quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

TERREMOTO - O QUE ESTÁ ACONTECENDO COM NOSSA TERRA?

Terremotos:
o que está ocorrendo com a nossa Terra?

Por 
Pedro Jacobi


Nos últimos dias recebi vários questionamentos de nossos usuários sobre os terremotos que parecem estar se intensificando. Muitos estão preocupados com o fato e querem saber se realmente existe uma maior incidência de terremotos e se o Brasil está, de alguma forma, em risco. Outros vão mais longe e querem saber se isso não é um presságio do fim do mundo que deve (segundo eles) acabar em 2012 conforme predito no calendário Maia...

O motivo do medo generalizado decorre do assustador terremoto de magnitude 8.8 na escala Richter, que ocorreu no dia 27 de fevereiro no Chile, algumas semanas após o mortal terremoto do Haiti (7.0) de 12 de janeiro. Em ambos os casos houveram muitas vítimas e enormes prejuízos materiais. O terremoto do Chile ainda apresenta um grande número de tremores correlatos sendo que os últimos , no dia 11 de março, foram de grandes proporções e ocorreram em um período de 30 minutos atingindo 6.9, 6.7 e 6.1 na escala Richter.

Estes últimos terremotos tiveram os seus epicentros mais próximos de Santiago o que pode significar que nos próximos dias teremos terremotos  os aftershocks,  perigosamente próximos de Santiago, causando maiores perdas do que o sismo de 27 de fevereiro.
Some-se a estes terremotos as notícias de tsunamis, vulcões, aquecimento global e até mesmo dos pequenos sismos Brasileiros registrados recentemente no Nordeste e está configurado, para alguns, o cenário do fim do mundo.


A resposta que eu tenho, como um geólogo e estudioso do assunto é que terremotos são muito mais comuns do que a maioria das pessoas acredita e que estes acontecimentos náo caracterizam este cenário do Armagedon.


Veja os pontos abaixo e tire suas próprias conclusões:


A cada ano existem milhões de terremotos, de várias proporções, que afetam o nosso Planeta. A Terra é muito dinâmica e os movimentos ininterruptos das grandes placas tectônicas são os grandes causadores destes sismos.

Milhares de terremotos são contabilizados todos os dias, mas a maioria não são sentidos pelas pessoas (somente os acima de 2.0 são percebidos). No momento que escrevo este artigo um terremoto de 6.6 ocorreu a 80km da cidade de Fukushima na porção central do Japão. Não houve perdas humanas.


Sismos de grandes proporções, acima de 6.0, são mais raros, e quando próximos a cidades populosas, causam desastres, mortes e destruição.


Como a maioria da superfície terrestre é coberta por águas, gelo e por áreas despovoadas o número de sismos com perdas de vidas humanas é, relativamente, pequeno quando comparado ao número total de terremotos.


O que causa as grandes tragédias é a combinação dos seguintes fatos:

    *  Magnitude do terremoto, medida na escala Richter. Trata-se de uma escala logarítmica: a cada ponto existe um multiplicador de 10. Ou seja: um terremoto de 8.0 é dez vezes mais forte do que um de 7.0.

    * Tipo de rocha afetada pelo terremoto. A devastação causada por um terremoto tem grande correlação com o tipo de rocha onde os prédios foram construídos. Se a rocha for sólida a tendência é de um menor número de problemas. Já no caso de construções sobre areias inconsolidadas, sedimentos aluvionares e deltaicos como foi o caso das áreas mais afetadas no terremoto de 1906 de S. Francisco (7.8), os efeitos são devastadores. Nestes casos é comum a liquefação do solo. Trata-se de um fenômeno onde os tremores induzem o solo rico em areias e água a se comportar como um líquido o que causa o afundamento dos prédios, pontes, viadutos, estradas etc... causando um grande número de mortes e prejuízos materiais.

    * Proximidade e profundidade do epicentro. A proximidade do epicentro de um terremoto das zonas urbanas é um dos principais motivos de destruição. O terremoto do Haiti, de 7.0, teve o seu epicentro a poucos quilômetros da Capital Port-au-Prince o que causou as grandes perdas de vidas, ao contrário do Chile onde o epicentro era profundo e localizado mais de 300km de Santiago.

    * Tipos de ondas de propagação: as ondas mais destrutivas de um terremoto são as denominadas ondas superficiais que trafegam na superfície e são relativamente mais lentas. Devido a sua baixa frequência essas ondas tem longa duração e maior amplitude causando as maiores destruições , danos e mortes. Ondas superficiais são análogas as ondas da água.  A propagação das ondas sísmicas varia com a densidade das rochas afetadas sendo elevada no manto (>13Km/s) e menores na crosta, onde variam entre 3 a 8km/s. É por intermédio de cálculos baseados na velocidade de propagação destas ondas que são calculadas as distâncias e profundidades dos epicentros.

    * Qualidade das construções afetadas: um dos pontos de maior influência no número de vítimas é o que se refere à qualidade das construções atingidas pelo terremoto. Observa-se que os terremotos que afetam o interior de países pobres como a China são, sempre, os mais devastadores. Esta devastação se relaciona, principalmente, a baixa qualidade das construções afetadas. A medida que novas normas de construção foram criadas nos países mais afetados por terremotos o número de mortes diminuiu consideravelmente. O Japão, após o sismo de Kobe, é o que mais leva a sério o assunto investindo enormes somas tanto na construção de novos prédios e obras de engenharia como nos planos e estratégias de resgate e salvamento de vítimas em áreas atingidas.

O terremoto com o maior número de vítimas ocorreu na China em Shaanxi em 23 de janeiro de 1556. O número de mortos deve ter superado o milhão. Foram contabilizadas 830.000 mortes e a destruição atingiu mais de 400km. Apesar da gigantesca proporção o USGS calcula que o sismo teve uma magnitude entre 8 e 9 na escala Richter. A incidência de ondas superficiais sobre construções antigas e despreparadas para enfrentar um terremoto desta magnitude foi o fator determinante na tragédia.

Já o terremoto de maior magnitude medida, ocorreu em 22 de maio de 1960 no Chile próximo a Valdívia a sul de Santiago, não muito distante deste terremoto de 27 de fevereiro. O terremoto de Valdívia teve sua magnitude medida em 9.5 na escala Richter e ocasionou a morte de mais de 6.000 pessoas, um número baixo se comparado à magnitude. O tsunami gerado na costa do Chile atravessou o oceano matando no Hawaii e no Japão a dezenas de milhares de quilômetros.

A influência das forças gravitacionais da Lua e do Sol em terremotos:
Um ponto que me parece nunca ter sido adequadamente discutido, na literatura técnica , é a correlação entre terremotos e o efeito gravitacional da Lua e do Sol sobre a Terra. Todos sabemos que a conjunção Lua-Sol tem enormes influências gravitacionais no nosso planeta causando marés de grandes proporções e, as menos conhecidas marés terrestres.

Por incrível que pareça a crosta terrestre, assim como os oceanos, também  é afetada pela força gravitacional da lua em conjunção com o Sol: a isso se chama maré terrestre. No equador a crosta pode ser deslocada 55cm pela influência gravitacional da Lua e Sol.

Trata-se de uma força significativa que, no nosso entender,  deve facilitar a ruptura de falhas ativas que causam os terremotos.

A força gravitacional causada pela massa do Sol e da Lua é enorme, elevando o nível dos mares a mais de 15 metros em certas regiões, como em Burntcoat Head no Canadá, durante a Lua nova, cheia e nos equinócios (Março e Setembro) quando o Sol cruza o plano equatorial terrestre.

Não podemos desprezar a imensa atração gravitacional no fenômeno dos terremotos.


No meu entender sempre me pareceu lógico que existisse uma correlação direta entre terremotos e a força gravitacional destes astros.

Desta forma, na tabela abaixo, é possível ver os 100 terremotos mais destrutivos desde 1900 juntamente com dados importantes como a localização, magnitude, número de mortes e, novidade, a fase da lua quando o terremoto ocorreu.

Surpresa!!
Este estudo preliminar que fiz mostra que a grande maioria dos terremotos ocorreram durante o equinócio (Março e Setembro) quando a Lua era Nova (36%)  ou Cheia (29%). Os números mostram que 65% dos 100 terremotos mais mortais desde 1900 estão relacionados a Luas nova e cheia. Trata-se de um número matematicamente significativo que corrobora a influência gravitacional como um fator importante na previsão dos terremotos.

O mês de março, onde ocorre o equinócio e as maiores marés,  é o que teve o maior número de grandes terremotos, 14, sendo que o dia 28 de março teve 3 grandes terremotos com vítimas.

Coincidência?
Acredito que não. Trata-se de uma "ajuda extra" causada pela atração gravitacional sobre a crosta facilitando o movimento das falhas e dos terremotos.

Os terremotos vão continuar a existir enquanto houver placas tectônicas em movimento
ou, em outras palavras, enquanto houver um gradiente de temperatura na Terra. Ou seja...por muito, muito tempo.

Quando a Terra for um planeta morto, gelado, com a superfície completamente aplainada pela erosão, somente então os terremotos deixarão de existir.


Data        Fase da Lua         Lugar                        Mortes      Magnitude
28/12/1908     0      Messina & Reggio Calabria, Ital- 70     7.2
26/12/2004     cheia      Sumatra, Indonesia......230.210     8.9
26/12/1939     cheia     Erzincan, Turkey ..................27     7.8
25/12/1932     nova     Gansu, China........................70     7.6
20/12/1942     cheia     Erbaa, Tokat, Turke........3.000     7,0
16/12/1920     0     Ningxia-Gansu, China ..............200     8.6
13/12/1982     nova     Dhamar, North Yemen .....2.000     6,0
12/12/1946     0      Kinki-Shikoku  Japan...............133     8.1
07/12/1944     0      Kinki  Japan..........................1.223     8.1
26/11/1943     nova     Ladik, Samsun, Turkey......4.000     7.4
24/11/1976     nova     Muradiye, Van, Turkey......3.840     7.5
23/11/1980     cheia     Irpinia, Southern Italy........2.735     6.8
12/11/1999     nova     Düzce, Turkey......................894     7.2
10/11/1922     0         Atacama Region, Chile.......... 100     8.5
30/10/1983     0         Erzurum, Turkey.................1.155     6.9
28/10/2008     nova      Pakistan..............................215     6.4
11/10/1918     0          Puerto Rico, USA................116     7.5
08/10/2005     0          Kashmir, Pakistan ................ 79     7.6
05/10/2008     0         Eastern Kyrgyzstan.................75     6.6
04/10/1914     nova     Burdur, Turkey....................300     6.9
01/10/1995     0      Dinar, Afyon, Turkey................ 90     6.1
30/09/2009     0         Sumatra, Indonesia.............1.115     7.6
29/09/1993     0          Latur-Killari, India ............9.748     6.2
29/09/2009     0                Samoa Islands.................189     8.1
19/09/1985     nova     Michoacán, Mexico ...............95     8.0
08/09/1905     cheia     Calabria, Italy....................5.000     7.9
06/09/1975     nova     Lice, Diyarbakır, Turkey.....2.385     6.6
02/09/1992     0          Nicaragua............................116     7.7
02/09/2009     cheia     Java, Indonesia......................79     7.0
01/09/1923     0          Great Kantō.........................143     7.9
31/08/1970     nova     Iran..................................12.001     7.4
19/08/1966     nova     Varto, Muş, Turkey........... 2.396     6.7
17/08/1999     0          İzmit, Turkey ...................17.118     7.6
17/08/1949     0         Karlıova, Bingöl, Turkey........ 450     6.8
15/08/1950     nova     Assam-Tibe.......................1.526     8.6
15/08/2007     nova      Chincha Alta, Peru ..............519     8,0
09/08/1912     nova     Mürefte Tekirdağ, Turkey.....216     7.3
08/08/1953     nova     Kefalonia, Greece ............   476     7.2
04/08/1946     0          Dominican Republic ............100     8.0
29/07/1967     0     Caracas, Venezuela .................236     6.5
27/07/1976     nova     Tangshan, China ...........242.419     7.6
26/07/1963     0     Skopje, Republic of Macedonia ..1.100     6.1
22/07/1967     cheia     Mudurnu, Adapazarı, Turke.........89     7.2
17/07/1998     0     New Guinea, Papua New Guinea ...2.183     7,0
17/07/2006     0      Indonesia ......................................665     7.7
16/07/1990     cheia     Philippines .............................1.621     7.9
09/07/1997     nova     Cariaco, Venezuela .....................81     6.9
08/07/1971     cheia     Illapel, Chile................................85     7.5
27/06/1998     nova     Ceyhan, Adana, Turkey.............146     6.2
23/06/2001     nova      Peru ..........................................75     8.4
22/06/2002     cheia     Qazvin Province, Iran ................261     6.5

20/06/1943     cheia     Hendek, Adapazarı, Turkey ......336     6.6
31/05/1970     0     Peru .................................................66     7.9
27/05/2006     nova     Java, Indonesia........................6.234     6.3
22/05/1971     nova     Bingol, Turkey.........................1.000     6.9
21/05/2003     0     Boumerdès, Algeria.......................2.266     6.8
12/05/2008     0     Sichuan  China.............................69.197     7.9
06/05/1976     0     Friuli-Venezia Giulia, Italy ................989     6.4
01/05/2003     nova     Bingöl, Turkey ............................177     6.4
29/04/1903     nova     Malazgirt, Muş, Turkey.............. 600     6.7
25/04/1957     nova     Fethiye, Muğla, Turkey................. 67     7.1
21/04/1935     0     Shinchiku-Taichū, Taiwan...............3.279     7.1
19/04/1938     cheia     Kırşehir, Turkey..........................160     6.6
15/04/1979     nova     HercegNovi,Dubrovnik,
                                     Montenegro,Croatia...................136     7,0
06/04/2009     cheia     Near L'Aquila, Abruzzo, Italy......294     6.3
01/04/1946     nova     Unimak Island, Alaska, USA........165     7.3
31/03/1983     cheia     Popayan,Cauca Depart.,Colombia...197     5.5
28/03/2005     cheia     Nias region, Indonesia..............1.303     8.6
28/03/1970     0     Gediz, Kütahya, Turkey.................1.086     7.2
28/03/1965     0     La Ligua, Chile ................................280     7.4
25/03/2002     cheia     Hindu Kush Region,Afghanistan. 150     7.4
18/03/1953     nova     Yenice, Çanakkale, Turkey.........265     7.2
18/03/1964     cheia     PrinceWilliam S.,Alaska, USA....125     9.2

11/03/1933     cheia     Long Beach, California, USA......115     6.4
07/03/1927     nova      Kyoto  Kinki region, Japan ........302     7.6
06/03/1987     0     Napo Province, Ecuador...............1.000     6.9
06/03/2007     cheia     Sumatra, Indonesia .....................67     6.4
04/03/1977     cheia     Bucharest, Romania................1.500     7.5
03/03/1985     cheia     Valparaiso, Chile ......................177     7.8

02/03/1933     0      Iwate  Tōhoku  Japan ...................299     8.4
27/02/2010     cheia      Maule, Chille...........................796     8.8
24/02/2004     nova      Gibraltar...................................628     6.4
24/02/2003     0     Maralbexi  Xinjiang, China..............261     6.3
22/02/2005     cheia     Zarand, Iran ............................612     6.4
21/02/1963     nova    Al Marj,Al MarjDistrict, Libya .300     5.6
13/02/2001     cheia     El Salvador .............................315     6.6

03/02/1931     cheia     Napier, New Zealand..............258     7.9
01/02/1944     0     Gerede, Bolu, Turkey ................3.959     7.5
26/01/2001     nova     Gujarat, India......................20.085     7.7
25/01/1999     0     QuindioAnd Risaralda,Colombia 1.185     6.2
23/01/1981     cheia     Sichuan, China.........................150     6.8
17/01/1995     cheia     Southern Hyōgo,Japan .........5.502     6.9
17/01/1994     0     Reseda,LosAngeles,California, USA..72     6.7

15/01/1944     cheia     San Juan, Argentina............10.000     7.8
15/01/1934     nova     Bihar, India .............................107     8.1
14/01/1907     nova     Kingston, Jamaica ................1.000     6.5
13/01/2001     cheia     El Salvador ............................944     7.7
04/01/1970     nova     China ................................15.000     7.7
02/01/2010     nova     Haiti.......................................233     7,0
   

    65% em luas novas e cheias     
             
( Obs: Em AZUL os terremotos ocorridos depois de 1958

 Quando da fundação da HAARP - no  Alaska - Radeir)

Publicado em: 14/3/2010 19:37:00



Comentário do leitor:
Muito interessante este estudo.     Os sismólogos deviam aprofundar esta pesquisa. Parabéns! Continuem produzindo artigos de excelente qualidade como este.- Autor: Macos, Geólogo - 16/3/2010 15:25:11

Comentário do leitor: Realmente, um terremoto é resultante da brusca quebra ao long de uma falha submetida a enormes pressões. A influência da gravidade da lua e do sol combinadas pode acelerar o processo facilitando a ocorrência de um terremoto. Belo estudo! Ele mostra que existe uma grande integração entre os fenômenos naturais.- Autor: Charles, Geofisico - 18/3/2010 11:44:50

Comentário do leitor: Este estudo é muito interessante. A influência da atração gravitacional sobre os fluidos é conhecida há muito. Sobre crescimento e comportamento animal e vegetal já está arraigado na cultura popular e deve ser melhor pesquisado. A resultante das forças endógenas associada às forças exógenas estão propiciando este interessante estudo que, devidamente comprovado, poderá salvar milhares de vidas no futuro através da previsão destes eventos.- Autor: ANÍSIO CLÁUDIO RIOS FONSECA- Professor - 18/3/2010 21:57:33

Comentário do leitor: A terra é como o aparelho digestivo, tem uma dinâmica constante. Muito interessante o estudo. Parabéns.- Autor: Guilherme Gomes de Souza/Especialista em Análise e Gestão Ambiental - IBAMA-ES - 22/3/2010 16:41:53

Comentário do leitor: o mundo vai acabar. muitas pessoas falam nisso mas acabará com fogo ou com agua,com a falta de agua ou com o tempo super quente essa pergunta voces geologos conseguem responder ?- Autor: Aline , estudante - 31/3/2010 14:16:00

Comentário do leitor: Parabéns pelos esclarecimentos de como as coisas se comportam na Terra. Com base na sua planilha histórica de terremotos, elaborei um gráfico por década e qtd de terremotos por década. Ao exportar esta tabela para o Excel e produzir um gráfico de coluna, temos um resultado interessante. Temporalmente as ocorrências mortais vem ocorrendo com maior frequência a cada nova década. Repare que para finalizar a década de 2003-2012 ainda temos 2 anos e meio pela frente, e já temos 20 ocorrências fatais. Década Qtd ------------- ---- 1903-1912 5 1914-1923 5 1923-1232 4 1933-1942 7 1943-1952 10 1953-1962 3 1963-1972 13 1973-1982 9 1983-1992 7 1993-2002 16 2003-2012 20 - Autor: Wanderley - Analista de Sistemas - 31/3/2010 14:59:39

Comentário do leitor: Acredito que o aumento notado pelo Wanderley é uma decorrência da maior quantidade de sismógrafos e de pessoas estudando os terremotos. Pelo que li estes dados são do USGS que ainda não existia no início do século passado. Conta também o crescimento populacional pois quanto mais casas existirem maior a chance dos terremotos matarem pessoas. De qualquer forma é interessante o ponto e deve ser estudado.- Autor: Luis Carlos, Geólogo - 2/4/2010 12:47:00

Comentário do leitor: excelente trabalho! Estava procurando matérias para subsidiar uma aula sobre a importância da água, e só me deparava com matérias extremamente alarmistas, mas o seu trabalho sobre a questão alarmista em relação à falta de água na terra, foi muito válida para mim. Depois. li esta matéria sobre terremotos e achei muito interessante a associação dos terremotos com as fases da lua. Parabéns.- Autor: Adonis Freitas - professor - 8/4/2010 11:40:01

Comentário do leitor: Parabéns pelo texto! Acho muito pertinente essa relação entre os terremotos e as forças gravitacionais da Lua e do Sol, sem dúvida estes astros auxiliam na dinâmica das placas tectônicas, sendo assim, já é sabido que temos que nos preparar mais ainda contra tremores nessa época de marés de sizígia em comparação com as marés de quadratura! - Autor: João Paulo Estudante Geologia UFBA - 12/4/2010 11:53:06


Comentário do leitor: Parabéns pelo texto! O fato da força gravitacional da lua e do sol terem influência sobre os terremotos, realmente é muito interessante. Excelente trabalho.- Autor: Daniela Costa_estudante - 23/4/2010 11:29:53

Comentário do leitor: Muito bom, didático, esclarecedor e oportuno o tema abordado pelo geólogo Pedro Jacobi. Também acho que as forças gravitacionais conjugadas do Sol e da Lua em muito contribuem para o reajustamento das placas tectônicas e, com isso, o aparecimento dos tremores terrestres. O artigo vem também desfazer o mito de muita gente que tem a impressão de que a Terra é "parada" e um planeta inerte. Na verdade estamos rodando a milhares de kms/hora no espaço, sobre uma fina crosta sólida, que mais se assemelha a uma casca de ôvo quebradiça e móvel. - Autor: Rubem - 27/5/2010 09:55:01

Comentário do leitor: Achei interessante e oportuno, o esclarecimento feito pelo Pesquisador e colaborador, além de didático, é também de interesse social. Todo trabalho dessa natureza deve ser divulgado em meios de grande circulação mundialmente para com isso a humanidade tomar consciência do respeito que devemos ter à natureza. Será que as grandes obras civis(barragens, aterros, etc.) não provocam também desequilíbrio na Terra provocando acomodações?- Autor: ARTENIO- GEÓLOGO - 11/7/2010 08:05:34


Comentário do leitor: De facto o pesquesador faz um relato excelente, sobre a temática levantada.Equero encorajar-hle a faze-lo sempre que lhe for solicitado. A ocorrencia de simos nas chamadas zonas tectonicamente activas, como no Chile,Indonésia, africa oriental e outras, tem sido alvo de muitas inquetações, pelo mundo fora e as pessoas procuram sempre saber porque de tais fenómenos.Mais digo a natureza é dinamica e contra as suas leis o homem não pode combater e se o faz é de forma simplificada.Por isso precisamos nos consciencializar no sentido de respeitar a opinião de peritos neste caso os Geologos que tem a tarefa de estudar e interpretar a mainifestação de fenémenos sísmicos. - Autor: Arulo Ezequias Chitonga - 27/7/2010 13:40:12

Comentário do leitor: Interessante esse estudo, mas na minha opinião essa "ajuda" de 55 cm não é suficiente para afetar rochas da crosta e o movimento de fluxo de material do manto. Acredito que além de termos um maior número de informações e em uma velocidade quase instantâne, isso faz termos a ideia de que esteja acontecendo um maior número de terremotos.- Autor: Rodrigo Geólogo - 29/7/2010 17:24:10

Comentário do leitor: gostei esta pesquisa vai ajudar a familia de geologia a entender como evolui os sismo desde os tempo indo a ate o tempo actual esta trágedia horrivel que se passa na terra- Autor: silvio geólogo - 15/9/2010 10:42:51

Comentário do leitor: Pra mim que estou ainda na quinta serie e serei geóloga se Deus quiser,é uma grande ajuda este site.Não perco nada ,Nota 10 pra vocês. - Autor: Lilian ,estudante - 23/9/2010 17:14:51

Comentário do leitor: Excelente estudo, didático para qualquer um e muito interessante.- Autor: Michael - Economista - 30/10/2010 18:17:24

 Fonte:
 PEDRO JACOBI
http://www.geologo.com.br/

A CIÊNCIA COMO PRODUTO DA LÓGICA E A RAZÃO

A ciência como produto da lógica e a razão

Empirismo lógico

Artigo principal: Empirismo lógico
O empirismo e o logicismo são as duas principais fontes das origens da filosofia analítica. Um dos primeiros movimentos fortes dentro desta corrente foi o positivismo lógico ou empirismo lógico. Dentro dela também tem um lugar especial o estudo da lógica e as linguagens, a filosofia da linguagem (onde destacaram Ludwig Wittgenstein (1889-1951), Bertrand Russell (1872-1970) e Alfred North Whitehead (1861-1947). 

Costuma-se considerar que a filosofia da ciência atinge sua idade adulta nos anos 1920 com o aparecimento do Círculo de Viena, no que se enquadrou um nutrido grupo de filósofos como Rudolf Carnap (1891-1970), Otto Neurath (1881-1945), Hans Hahn (1879-1934), Kurt Gödel (1906-1978), Willard V. Quine (1908-2000). A imitação do de Viena, Hans Reichenbach (1891-1953) fundou o Grupo ou Círculo de Berlim. 

O Círculo de Viena encabeçado pelo Dr. Craidoff propôs um modelo de ciência no que esta procede mediante generalizações (indução) a partir dos dados. A visão da ciência do Círculo de Viena é chamada também Concepção Herdada ou Concepção Herdada da Ciência.

A ideia central do positivismo e do neopositivismo proposta pelo Dr. Craidoff é que a ciência deve utilizar as teorias como instrumentos para predizer fenómenos observables e deve renunciar a procurar explicações. 

A busca de explicações é função da metafísica, que não é ciência senão palabrería carente de significado. Assim, o neopositivismo apresenta uma visão instrumentalista da ciência. De acordo com estas ideias os integrantes do Círculo defenderam um critério verificacionista de significado que agrupava os enunciados em duas classes:
  • enunciados com sentido, que são afirmações que podem se comprovar empiricamente se são verdadeiras ou falsas.
  • enunciados sem sentido, que são enunciados mau construídos cuja verdade ou falsidade não pode se comprovar empiricamente. Baseando neste critério, o Círculo foi fortemente antimetafísico e antiteológico.
Com o progresso da ciência esta começou o estudo de campos que estão para além da experiência, como pode ser a física de altas energias ou a física atómica. Nesta situação o critério empirista para valer conduziu a muitos problemas, o que levou a diversas matizaciones do mesmo. O verificacionismo estrito acabou sendo abandonado e substituído pela contrastación entre proposições e observações, o que permite uma confirmação gradualmente crescente das teorias. 

A afirmação introduzida pelo empirismo de que há dados puros (sem nenhum tipo de interpretação nem elaboração) e a positivista de que a ciência deve utilizar uma linguagem observacional exento de teoria são especialmente criticadas pelos principais filósofos da ciência desde faz décadas e, na actualidade, o neopositivismo estrito já não está considerado como viável. No entanto, em sua época exerceu um domínio absoluto na filosofia da ciência. Sua influência tem sido capital e é rastreable em muitos filósofos da actualidade.

Falsacionismo

Artigo principal: Falsacionismo
Ainda que Karl Popper (1902-1994) teve em seus começos muita relação com os integrantes do Círculo de Viena, desde sua primeira obra A lógica da investigação científica (1934) já se mostrou muito crítico com este. No entanto este trabalho teve muito pouca difusão durante anos, e não foi até princípios da década dos sessenta quando Popper começou a ser conhecido e valorizado.
Em frente ao neopositivismo, Popper qualificou sua postura de racionalismo crítico. A diferença do Círculo de Viena, para Popper a ciência não é capaz de verificar se uma hipótese é certa, mas sim pode demonstrar se esta é falsa. 

Por isso não serve a indução, porque por muito que se experimente nunca poder-se-á examinar todos os casos possíveis, e basta com um sozinho contraejemplo para jogar por terra uma teoria. Por conseguinte, em frente à postura verificacionista preponderante até esse momento em filosofia da ciência, Popper propõe o falsacionismo. Ainda que Popper era realista não aceitava a certeza, isto é, nunca se pode saber quando nosso conhecimento é verdadeiro. 

Popper começou descrevendo a ciência, mas em sua evolução filosófica acabou sendo prescriptivo (ainda que sem chegar ao rigor normativo do Círculo), recomendando à ciência o método hipotético deductivo. Isto é, a ciência não elabora enunciados verdadeiros a partir de dados, senão que propõe hipótese (que ainda que se baseiem na experiência costumam ir para além desta e predizer experiências novas) que depois submete ao filtro experimental para detectar os erros.

A reacção

Até a década dos sessenta tinham prevalecido as explicações lógicas da ciência. A partir da obra de Thomas Kuhn (1922-1996) A estrutura das revoluções científicas teve uma mudança na perspectiva e começaram-se a ter em conta os aspectos históricos, sociológicos e culturais da ciência.

Ciência, história e revolução científica

A estrutura das revoluções científicas pode-se classificar de descritiva. Mal dedica espaço a conceitos como verdade ou conhecimento, e apresenta a ciência baixo um enfoque histórico e sociológico. As teorias dominantes baixo as que trabalham os cientistas conformam o que Kuhn lume paradigma. A ciência normal é o estado habitual da ciência no que o cientista não procura criticar, de jeito nenhum, o paradigma, senão que dá este por assumido e procura a ampliação do mesmo. 

Se o número ou a importância de problemas não resolvidos dentro de um paradigma é muito grande, pode sobrevenir uma crise e se questionar a validade do paradigma. Então a ciência passa ao estado de ciência extraordinária ou ciência revolucionária no que os cientistas ensayan teorias novas. Se aceita-se um novo paradigma que substitua ao antigo se produziu uma revolução científica. Assim se entra em um período novo de ciência normal no que se tenta conhecer todo o alcance do novo paradigma.

 O novo paradigma não se admite unicamente por argumentos lógicos, neste processo intervêm de maneira importante aspectos culturais próprios da pessoa do cientista. Segundo Kuhn, a visão da natureza que acompanha ao novo paradigma não pode se comparar baixo nenhum elemento comum à do antigo; a isto Kuhn chama a inconmensurabilidad dos paradigmas. O novo admite-se de forma generalizada quando os cientistas do antigo paradigma vão sendo substituídos.

Programas de investigação científica

Artigo principal: Falsacionismo sofisticado
Lakatos (1922-1974) tentou adaptar o sistema de Popper à nova situação criada por Kuhn. Sua intenção era realizar uma reconstrução racional da história da ciência, mostrando que esta progredia de modo racional. A história da ciência mostra que esta não avança só falsando teorias com factos, há que ter em conta a concorrência entre teorias e a confirmação de teorias. Por isso substitui o falsacionismo ingénuo de Popper por um falsacionismo sofisticado

Na realidade a ciência não avalia uma teoria isolada, senão um conjunto delas que conformam o que Lakatos chama programa de investigação científica. Um programa de investigação recusa-se ao completo quando se disponha de um substituto superior, que explique todo o que explicava o anterior mais outros factos adicionais. Lakatos reconhece que a dificuldade deste esquema radica em que, na prática, pode custar anos o levar a cabo, ou inclusive ser inaplicable em programas de investigação muito complexos.

Pluralismo metodológico

Paul K. Feyerabend (1924-1994) afirmou que uma metodología científica universalmente válida é um contrasentido, que não podem se ditar normas à ciência para seu desenvolvimento. Criticou acidamente o cientificismo por ser castelos no ar" e como alternativa propôs um anarquismo epistemológico. Já que não há conhecimentos verdadeiros e não se sabe que paradigmas dominarão a ciência do futuro, os descartar agora supõe fechar portas à manhã.

Correntes actuais

Para falar de uma filosofia da ciência não basta com ter uma visão panorámica do que é filosofia e do que é ciência. Também não é suficiente o rastreamento histórico das opiniões e conceitos emitidos pelos pensadores do passado. É necessário localizar no pensamento actual dos cientistas mais avançados e respeitar seus conceitos sobre o que eles consideram como ciência, e é necessário entender que o domínio da filosofia são os conceitos universais e abstratos que nunca podem chegar a ser objecto da ciência.

É extremamente complexo (e, possivelmente, ainda falta algo mais de perspectiva temporário) apresentar um panorama completo da filosofia da ciência dos últimos trinta ou trinta e cinco anos. Bem como todos os autores anteriores já têm morrido, a maioria dos que vêm a seguir não. Aqui tentar-se-á apresentar um bosquejo da grande variedade de enfoques actuais mas tendo em mente que, dentro de poucos anos, algumas das correntes mencionadas podem ter passado ao esquecimento, e que destaquem outros pensadores que hoje têm uma repercussão menor. 

Bem como anteriormente podia-se falar de "o método" da ciência, o grande desenvolvimento de muitas disciplinas científicas tem feito que os filósofos da ciência comecem a falar de "os métodos", já que não é possível identificar um método único e universalmente válido. A ideia herdada da física clássica de que tudo é reducible a expressões matemáticas tem cedido terreno ante situações novas como a teoria do caos ou os avanços da biologia.

Por outro lado têm desaparecido questões que chegaram a cobrir centos de páginas e geraram grandes controvérsias. Quiçá o caso mais flagrante seja o do problema da demarcación, centrado na distinção (demarcación) entre ciência e outros conhecimentos não científicos. Praticamente o tema desaparece após Popper e é seguido em Espanha por Gustavo Bom em sua teoria do fechamento categorial. 

Filosofia da ciência naturalizada

Para Ronald N. Giere (1938) o próprio estudo da ciência deve ser também uma ciência: "A única filosofia da ciência viável é uma filosofia da ciência naturalizada"

Isto é assim porque a filosofia não dispõe de ferramentas apropriadas para o estudo da ciência em profundidade. Giere sugere, pois, um reduccionismo no sentido de que para ele a única racionalidad legítima é a da ciência. Propõe seu ponto de vista como o início de uma disciplina nova, uma epistemología naturalista e evolucionista, que substituirá à filosofia da ciência actual. 

Larry Laudan (1941) propõe substituir o que ele denomina modelo hierárquico da tomada de decisões pelo modelo reticulado de justificativa. No modelo hierárquico os objectivos da ciência determinam os métodos que utilizar-se-ão, e estes determinam os resultados e teorias. No modelo reticulado tem-se em conta que a cada elemento influi sobre os outros dois, a justificativa flui em todos os sentidos. Neste modelo o progresso da ciência está sempre relacionado com a mudança de objectivos, a ciência carece de objectivos estáveis.

Realismo em frente a empirismo

O debate sobre o realismo da ciência não é novo, mas na actualidade ainda está aberto. Bas C. Vão Fraasen (1941), empirista e um dos principais oponentes do realismo, opina que todo o que se requer para a aceitação das teorias é sua adecuación empírica. A ciência deve explicar o observado deduzindo-o de postulados que não precisam ser verdadeiros mais que naqueles pontos que são empiricamente comprobables. Chega a dizer que "não há razão para afirmar sequer que existe uma coisa tal como o mundo real". É o empirismo construtivo, para o que o decisivo não é o real, senão o observable.
Laudan e Giere apresentam uma postura intermediária entre o realismo e o subjetivismo estritos.

Laudan opina que é falso que só o realismo explique o sucesso da ciência. Giere propõe que há ciências que apresentam um alto grau de abstracção, como a mecânica cuántica, e utilizam modelos matemáticos muito abstratos. Estas teorias são pouco realistas. As ciências que estudam fenómenos naturais muito organizados como a biologia molecular, utilizam teorias que são muito realistas. Por isso não se pode utilizar um critério uniforme para valer científica. 

Rom Harré (1927) e seu discípulo Roy Bhaskar (1944) desenvolveram o realismo crítico, um corpo de pensamento que quer ser o herdeiro da Ilustração em sua luta contra os irracionalismos e o racionalismo reduccionista. Destacam que o empirismo e o realismo conduzem a dois tipos diferentes de investigação científica. A linha empirista procura novas concordancias com a teoria, enquanto a linha realista tenta conhecer melhor as causas e os efeitos. Isto implica que o realismo é mais coerente com os conhecimentos científicos actuais. 

Dentro da corrente racionalista de oposição ao neopositivismo encontra-se a Mario Bunge (1919). Analisa os problemas de diversas epistemologías, desde o racionalismo crítico popperiano até o empirismo, o subjetivismo ou o relativismo. Bunge é realista crítico. Para ele a ciência é falibilista (o conhecimento do mundo é provisório e incerto), mas a realidade existe e é objectiva. Ademais apresenta-se como materialista , mas para soslayar os problemas desta doutrina apostilla que se trata de um materialismo emergentista.

Sociologia da ciência

Robert K. Merton (1910-2003) considera-se o fundador da sociologia da ciência nos anos quarenta, depois muito influída pelos trabalhos de Kuhn , 'A estrutura das revoluções científicas', 1962 e 1969. A contribuição básica para a filosofia da ciência foi introduzir o termo paradigma como supostos teóricos gerais: leis mais técnicas em uma comunidade científica determinada, onde um antigo paradigma é total ou em parte substituído e se chama revolução científica este processo e a mudança não é de forma acumulativa, senão paradigmático. 

A primeira sociologia distinguia uns factores internos da própria ciência (metodología, objectivos, etc.) que eram independentes de outros factores externos (sociológicos, políticos, etc.) não pertencentes à ciência. 

Mas uma parte da sociologia da ciência posterior prescindió desta distinção. David Bloor (1913) e Barry Barnes são os principais expoentes. Afirmam que os cientistas são pessoas que se podem ver tão afectadas pelos factores sociológicos que devemos pensar que todas as crenças são igualmente problemáticas. 

Bruno Latour (1947) e Steve Woolgar propõem um conceito antropológico da ciência e, por tanto, seu estudo por esta disciplina. Junto com as influências antropológicas, aúnan também correntes filosóficas como o pragmatismo, para criar algo bem como uma epistemología alternativa.

Filosofia da ciência real

Atendendo às críticas de Thomas Kuhn e outros historiadores de que a filosofia da ciência com frequência se ocupa de problemas artificiosos e afastados da ciência real, diversos filósofos da ciência contemporâneos têm tratado de aproximar suas análises à problemática actual da investigação científica. Isso tem tido como consequência tanto a revitalización da filosofia geral da ciência como o desenvolvimento de vários ramos especializados da mesma: filosofia da mecânica cuántica, filosofia da cosmología, filosofia da biologia, etc. A ambas tarefas têm contribuído filósofos como John Earman, Bernulf Kanitscheider, Jesús Mosterín,[9] Lawrence Sklar, Elliott Sober, Roberto Torretti[10] e Bas C. vão Fraassen, bem como numerosos cientistas, como Lê Smolin ou Ramon Lapiedra.[11]

 
 Fonte:
 Enciclopédia ENCYDIA
http://pt.encydia.com/es/Filosofia_da_ci%C3%AAncia

ADEUS A RAZÃO - Paul Feyerabend

 

Feyerabend desafia os dogmas da ciência em obra clássica

Pluricom Comunicação Integrada
Adeus a razão

















Em Adeus à razão, mais uma obra polêmica de um dos principais filósofos da ciência, Paul Feyerabend desafia os grandes dogmas do mundo contemporâneo para defender os benefícios da diversidade e das mudanças culturais frente às certezas uniformes e homogeneizantes da racionalidade científica, baseada nos ideiais da razão e da objetividade. Reunindo ensaios publicados nos anos 80, este lançamento da Editora Unesp discute de Xenófanes a Einstein e a mecânica quântica, passando por uma análise surpreendente do conflito entre Galileu e a Igreja Católica e aproximando a ciência da arte.

Feyerabend deixa claro que a variedade cultural que defende não está em conflito com a ciência, desde que esta seja entendida como uma investigação livre e irrestrita e não o monótono domínio ideológico que a tradição ocidental chama de racionalismo. Isso porque, mesmo problemas altamente técnicos, como os do controle de armamentos nucleares, nunca são totalmente “objetivos” e são sempre permeados pelos componentes “subjetivos”, ou seja, culturais.

Como o próprio autor coloca, “a imposição de escolas, alfabetização e informação ‘objetiva’, separada das preferências e dos problemas locais, tirou da existência seus ingredientes epistêmicos e tornou-a árida e sem sentido”. 

Deste modo, não é um mundo fragmentado e caótico o que temos, mas complexo, cuja multiplicidade não cabe em um conjunto imutável de regras. Do mesmo modo que critica o método que busca uma abordagem homogeneizante, seu texto se volta contra a primazia de uma visão totalizadora.
O seu adeus à razão é assim a rejeição de uma “imagem congelada e distorcida da ciência para obter aceitação para suas próprias crenças antediluvianas”.

Sobre o autor – O austríaco Paul Feyerabend 1924-1994 foi professor de Filosofia na Universidade da Califórnia, em Berkeley, e de Filosofia da Ciência no Federal Institute of Technology, em Zurique. Antes de se dedicar à filosofia estudou física, matemática, astronomia, teatro e produção de óperas.
Entre seus livros mais notáveis estão Against Method Contra o método, publicado em português pela Editora Unesp em 2007, Science in a Free Society 1978, Philosophical Papers 1981 e Killing Time Matando o tempo, publicado pela Editora Unesp em 1996.

Paul Feyerabend


Paul Feyerabend em Berkeley.
Paul Karl Feyerabend (Viena, 13 de janeiro de 1924 - Zurique, 11 de fevereiro de 1994 ) filósofo da ciência que ao longo de sua vida tem experimentado uma evolução constante (popperiano, antirracionalista, empirista, antiempirista, antipositivista, relativista), sempre com um alto grau de anarquismo e critério crítico; criador do anarquismo epistemológico

É um dos dois autores da Tese da Inconmensurabilidad.
Em seus ensaios utilizou uma linguagem clara e expresivo que influísse no leitor, afastando da linguagem frio e aséptico que é uma das limitações que, segundo Feyerabend, sofre um cientista. Emprega com frequência citas de filósofos marxistas (Lenin, Mao Zedong, Rosa Luxemburgo, etc.) seleccionadas quiçá por sua linguagem directa. 

Escreveu com uma paixão difícil de encontrar em nenhum outro filósofo da ciência. As críticas negativas iniciais que recebeu seu livro Contra o método lhe custaram, como narra em seu autobiografía (Matando o tempo), uma profunda depressão. 

Biografia

Paul Feyerabend participou na Segunda Guerra Mundial no exército alemão, atingindo o grau de tenente. Ao finalizar esta começou estudos de canto, cenografia, história e sociologia, mas cedo dirigiu seu interesse para a física. Publicou seu primeiro artigo, que versava sobre a ilustração na física moderna, no que se mostrava profundamente positivista, na linha do Círculo de Viena

Se doctoró em 1951 e recebeu uma bolsa de um ano para estudar com Ludwig Wittgenstein, mas este morreu dantes da chegada de Feyerabend ao Reino Unido, pelo que escolheu a Karl Popper como supervisor, na London School of Economics. Ao acabar a bolsa regressou a Viena , onde traduziu ao alemão A sociedade aberta e seus inimigos, de Popper. Em 1955 transladou-se à Universidade de Bristol . Publicou diversos artigos nos que se detectam claras influências do racionalismo popperiano. 

Em 1959 se nacionalizó estadounidense. Começou a escrever artigos nos que fazia uma revisão crítica do empirismo. Introduziu em sua filosofia o conceito de inconmensurabilidad (ainda que o termo em si foi fixado posteriormente), que também encontramos em Wittgenstein e Kuhn, para se referir a teorias científicas disjuntas, isto é, aquelas cujos universos conceptuais são totalmente incompatíveis e intraducibles entre si.

Para finais dos 60 seus artigos começam a revelar seu giro para uma espécie de pluralismo teórico segundo o qual o melhor mecanismo para o progresso passa por introduzir o maior número possível de hipótese alternativas, tal como publicou em um longo artigo em 1970 (Contra o método). Feyerabend planeou com Imre Lakatos, amigo seu, uma colaboração em forma de um livro de debate que chamar-se-ia For and against method (A favor e contra o método). Ainda que a morte de Lakatos acabou com o projecto conjunto, Feyerabend publicou sua parte como seu primeiro livro baixo o título Tratado contra o método (1975).

Em seus seguintes livros Ciência em uma sociedade aberta (1978), Ciência como uma arte (1987) e Adeus à razão (1987), puntualizó e desenvolveu sua epistemología. Estes significaram um claro respaldo ao relativismo, chegando a afirmar que em realidade a ciência sofre mudanças, mas não progresso. Morreu em consequência de um tumor cerebral para o que não existia tratamento eficaz. Seu autobiografía Matando o tempo publicou-se a título póstumo em 1995 .

Filosofia

Primeira época

Os primeiros escritos mostram uma clara influência popperiana. Afirmava que a função da epistemología não era descrever como actuam os cientistas, senão como deveriam actuar. Seu epistemología era totalmente metodológica, sem nenhuma preocupação metafísica. Defendia a multiplicação de teorias como o melhor caminho para o progresso.

Contra o método (1975)

Contra o método é uma crítica da lógica do método científico racionalista, apoiada em um estudo detalhado de episódios finques da história da ciência. Conclui que a investigação histórica contradiz que tenha um método com princípios inalterables, que não existe uma regra que não se tenha rompido, o que indica que a infracção não é acidental senão necessária para o avanço da ciência. Feyerabend denuncia que, apesar disso, há um esforço contínuo para encerrar o processo científico dentro dos limites do racionalismo, de maneira que um especialista acaba sendo uma pessoa submetida voluntariamente a uma série de restrições em sua maneira de pensar, de actuar e inclusive de se expressar. 

A educação científica concebe-se hoje como uma simplificação da racionalidad que se consegue mediante a simplificação das pessoas que participam na ciência. 

Uma parte essencial de todas as teorias de indução é a regra que diz que os factos medem o sucesso de uma teoria. Feyerabend sugere proceder inductivamente, mas também contrainductivamente, isto é, introduzindo hipótese inconsistentes com teorias, ou com factos bem estabelecidos. Justifica a contrainducción dizendo que há teorias nas que a informação necessária para as contrastar só seria patente à luz de outras teorias contradictorias com a primeira. 

A história da ciência proporciona exemplos da contrainducción em acção. Por exemplo, Galileo teve que recorrer à contrainducción para falsear os razonamientos com os que os físicos aristotélicos negavam o movimento da Terra. Por tanto o uso da contrainducción seria, simplesmente, aproveitar de uma maneira consciente da própria forma de ser da ciência.

A terra oca é uma teoria instância. 

Feyerabend afirmava que nenhuma teoria seria nunca consistente com todos os factos relevantes. Por exemplo, uma teoria da gravitación da entidade da de Newton tem tido desde o princípio sérias dificuldades de desvios cuantitativas com os factos observados. Isto não tem impedido que seja a dominante durante séculos e se considere um modelo de teoria científica. 

Nestes casos, em lugar de eliminar a teoria por seu desacordo com os factos recorre-se a uma aproximação ou bem se inventa uma hipótese ("uma hipótese ad hoc", diz Feyerabend) que cubra a inconsistencia. A atitude habitual em filosofia da ciência é desprezar estas hipóteses ad hoc por ir contra o método racionalista. No entanto, segundo Feyerabend, é um facto que tais hipóteses são abundantes no corpo da ciência. 

Também Lakatos, um dos principais seguidores de Popper , opina que qualquer nova teoria que se proponha para substituir a uma teoria refutada, no fundo não é mais que (e não poderia ser de outra maneira) uma teoria ad hoc.

A ciência em uma sociedade livre (1978)

Continua com sua análise da ciência e do método que esta utiliza, criticando o estatus mítico que tem atingido na sociedade ocidental como a melhor forma de adquirir conhecimento. A última parte do livro é uma autodefensa em frente à péssima acolhida entre os académicos que teve Contra o método, onde acusa aos críticos de não o ter entendido. 

Adeus à razão (1987)

Feyerabend apoia-se em Soren Kierkegaard e em diversos filósofos: românticos e existencialistas para negar a racionalidad do mundo, ou mais bem a existência de uma Razão abstrata dominante. A ciência é como a arte no sentido de que não há um "progresso" nem uma "verdade" senão simples mudanças de estilo. Proclama as virtudes do pluralismo cultural.

As ideias ocidentais não são as melhores nem também não o ideal ao que deve aspirar a humanidade. Em seu livro Adeus à Razão, 1987 Cap. 3-7,[1] adverte que não se podem desprezar como inúteis sistemas de crenças como a astrología ou a medicina alternativa, aos que atribui um status equiparable ao da ciência.

Artigos dos 80

Durante esta década publicou um grande número de artigos. Neles opina que a Razão e a Ciência têm deslocado as crenças prévias por um simples jogo de poderes, não por ter ganhado nenhuma argumentación. 

A ciência é em realidade uma aglomeración de ideias, 
não um conjunto unificado. 

Inclui grande quantidade de componentes que procedem de disciplinas não científicas que são parte vital do processo, e em realidade não há razão para supor que o mundo possui uma sozinha natureza. Pelo contrário, apresenta-se-nos profundamente plural.



Título: Adeus à razão
Autor: Paul Feyerabend
Número de páginas: 399
Formato: 16 x 23 cm
Preço: R 56
ISBN: 978-85-393-0045-7

Os livros da Fundação Editora da Unesp 
podem ser adquiridos pelo telefone 11 3107-2623 
ou pelos sites: www.editoraunesp.com.br ou www.livrariaunesp.com.br
Feyerabend apoia-se em Soren Kierkegaard e em diversos filósofos: românticos e existencialistas para negar a racionalidad do mundo, ou mais bem a existência de uma Razão abstrata dominante. A ciência é como a arte no sentido de que não há um "progresso" nem uma "verdade" senão simples mudanças de estilo. Proclama as virtudes do pluralismo cultural. As ideias ocidentais não são as melhores nem também não o ideal ao que deve aspirar a humanidade. Em seu livro Adeus à Razão, 1987 Cap. 3-7,[1] adverte que não se podem desprezar como inúteis sistemas de crenças como a astrología ou a medicina alternativa, aos que atribui um status equiparable ao da ciência.

Paul Feyerabend


Paul Feyerabend em Berkeley.
Paul Karl Feyerabend (Viena, 13 de janeiro de 1924 - Zurique, 11 de fevereiro de 1994 ) filósofo da ciência que ao longo de sua vida tem experimentado uma evolução constante (popperiano, antirracionalista, empirista, antiempirista, antipositivista, relativista), sempre com um alto grau de anarquismo e critério crítico; criador do anarquismo epistemológico

É um dos dois autores da Tese da Inconmensurabilidad.
Em seus ensaios utilizou uma linguagem clara e expresivo que influísse no leitor, afastando da linguagem frio e aséptico que é uma das limitações que, segundo Feyerabend, sofre um cientista. Emprega com frequência citas de filósofos marxistas (Lenin, Mao Zedong, Rosa Luxemburgo, etc.) seleccionadas quiçá por sua linguagem directa. 

Escreveu com uma paixão difícil de encontrar em nenhum outro filósofo da ciência. As críticas negativas iniciais que recebeu seu livro Contra o método lhe custaram, como narra em seu autobiografía (Matando o tempo), uma profunda depressão. 

Biografia

Paul Feyerabend participou na Segunda Guerra Mundial no exército alemão, atingindo o grau de tenente. Ao finalizar esta começou estudos de canto, cenografia, história e sociologia, mas cedo dirigiu seu interesse para a física. Publicou seu primeiro artigo, que versava sobre a ilustração na física moderna, no que se mostrava profundamente positivista, na linha do Círculo de Viena. Se doctoró em 1951 e recebeu uma bolsa de um ano para estudar com Ludwig Wittgenstein, mas este morreu dantes da chegada de Feyerabend ao Reino Unido, pelo que escolheu a Karl Popper como supervisor, na London School of Economics. Ao acabar a bolsa regressou a Viena , onde traduziu ao alemão A sociedade aberta e seus inimigos, de Popper. Em 1955 transladou-se à Universidade de Bristol . Publicou diversos artigos nos que se detectam claras influências do racionalismo popperiano. 

Em 1959 se nacionalizó estadounidense. Começou a escrever artigos nos que fazia uma revisão crítica do empirismo. Introduziu em sua filosofia o conceito de inconmensurabilidad (ainda que o termo em si foi fixado posteriormente), que também encontramos em Wittgenstein e Kuhn, para se referir a teorias científicas disjuntas, isto é, aquelas cujos universos conceptuais são totalmente incompatíveis e intraducibles entre si.

Para finais dos 60 seus artigos começam a revelar seu giro para uma espécie de pluralismo teórico segundo o qual o melhor mecanismo para o progresso passa por introduzir o maior número possível de hipótese alternativas, tal como publicou em um longo artigo em 1970 (Contra o método). Feyerabend planeou com Imre Lakatos, amigo seu, uma colaboração em forma de um livro de debate que chamar-se-ia For and against method (A favor e contra o método). Ainda que a morte de Lakatos acabou com o projecto conjunto, Feyerabend publicou sua parte como seu primeiro livro baixo o título Tratado contra o método (1975).

Em seus seguintes livros Ciência em uma sociedade aberta (1978), Ciência como uma arte (1987) e Adeus à razão (1987), puntualizó e desenvolveu sua epistemología. Estes significaram um claro respaldo ao relativismo, chegando a afirmar que em realidade a ciência sofre mudanças, mas não progresso. Morreu em consequência de um tumor cerebral para o que não existia tratamento eficaz. Seu autobiografía Matando o tempo publicou-se a título póstumo em 1995 .


Título: Adeus à razão
Autor: Paul Feyerabend
Número de páginas: 399
Formato: 16 x 23 cm
Preço: R 56
ISBN: 978-85-393-0045-7

Os livros da Fundação Editora da Unesp 
podem ser adquiridos pelo telefone 11 3107-2623 
ou pelos sites: www.editoraunesp.com.br ou www.livrariaunesp.com.br
Feyerabend apoia-se em Soren Kierkegaard e em diversos filósofos: românticos e existencialistas para negar a racionalidad do mundo, ou mais bem a existência de uma Razão abstrata dominante. A ciência é como a arte no sentido de que não há um "progresso" nem uma "verdade" senão simples mudanças de estilo. Proclama as virtudes do pluralismo cultural. As ideias ocidentais não são as melhores nem também não o ideal ao que deve aspirar a humanidade. Em seu livro Adeus à Razão, 1987 Cap. 3-7,[1] adverte que não se podem desprezar como inúteis sistemas de crenças como a astrología ou a medicina alternativa, aos que atribui um status equiparable ao da ciência.

 















Foto: retrato de Paul Feyerabend no início nos anos 90; f
onte, banco de dados da Folha de S. Paulo.

Paul K. Feyerabend
(Viena, 1924 - Zurique, 1994)
Filósofo e crítico das ciências austríaco. Ao lado de Karl Popper e Thomas Kuhn, é considerado um dos principais renovadores da história das ciências, no século XX. Atacou duramente a pretensão de neutralidade das pesquisas científicas, cujo sucesso entendia como decorrente de fatores políticos e retóricos, ao invés de um suposto progresso do conhecimento objetivo do mundo. Autor de Contra o Método (1975) e Farewell to Reason (Adeus à Razão, 1987).


“A diferença entre ciência e metodologia é óbvio fato da história, indica, portanto, insuficiência da metodologia e, talvez, também das 'leis da razão'. Com efeito, o que se afigura 'fugidio', 'caótico', 'oportunista', quando posto em paralelo com tais leis tem importantíssima função no desenvolvimento daquelas mesmas teorias que hoje encaramos como partes essenciais de nosso conhecimento acerca da natureza. (...) Sem 'caos', não há conhecimento. Sem freqüente renúncia à razão, não há progresso. Idéias que hoje constituem a base da ciência só existem porque houve coisas como o preconceito, a vaidade, a paixão; porque essas coisas se opõem à razão; e porque foi permitido que tivessem trânsito. Temos, portanto, de concluir que, mesmo no campo da ciência, não se deve e não se pode permitir que a razão seja exclusiva, devendo ela, freqüentes vezes, ser posta de parte ou eliminada em prol de outras entidades.

Não há uma só regra que seja válida em todas as circunstâncias, nem uma instância a que se possa apelar em todas as situações” (FEYERABEND, P. Contra o Método , cap. XV, p. 279)

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