado pelo pâncreas. Percebes então, que qualquer sistema é formado por diversos órgãos que desempenham funções distintas, mas que colaboram para que o mesmo objectivo seja atingido. Por outro lado, um órgão não é mais do que um conjunto de tecidos que são, por sua vez, formados por células. 3

Os órgãos do sistema nervoso não são excepção. São formados por tecidos nervosos, que resultam do agrupamento de células especiais - os neurónios.

Neurónio
Neurónio

A unidade básica da estrutura e do funcionamento de qualquer sistema nervoso é o neurónio. Apesar dos neurónios serem muito semelhantes a todas as outras células, na sua organização geral e nos seus sistemas bioquímicos, eles possuem características únicas e cruciais ao funcionamento do sistema nervoso. São células nervosas altamente especializadas na transmissão de informações, pois nelas as propriedades de excitabilidade e de condução das mensagens nervosas estão muito desenvolvidas. São estas propriedades que constituem a base das funções desempenhadas pelo sistema nervoso e que permitem que as células nervosas funcionem como "linhas telegráficas", que emitem mensagens de uma parte do organismo para outra, permitindo ao animal coordenar as suas acções. 

Entre os neurónios existem células cuja função é apenas sustentar as células nervosas - são as células da glia ou neuroglia. São células de suporte do tecido nervoso. Possuem uma forma estrelada e numerosos prolongamentos ramificados, que envolvem as diferentes estruturas do tecido nervoso. São estas as células mais abundantes do sistema nervoso, pois apenas 10% das células deste sistema são neurónios.

Como é formado um neurónio?
Os neurónios diferem morfologicamente das restantes células dos organismos. Esta diferenciação morfológica não é mais do que o resultado da grande especialização funcional destas células. 

Uma célula nervosa típica apresenta dois tipos de estruturas:

Corpo celular
Que contém o núcleo e o citoplasma; contém toda a informação bioquímica necessária à síntese de enzimas e de outras moléculas indispensáveis à vida do neurónio. Tem uma configuração esférica ou elíptica, mas a sua forma precisa depende da posição e das funções que desempenha no sistema nervoso.

Prolongamentos celulares ou citoplasmáticos (do citoplasma) - que partem do corpo celular e que funcionam como cabos eléctricos, conduzindo as mensagens entre as células. Podem ser de dois tipos:

Dendrites
Prolongamentos curtos e muito ramificados; cujo diâmetro vai diminuindo à medida que se afastam do corpo celular. Normalmente cada neurónio possui centenas de dentrites, mas este número pode ascender a mais de 10 000.

Axónio
Prolongamento normalmente comprido, podendo atingir um metro de comprimento. Geralmente termina por várias ramificações designadas por telodendrites ou arborização terminal, que servem para comunicar com outras células. O seu diâmetro permanece constante em todo o seu comprimento.

Axónio
Axónio
Dendrite
Dendrite

Curiosidade
Segundo cientistas, no cérebro existem entre 12 000 a 14 000 milhões de células nervosas. Em todo o sistema nervoso calcula-se que existam mais de 100 000 milhões de neurónios. Se os colocássemos todos em fila, estas células perfaziam um comprimento semelhante à distância entre a Terra e a Lua.

E os neurónios são todos iguais?
Não, pois existem vários tipos de neurónios, de acordo com o tipo de prolongamentos citoplasmáticos.
Eles podem ser:
Multipolares
Quando possuem muitas dendrites que radiam do corpo celular, mas apenas um axónio. 

Bipolares
Quando possuem apenas dois processos citoplasmáticos - uma dendrite e um axónio. 

Pseudo-unipolares
Quando não é possível distinguir as dendrites, e apenas se encontra um axónio.

Alguns axónios das células nervosas dos vertebrados estão cobertos por um material essencialmente constituído por lípidos, chamado mielina, que actua como uma protecção especial, um isolante que aumenta a eficácia na condução de informações - a bainha de mielina. Esta bainha funciona como o plástico que envolve os fios eléctricos, impedindo que as mensagens nervosas saiam das vias que as conduzem e ajuda a acelerar a transmissão dessas mesmas mensagens. É esta bainha que confere uma coloração esbranquiçada aos axónios. A bainha de mielina não é contínua, pois está interrompida em constrições periódicas designadas por Nódulos de Ranvier.

Os neurónios desempenham todos a mesma função?

Em termos funcionais, podemos distinguir vários tipos de neurónios:

Neurónios sensitivos ou aferentes
Levam as mensagens nervosas da pele ou de outro órgão sensorial (que recebe uma informação sensorial) para os centros nervosos

Neurónios motores ou eferentes
Transportam as respostas dos centros nervosos, conduzindo-as aos órgãos que as podem efectuar - músculos e glândulas

Interneurónios
Neurónios que se situam inteiramente dentro dos centros nervosos, recebem as mensagens nervosas dos neurónios sensitivos e comunicam entre si ou com neurónios motores. A função destes neurónios é interligar a parte sensitiva (de recepção das mensagens) e a parte motora (de execução das respostas). 

O que é uma fibra nervosa? E um nervo?
O conjunto formado pelo axónio e pela bainha envolvente, quando esta existe, designa-se por fibra nervosa. Se as fibras forem formadas por axónios de neurónios sensitivos, denominam-se fibras sensitivas. Às fibras nervosas formadas por axónios de neurónios motoros chamam-se fibras motoras.
As fibras nervosas associam-se em feixes, formando os nervos. Estes podem ser classificados, segundo a sua função, em sensitivos ou aferentes, motores ou eferentes e mistos. Os nervos sensitivos são formados por fibras nervosas sensitivas, enquanto os nervos motores são formados por fibras nervosas motoras. Os nervos mistos possuem fibras sensitivas e motoras.

O que é um impulso nervoso?
Um impulso nervoso é a mensagem que os neurónios transmitem uns aos outros, ou seja, é a propagação de um estímulo ao longo de um neurónio, estímulo esse que pode ser qualquer sinal captado pelos receptores nervosos, que desencadeia a necessidade de elaborar uma resposta. Este impulso resulta da capacidade dos neurónios se excitarem por acção de um estímulo. Essa exitação é semelhante à produção de uma corrente eléctrica.
 
Curiosidade
Os neurónios são as células mais antigas do teu corpo. Elas existem desde que nasceste. Enquanto as outras células morrem e são substituídas, os neurónios não são repostos. De facto, uma pessoa idosa tem muito menos neurónios comparativamente com uma pessoa jovem. No entanto, os neurónios que a pessoa idosa tem são os mesmos que tinha enquanto jovem. 


Vocabulário
Crucial - essencial, de muita importância.
Excitabilidade - capacidade de se excitar.
Sustentar - manter; suportar.
Morfologicamente - que diz respeito à forma.
Morfologia - estudo da forma e posição dos diferentes órgãos do corpo e das suas relações.
Radiar - partir de algo em muitas direcções; espalhar.
Isolante - que não deixa passar nada.
Constrição - aperto circular que diminui o diâmetro de um objecto.
Órgão sensorial - órgão que recebe informações do exterior, como os órgãos dos sentidos.
Propagação - transmissão; difusão.
Estímulo - excitação.
Receptores nervosos - elementos do sistema nervoso responsáveis por receberem as mensagens nervosas.
Fonte: www.naturlink.pt

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Fonte:
                                                          Portal São Francisco

NEURÔNIOS



Neurônios



 
O cérebro é composto por bilhões de células nervosas denominadas neurônios. O neurônio é o componente básico do sistema nervoso central (SNC) e cada neurônio compartilha estruturas comuns e características funcionais. 

Tipicamente, um neurônio contém três importantes partes:
um corpo central celular que contém o núcleo e direciona todas as atividades do neurônio; os dendritos, fibras curtas que se estendem do corpo celular. 

Local de recebimento de mensagens de outros neurônios;
o axônio, uma fibra longa simples que transmite mensagens do corpo celular para os dendritos de outros neurônios ou tecidos do corpo como os músculos.

Apesar da maioria dos neurônios conterem todas as três partes, há uma variedade de tamanhos e formas dos neurônios, assim como seus axônios e dendritos. Por exemplo: o comprimento de um axônio pode variar de poucos milímetros a metros, como aqueles pertencentes a neurônios motores que saem da medula espinhal até os músculos que eles enervam. 

O axônio transmite impulsos elétricos ( na forma de potencial de ação) do corpo celular para outros neurônios ou músculos, órgãos ou glândulas do corpo. 

A transferência de uma mensagem de um axônio de um neurônio para o dendrito de outro é conhecida como neurotransmissão. Apesar dos axônios e dendritos estarem localizados extremamente próximos uns dos outros, a transmissão de uma mensagem não ocorre através de contato direto. 

A comunicação entre células nervosas ocorre principalmente através da liberação de substâncias químicas no espaço entre os axônios e dendritos. Este espaço é conhecido como sinapse.. Quando um neurônio se comunica, uma mensagem, encaminhada como impulso elétrico, move-se pelo axônio na direção da sinapse. Na sinapse, há uma liberação de moléculas, chamadas neurotransmissores, pelo axônio. 

Os neurotransmissores, então, difundem-se na sinapse e se ligam em moléculas especiais, denominadas receptores, que estão localizadas nas membranas celulares dos dendritos da célula nervosa adjacente. Estes, por sua vez, estimulam ou inibem uma resposta elétrica do neurônio receptor. Portanto, os neurotransmissores agem como mensageiros químicos, levando informações de um neurônio a outro.



 


Há diferentes tipos de neurotransmissores; cada um tem um papel preciso no funcionamento do cérebro. Geralmente, cada neurotransmissor liga-se somente a um receptor específico. Portanto, quando um neurotransmissor acopla-se a um receptor, é como se fosse “chave na fechadura”. Este acoplamento dispara uma cascata de eventos na superfície do dendrito do neurônio receptor e dentro da célula. Desta maneira, a mensagem levada pelo neurotransmissor é recebida e processada pela célula nervosa receptora. Uma vez que isso ocorreu, o neurotransmissor pode ser inativado por um dos dois modos: ele pode ser quebrado por uma enzima ou reabsorvido pela célula nervosa que o havia liberado.

A reabsorção é realizada por moléculas transportadoras. As moléculas transportadoras residem nas membranas celulares dos axônios que liberaram os neurotransmissores. Eles recolhem os neurotransmissores na sinapse, atravessando a membrana celular no interior do axônio. Os neurotransmissores ficam então disponíveis para serem reutilizados.

Os axônios de muitos neurônios são cobertos por uma estrutura lipídica denominada barra de mielina. A barra de mielina tem várias funções. Uma das mais importantes funções é aumentar a velocidade com que o impulso nervoso percorre o axônio. A velocidade de condução de um impulso nervoso de um axônio altamente mielinizado pode ser tão rápida como 120m/s. Em contraste, um impulso nervoso de um axônio sem barra de mielina pode percorrer menos de 2m/s. 

NEUROTRANSMISSORES Acetilcolina
A acetilcolina foi primeiramente identificada como transmissor químico no sistema periférico nervoso e no cérebro; deficiências na secreção desse neurotransmissor são associadas com disfunções no aprendizado e memória, como aquelas vistas na doença de Alzheimer. Após exercerem seu efeito na membrana dendrítica pós-sináptica, sua ação é terminada pela enzima acetilcolinesterase, que degrada o neurotransmissor.

A acetilcolina é altamente distribuída por todo o cérebro, particularmente nas regiões do córtex cerebral, hipocampo, diencéfalo, ponte e cerebelo. Sugere-se que a acetilcolina possa estar envolvida em circuitos que modulam dor e outras recepções sensoriais e em mecanismos relacionados à estimulação, atenção, humor e sono.

Catecolaminas (dopamina e noradrenalina)
O termo catecolamina se refere a compostos contendo um núcleo catecol (um anel benzeno com dois grupos hidroxila) a qual se liga um grupo amino. No sistema nervoso central (SNC) o termo se refere aos neurotransmissores dopamina e noradrenalina.

Após a liberação, a dopamina e a noradrenalina exercem seus efeitos ligando-se a receptores específicos pós-sinápticos. A inativação dos neurotransmissores ocorre primeiramente pela recaptação dos mesmos através de moléculas transportadoras existentes nos terminais dos nervos pré-sinápticos. Dentro dos terminais nervosos, as catecolaminas podem ser inativadas por enzimas, como a monoamino-oxidase (MAO).

Os corpos celulares de neurônios noradrenérgicos estão localizados no tronco encefálico. Desta região, axônios se projetam amplamente pelo cérebro a terminais nervosos no córtex cerebral, sistema límbico, hipotálamo e cerebelo.

Projeções dos axônios também vão para a medula espinhal, onde ele exerce ações analgésicas. A liberação de noradrenalina produz aumento no estado de alerta, sentimentos positivos de recompensa e analgesia. A liberação de noradrenalina pode também estar envolvida em comportamentos instintivos básicos como fome, sede, emoções e sexo.

Quanto aos neurônios dopaminérgicos, três circuitos foram descritos. No primeiro, corpos celulares existentes no hipotálamo enviam axônios para a glândula pituitária, regulando certos hormônios. No segundo, corpos celulares do tronco encefálico projetam seus axônios ao gânglio basal, desempenhando importante papel na regulação dos movimentos. No terceiro, corpos celulares do cérebro médio projetam seus axônios até o córtex cerebral (especialmente o córtex frontal) e o sistema límbico.

Serotonina
O neurotransmissor serotonina está relacionado à depressão, sono, sexo e à regulação da temperatura corpórea. Significantes quantidades de serotonina são encontradas na região superior do tronco encefálico. Projeções do tronco encefálico terminam difusamente através do córtex cerebral, hipocampo, hipotálamo e sistema límbico.

Glutamato (ácido glutâmico)
O glutamato parece ser o neurotransmissor excitatório primário do cérebro; seus receptores podem ser encontrados na superfície de virtualmente todos os neurônios. Curiosamente, o glutamato é também o precursor do maior neurotransmissor inibitório, o GABA. O glutamato desempenha um importante papel nas funções cognitivas (hipocampo e córtex), funções motoras, funções do cerebelo e funções sensoriais.

GABA (ácido gama-amino butírico)
O GABA é o maior neurotransmissor inibitório e é encontrado em altas concentrações no cérebro e na medula espinhal. Dois tipos de receptores GABA são encontrados: GABA-A e GABA-B. Receptores GABA-A são encontrados no córtex cerebral, hipocampo e cerebelo. A ativação dos receptores GABA-B na amídala é associada com a desestabilização da membrana.

Peptídeos opióides
Peptídeos opióides produzem analgesia atuando em receptores específicos existentes no cérebro. Receptores opióides são encontrados no tronco encefálico, tálamo e medula espinhal. Os receptores existentes no tronco encefálico também estão envolvidos na mediação da tosse, náuseas, vômitos, manutenção da pressão sangüínea e controle das secreções estomacais.

As maiores concentrações de receptores opióides no sistema nervoso central estão localizadas no sistema límbico. Apesar dos opióides não exercerem ações analgésicas nessa região, eles provavelmente afetam o comportamento emocional. Poucos receptores opióides são encontrados no córtex crebral e nenhum encontrado no cerebelo.

Em 1976, três tipos de receptores opióides foram identificados: mu, kappa e sigma. Em 1981 um quarto tipo foi adicionado: o receptor delta. Mais recentemente, subtipos desses receptores foram identificados e a existência do receptor sigma foi questionada.

Receptores mu estão localizados no tronco encefálico e no tálamo; mediam a analgesia induzida pela morfina e a depressão respiratória. Receptores kappa localizados na medula espinhal mediam a analgesia e no tronco encefálico estes receptores mediam a sedação e a miose. Receptores delta estão envolvidos em alterações no comportamento afetivo e euforia.Neuroquímica
 
Uma das áreas de pesquisa da química é a neuroquímica: a ciência que estuda a relação entre a estrutura química de certas moléculas e suas atividades no Sistema Nervoso Central (SNC). Como são transmitidos os impulsos nervosos? Como a informação é armazenada? O que são os neurotransmissores?


O sistema nervoso, juntamente com o sistema endócrino, é responsável pela maioria das funções do controle do organismo. O SNC pode ser comparado a um supercomputador, capaz de processar um número enorme de bits de informação, provenientes de diferentes órgãos sensoriais e, então, determinar a resposta a ser executada pelo organismo. O modo de transmissão entre os neurônios, no cérebro, não é elétrico, e sim carreado por neurotransmissores, substâncias químicas neuroativas liberadas no lado pré-sináptico da junção entre dois neurônios, a sinapse. 

De toda a informação enviada pelos órgãos sensoriais, apenas 1% produz uma resposta do organismo: uma das principais funções do SNC é filtrar as informações que chegam - na verdade, 99% são simplesmente descartadas.


A sinapse é o ponto de contato entre um neurônio e o seu vizinho - um local próprio para a transmissão de sinais. Na sinapse, um neurônio (o pré-sináptico) libera neurotransmissores, que viajam pelo meio intercelular, até os receptores sinápticos do neurônio seguinte (o pós-sináptico), desencadeando um potencial de ação no segundo neurônio. Os receptores são, na verdade, proteínas situadas na membrana celular do neurônio, que interagem com o neurotransmissor, provocando uma alteração conformacional em algumas regiões da membrana (como canais de sódio ou cloro). Isto produz uma polarização ou despolarização da membrana celular deste neurônio - é o impulso elétrico gerado por uma sinapse química!


A fenda sináptica tem, em geral, cerca de 250 angstrons. Os terminais pré-sinápticos são regiões do neurônio ricas em duas estruturas internas importantes: as mitocôndrias e as vesículas sinápticas. As vesículas são pequenas "bolsas" que carregam os neurotransmissores. Um estímulo químico ou elétrico pode causar a migração das vesículas para a membrana e consequente liberação dos neurotransmissores na fendas sináptica.

O transmissor tem de ser sintetizado com extrema rapidez, porque a quantidade armazenada pelas vesículas só é suficiente para durar alguns minutos! A produção de neurotransmissores a partir de seus precursores torna-se possível pela presença de enzimas específicas, a custa de um dispêndio de energia, fornecida pelo ATP. Daí a importância das mitocôndrias, responsáveis pela produção do ATP!

Chave & Fechadura
Uma vez na fenda sináptica, as moléculas do neutotransmissor têm acesso aos sítios receptores, situados em moléculas da membrana pós-sináptica e também da pré-sináptica. Tais sítios têm uma estrutura molecular particular que lhe permite reconhecer a molécula do transmissor, assim como uma fechadura reconhece sua chave (o modelo é chamado de lock and key). A combinação do neurotransmissor com os receptores da membrana pós-sináptica produz uma alteração de sua configuração espacial ou deformação do receptor. 

Essa alteração conformacional faz com que o receptor abra canais iônicos específicos, modificando rapidamente a polaridade elétrica da membrana; alternativamente, ativam enzimas formadoras de mensageiros químicos no citoplasma do neurônio pós-sináptico, que por sua vez provocam alterações mais lentas e persistentes das propriedades elétricas da membrana neuronal ou, ainda, modificam a velocidade de reações químicas no citoplasma desse neurônio, alterando o seu funcionamento.

Drogas psicotrópicas
Algumas drogas com ação no SNC possuem uma estrutura química semelhante a de um neurotransmissor, podendo, então, se ligar ao sítio receptor. Na animação, note como todas as moléculas possuem alguns grupos "chaves" para a associação com o receptor.

Uma das áreas de pesquisa da química é a neuroquímica: a ciência que estuda a relação entre a estrutura química de certas moléculas e suas atividades no Sistema Nervoso Central (SNC). Como são transmitidos os impulsos nervosos? Como a informação é armazenada? O que são os neurotransmissores? Como é uma sinapse? Tudo isso, no QMCWEB.

O sistema nervoso, juntamente com o sistema endócrino, é responsável pela maioria das funções do controle do organismo. O SNC pode ser comparado a um supercomputador, capaz de processar um número enorme de bits de informação, provenientes de diferentes órgãos sensoriais e, então, determinar a resposta a ser executada pelo organismo. (O QMCWEB já falou sobre os receptores sensoriais, no artigo sobre os quimiossensores) O modo de transmissão entre os neurônios, no cérebro, não é elétrico, e sim carreado por neurotransmissores, substâncias químicas neuroativas liberadas no lado pré-sináptico da junção entre dois neurônios, a sinapse. 

De toda a informação enviada pelos órgãos sensoriais, apenas 1% produz uma resposta do organismo: uma das principais funções do SNC é filtraras informações que chegam - na verdade, 99% são simplesmente descartadas.

Quimiosensores

Em menos de um segundo somos capazes de detectar, no ar, a presença de substâncias em concetrações tão baixas que nenhuma máquina construída pelo homem detectaria.
O olfato é o mais antigo - e um dos mais intrigantes - sentidos desenvolvidos pelo homem. Nesta edição do QMCWEB você vai saber um pouco mais sobre o olfato, quimiossensores e a relação entre a estrutura da molécula e o odor experimentado

O olfato depende de receptores sensoriais que respondem à presença de certas moléculas na atmosfera. Nos humanos, estes quimiorreceptores estão localizado no epitélio oftactatório - um pedaço de tecido do tamanho de um selo postal, localizado na cavidade nasal.

Este tecido é recoberto de cílios e uma camada de muco. As moléculas gasosas são dissolvidas no muco e, então, interagem com os receptores. Isto ativa uma enzima, a adenilil ciclase, que cataliza a conversão de ATP ao AMP cíclico (cAMP). O cAMP ativa um canal de Na+, gerando um potencial de despolarização ao longo da membrana. Este impulso é transmitido pelos nervos olfactatórios até o cérebro, que, computando outros estímulos sensoriais, interpreta o impulso como um odor - muitas vezes acionando áreas da memória que relacionam o particular odor com algo já experimentado antes.


A substância odorante precisa ter certas propriedades para ser capaz de provocar alterações sensoriais: deve apresentar alguma solubilidade em água, pressão de vapor considerável, lipofilicidade, e massa molar não muito elevalda (em um artigo de 1967, Demole e Wuest, na Helv. Chem. Acta., garantem não existir nenhuma molécula odorante com massa molar maior do que 294 g/mol). Existem cerca de 50 milhões de células receptoras em cada uma das duas cavidades nasais. 

O ser humano é capaz de distinguir mais de 10.000 espécies químicas diferentes, baseado apenas em sua estrutura molecular. 

Uma comparação das estruturas das moléculas com seus odores revela algumas similaridades: por exemplo, substâncias com odor de peixes geralmente contém um átomo de nitrogênio ligado a 3 átomos, com um par eletrônico não-ligante: são aminas primárias, secundárias ou terciárias, tal como dietilamina, bC–NH–Cb e etilamina, H2N–CH2Cb. 


A indústria alimentícia tem particular interesse em substâncias odorantes. Os grupos mais utilizados comercialmente são os ésteres e as gama e delta lactonas.

Diversos grupos de pesquisa no Brasil estudam compostos que apresentam odores ou aromas. Este é um campo promissor, pois a indústria alimentícia depende de nós, químicos, para a obtenção de compostos que confiram aos seus produtos os sabores desejados. 


SINAPSES

Sinapses

Todos os estímulos do nosso ambiente causam, nos seres humanos, sensações como dor e calor. Todos os sentimentos, pensamentos, programação de respostas emocionais e motoras, causas de distúrbios mentais, e qualquer outra ação ou sensação do ser humano, não podem ser entendidas sem o conhecimento do processo de comunicação entre os neurônios.

Os neurônios são células especializadas, que junto com as células gliais formamo sistema nervoso.

Os neurônios são constituídos fundamentalmente por:
Corpo Celular
Conhecido como soma, é a região onde está o núcleo e a maioria das estruturas citoplasmáticas;

Dentritos (do grego dendron, que significa árvore)
São prolongamentos geralmente muito ramificados. Eles são responsáveis pelo recebimento dos sinais;

Axônio (do grego axoon, que significa eixo)
Só possui ramificações na extremidade. Ele é responsável por conduzir os sinais;

Contatos Sinápticos, ou sinapses
São responsáveis por transmitir as informações de uma célula para outra célula.
Além destas estruturas os neurônios possuem outras, devido o seu nível de especialização. Dentre elas podemos citar a bainha de mielina.

Alguns neurônios têm seus axônios envolvidos por um tipo celular denominado célula de Schwann. As células de Schwann determinam a formação da bainha de mielina - invólucro lipídico que atua como isolante térmico e facilita a transmissão do impulso nervoso. Entre uma célula de Schwann e outra existe uma região de descontinuidade da bainha de mielina, denominada nódulo de Ranvier. A parte celular da bainha de mielina, onde estão o citoplasma e o núcleo da célula de Schwann, constitui o neurilema.
O percurso do impulso nervoso no neurônio é sempre no sentido

Dendrito >> Corpo Celular >> Axônio

Sinapses
Um impulso é transmitido de uma célula a outra através das sinapses (do grego synapsis, ação de juntar). A sinapse é uma região de contato muito próximo entre a extremidade do axônio de um neurônio e a superfície de outras células. Estas células podem ser tanto outros neurônios como células sensoriais, musculares ou glandulares.

As terminações de um axônio podem estabelecer muitas sinapses simultâneas. Na maioria das sinapses nervosas, as membranas das células que fazem sinapses estão muito próximas, mas não se tocam. Há um pequeno espaço entre as membranas celulares (o espaço sináptico ou fenda sináptica).

Quando os impulsos nervosos atingem as extremidades do axônio da célula pré-sináptica, ocorre liberação, nos espaços sinápticos, de substâncias químicas denominadas neurotransmissores ou mediadores químicos, que tem a capacidade de se combinar com receptores presentes na membrana das célula pós-sináptica, desencadeando o impulso nervoso. Esse tipo de sinapse, por envolver a participação de mediadores químicos, é chamado sinapse química.
Os cientistas já identificaram mais de dez substâncias que atuam como neurotransmissores, como a acetilcolina, a adrenalina, a noradrenalina, a dopamina e a serotonina.

Existe também um outro tipo de sinapse, a sinapse elétrica, onde íons e pequenas moléculas passam por eles, conectando então canais de uma célula a próxima, de forma que alterações elétricas em uma célula são transmitidas quase instantaneamente à próxima.
Sinapses
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Fonte: www.ced.ufsc.br

Sinapses

SinapsesAnexo de Sinapses Excitatórias e Inibitórias
As sinapses podem ser excitatórias ou inibitórias, controlando as reacções do corpo do animal em relação a um estímulo. Cada neurónio pode apresentar dezenas de dendrites, através das quais outros neurónios estabelecem centenas de sinapses. Cada um desses neurónios pré-sinápticos pode produzir um tipo diferente de neurotransmissor, tal como diferentes zonas do neurónio pós-sináptico podem apresentar diferentes receptores. 

Pode-se, então, concluir que cada neurónio é capaz de receber uma grande variedade de mensagens químicas. Se a sua resposta a essa mensagem for uma despolarização da membrana, a sinapse é excitatória. Se, pelo contrário, a sua resposta for uma hiperpolarização da membrana, então a sinapse é inibitória.

Como funcionam as sinapses inibitórias e qual a sua importância?
Em vertebrados os neurotransmissores inibitórios mais comuns são o ácido gama-amino-butírico (GABA) e a glicina. Em sinapses inibitórias a membrana pós-sináptica possui canais iónicos de cloro, controlados quimicamente, que causam a hiperpolarização da membrana e diminuem a probabilidade desta gerar um potencial de acção.

Cada neurónio "decide" se irá ou não gerar um potencial de acção após somar todos os estímulos que recebe (excitatórios e inibitórios), e é este o mecanismo que permite a integração de informação que apenas o tecido nervoso consegue obter. Cada neurónio pode receber até 1000 estímulos sinápticos mas apenas produz uma resposta, um potencial de acção formado no seu axónio.

Na esmagadora maioria dos neurónios, a região de "tomada de decisão" está localizada no corpo celular, junto à base do axónio, local não isolado por células da Glia e extremamente rica em canais iónicos controlados electricamente. Assim, se a soma de todos os estímulos sinápticos recebidos pela célula atingirem este local e causarem uma diferença de potencial suficiente para causar a despolarização da membrana, o axónio dispara um potencial de acção.

Esta "soma" de estímulos pode ser espacial ou temporal:
Soma espacial
Resulta da adição de estímulos simultâneos de sinapses localizadas em diversos locais da célula pós-sináptica

Soma temporal
Resulta da adição de estímulos de uma mesma sinapse em rápida sequência.
Uma doença autoimune incapacitante que afecta as sinapses motoras é a miastenia grave, que atinge cerca de 1 em cada 200000 pessoas. Os principais sintomas desta doença são a fraqueza muscular e a incapacidade de manter esforços físicos continuados.

Avalanche de neurônios é importante para versatilidade e criatividade cerebral

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REINALDO JOSÉ LOPES
EDITOR DE CIÊNCIA
 
Ao ler este texto, seu cérebro está sendo varrido por inúmeras avalanches, de todos os tipos e tamanhos. As mesmas avalanches acontecem quando você dorme, sonha ou manipula um objeto que nunca tinha visto antes.
Esses "terremotos" de neurônios, sugere um novo estudo, são um elemento importante para a versatilidade e a criatividade do cérebro. 

Eles correspondem a explosões de atividade de neurônios, que se propagam massa encefálica afora, ganhando força --como uma avalanche de verdade. 

Se o cérebro fosse um motor de carro, elas seriam equivalentes a um pé permanentemente no acelerador, pronto para fazer o veículo disparar diante de um estímulo interessante ou relevante.
"É como se o cérebro trabalhasse sempre para maximizar o número de padrões possíveis, seja sensoriais [envolvendo os sentidos], seja mnemônicos [ligados à memória]", conta o neurocientista Sidarta Ribeiro, da UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte). 

Ribeiro é um dos autores da pesquisa, que acaba de sair na revista científica de acesso livre "PLoS One", junto com a dupla de físicos Mauro Copelli e Tiago Ribeiro, da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco).

editoria de arte/folha press/editoria de arte/folha press

O trabalho é o primeiro a mostrar que as chamadas avalanches neuronais não são só uma curiosidade que acontece em culturas de células ou "fatias" de neurônios em laboratório, mas estão presentes durante as atividades naturais de um mamífero --no caso, uma turma de 14 ratos de laboratório.
Para espionar as avalanches neuronais dos bichos, a equipe instalou neles eletrodos capazes de medir a atividade individual das células nervosas. Entre 100 e 150 neurônios foram monitorados para cada bicho, em regiões do cérebro ligadas ao tato, à visão e a memória. 

Depois, os pesquisadores deixaram que os roedores dormissem e acordassem espontaneamente, explorando objetos que não conheciam durante as horas despertas.
Também observaram o que acontecia quando os bichos eram submetidos a uma anestesia geral. 

Foi preciso usar uma série de ferramentas estatísticas refinadas para analisar os dados, porque os eletrodos só registram parte das avalanches que estão ocorrendo em dado momento. Mas, com as contas feitas, a equipe se deu conta de que as avalanches eram essencialmente as mesmas em qualquer situação --menos na de anestesia. 

Eles verificaram que não há um tamanho típico para as avalanches (em número de neurônios afetados). "Nossa hipótese é que elas estão vindo da ação de centros profundos do cérebro, que só são "desligados" pela anestesia", diz Ribeiro.
Fonte:
 www.qmc.ufsc.br

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