sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

TENOR ESPANHOL PLÁCIDO DOMINGOS FAZ 70 ANOS

 

Cultura | 21.01.2011

Tenor espanhol Plácido Domingo completa 70 anos

Cantor dirige duas casas de ópera, já gravou inúmeros álbuns e ainda rege e canta com voz invejável: Plácido Domingo, o multitalento musical, comemora 70 anos com uma apresentação na Ópera de Madri.

 

Plácido Domingo fez seu próprio presente de aniversário. Ao completar 70 anos nesta sexta-feira (21/01), o tenor espanhol Plácido Domingo canta o papel de Orestes na ópera de Gluck Ifigênia em Táuris. "Subir ao palco em Madri, ter minha família e meus amigos em volta, faz parte do meu presente", afirmou o cantor em sua cidade natal.
Seus cabelos estão grisalhos, mas, para sua voz, os anos passaram quase despercebidos. Plácido Domingo provou isso em recente apresentação no Convent Garden, em Londres, onde cantou o papel principal em Simone Boccanegra, de Verdi, provocando como sempre enxurradas de ovações.
Nesse meio tempo, o tenor que aqui e ali se aventura na escala vocal de barítono, pode se orgulhar de uma gloriosa carreira musical de 50 anos.
Música no sangue
  Nascido em Madri em 21 de janeiro de 1941, o canto acompanha Plácido Domingo desde a mais tenra idade. Seus pais cantavam zarzuelas populares, um tipo de ópera cômica espanhola. Após a mudança da família para o México, o tenor teve sua estreia na ópera aos 20 anos, em 1961, no papel de Alfredo na Traviata, de Verdi.
Em 1966, ele substituiu um colega adoentado na New York City Opera, iniciando assim uma carreira internacional. Em poucos anos, Plácido Domingo conquistou as grandes casas de ópera em Milão, Londres, Viena, Berlim, Nova York e Buenos Aires, onde fez nome sobretudo como intérprete de Verdi.

Dificuldade germânica
No transcorrer de sua carreira, ele se apropriou de um enorme repertório de quase 135 óperas. O destaque está para o romantismo italiano e francês com obras de Verdi, Puccini, Leoncavallo, Bizet ou Massenet. Além disso, ele se sentia sempre atraído pela música de Richard Wagner. Já em 1968, ele cantou pela primeira vez Lohengrin.
Em uma entrevista concedida em 1976, no entanto, o cantor afirmou que, além da dificuldade da língua, as obras de Wagner escondiam armadilhas vocais: "O volume de voz é tão incrivelmente difícil para as vozes de tenor, sobretudo quando se canta o repertório italiano e francês. Sinto-me atraído sobretudo pelo papel de Siegmund da ópera Valquíria. E talvez chegue o dia em que eu possa cantar Tristão".
Estádios lotados
Domingo, Carreras e Pavarotti, em 1996 

Trinta anos mais tarde, Plácido Domingo conseguia realizar esse desejo: em 2005, ele cantaria Tristão para uma produção de CD. Além de óperas e casas de espetáculos, o tenor também conseguiu lotar estádios.
Juntamente com as estrelas Luciano Pavarotti e José Carreras, ele cantou na abertura da Copa do Mundo em concerto lendário na Itália em 1990. Ao mesmo tempo, os três cantores marcaram a formação inicial de todas as uniões possíveis de tenores, que surgiram por todos os cantos na década de 1990.

Fascinação pela regência
Além de cantar, Plácido Domingo foi fascinado desde cedo pela regência orquestral. Em 1973, ele dirigiu sua primeira ópera, sem possuir uma formação para tal. "Eu aprendi somente um pouco de regência na universidade no México, mas aprendi principalmente através do ouvido. Quando eu parar de cantar, vou querer reger. Eu conheço muito bem o repertório e a regência me atrai."
Atualmente, Plácido Domingo segura cada vez mais a batuta para reger grandes orquestras. Além disso, ele dirige atualmente as óperas de Los Angeles e Washington. E, obviamente, continua a subir ao palco e dar concertos.
Autor: Klaus Gehrke (ca)
Revisão: Roselaine Wandscheer



Amor
Fonte
DW-WORLD.DE
http://www.dw-world.de/dw/article/0,,14779256,00.html?maca=bra-newsletter_br_Destaques-2362-html-nl
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A ESPERA DO MILAGRE - ROSAS E O PERFUME...

FICA SEMPRE UM POUCO DE PERFUME..
(.Importantíssimo )


Estranho caso clínico


O parto foi através de cesariana, pois até a data prevista 31/3 não houve
sinais, então optamos pela cirurgia.

Pedro nasceu muito bem. Chorou logo e teve nota 9 de Apgar.

Nasceu com 48 cm e pesou 3,430kg.

Seu primeiro ano de vida foi ótimo, com desenvolvimento perfeito e nenhuma
doença.

Sentou com cinco meses, andou com 11 meses, disse as primeiras palavras com
7 meses e antes disso já emitia sons naturais de um bebê.

Com um ano e dois meses, certa tarde durante o sono, Pedro acordou
assustado como estivesse se engasgando.

Isso se repetiu por mais alguns dias até que fomos ao médico.

Este viu uma crise, suspeitou de refluxo-gastresofágico e solicitou alguns
exames.

Nesta época, estas crises aconteciam mais ou menos 10 vezes ao dia e
duravam aproximadamente 15 segundos.

Como os exames não acusaram nada, por indicação do médico, procuramos um
neurologista infantil que disse tratar-se de crises convulsivas.

Fizemos um primeiro eletro encefalograma que foi normal.

Procuramos o Dr.Salomão Schwartzmam, que o avaliou e considerou-o logicamente perfeito.

Nesse período, as crises aumentavam em quantidade e intensidade.

Assim, em agosto de 90 ele foi internado na UTI pela primeira vez com aproximadamente uma crise a cada 3 minutos.

Ficou no Hospital 20 dias e saiu com as crises mais controladas. Fez uma Tomografia Computadorizada que foi normal.

O segundo eletro acusou foco irritadiço do lado direito cérebro.

Apesar de tudo isso, seu desenvolvimento continuava normal, porém mostrava-se mais sonolento.

As crises continuavam; eram crises mistas.

Em outubro de 90, percebemos que ele estava sorrindo menos, chorando menos e que quando sorria, o lado esquerdo de seu rosto parecia paralisado.

Em novembro de 90, percebi que ele usava menos o braço esquerdo. Os médicos chamaram de seqüelas. Em dezembro de 90, fizemos uma ressonância magnética de crânio, um exame de Fundo de Olho alguns exames para detectar erros inatos do metabolismo. Todos os exames foram normais.

Nessa época, ele já apresentava dificuldade para caminhar e falava menos. Mantinha uma média de mais ou menos 20 crises por dia.

No decorrer de sete meses mudamos de médicos por diversas vezes vários anticonvulsivantes foram testados.

Porém o efeito nunca era totalmente satisfatório.

E esteve internado mais duas vezes para controlar crises mais frequêntes Em janeiro de 91, Pedro foi internado mais uma vez e saiu do hospital sem andar, sentar ou falar.

Em fevereiro, novamente foi internado com crises muito fortes, ficou 20 dias no Hospital.

As crises já duravam 1 min, manifestando- se a cada 10 min.

Nessa ocasião, foi medicado com cortisona e fez vários exames de Metabolismo, porém nada foi encontrado.. .

A habilidade motora dele ficou debilitada.

Quando teve alta, não segurava a cabeça, não sentava sozinho e parecia não reconhecer ninguém, além de não fixar o olhar em nada.

O tempo foi passando, e com seções de fisioterapia e muito carinho Pedro foi conseguindo alguns pequenos progressos.

Continuávamos nossa maratona em médicos e exames, porém nada acontecia.

Suas crises ficaram um pouco mais controladas, manifestando- se somente durante o sono, aproximadamente 8 episódios por noite, com duração de cerca de 1 min.

No final de 95, ele ficou alguns dias consecutivos sem apresentar crises.
Nestes últimos anos, repetiu alguns exames, porém nada de novo foi encontrado.

Teve complicações pulmonares e tomou muito antibiótico. Nos últimos meses de 95, Pedro readquiriu o controle da cabeça e ganhou maior firmeza no tronco.

Passou a fixar o olhar nas pessoas e objetos, porém ainda não manifestando desejo de pegá-los.

Seu rosto ficou mais expressivo, apesar de ainda não rir ou chorar.

Em janeiro de 96, repetimos a Ressonância Magnética que se apresentou tal e qual a anterior, segundo o médico que assinou o laudo.

O Dr. Fernando Arita, seu médico atual, diagnosticou que Pedro tem um cérebro um pouco menos denso do que uma criança de 7 anos.

Repetimos também o eletro encefalograma, que se apresentou bem melhor que o anterior, com crises mais localizadas. Fizemos também, um estudo
de Cariótipo (pai, mãe e filho) com a Dra.Rita de Cássia Stoco e nada foi encontrado.

Disse suspeitar de Doenças Mitocondriais e sugeriu que fizéssemos um estudo de DNA. Foi feita também, uma dosagem de aminoácidos no sangue e
cromatografia de açúcares na urina.

Atualmente, Pedro mantém cerca de 4 crises convulsivas durante o sono, principalmente a partir das horas da madrugada. Em suas crises estica
braços e pernas, gira a cabeça para a esquerda e chora..

Duram cerca de 45 segundos. Sua atenção continua fixa nas pessoas e objetos, porém não se movimenta espontaneamente.

Readquiriu razoável controle de tronco, porém não senta, não fica em pé, não fala, não sorri ou chora.

De dois anos para cá, desenvolveu uma escoliose bastante preocupante. Está medicado com Rivotril, Valpakine e Tryleptal.

Pedro, atualmente, está com 15 anos. Durante todos estes anos, não encontramos uma resposta para o que acontece com Pedro, e, também nunca
encontramos alguém com problema semelhante para trocar experiências. .

Se você puder ajudar, se for médico ou já conheceu alguma criança com o mesmo problema, por favor, nos escreva.

Se não, passe essa mensagem para frente para que encontre o destino certo.

Muito Obrigado,

Liane e Manoel.

Nosso endereço: Rua Conselheiro Brotero, 1559 apto 134 CEP 01232-011 São
Paulo - SP - BRASIL
Fone: (11) 3662.4826

PS: O simples fato de repassar esta mensagem, já é por si só, um ato de solidariedade. Peço a todas as pessoas que receberam esta mensagem que, por favor, tentem se conscientizar da necessidade que nós, seres
humanos,temos de receber a ajuda um do outro.

Enviem essa mensagem para todas as pessoas da sua lista, desde aquela que você escreve todos os dias, até a pessoa que você não escreve há muito tempo...

Assim poderemos, quem sabe, ajudar essa família...

'Fica sempre um pouco de perfume nas mãos que oferecem rosas (...)




 Amor
Fonte
Grupo Conhecimento Profundo
de
Jaime Galvão
Sejam felizes todos os seres. 
Vivam em paz todos os seres. 
Sejam abençoados todos os seres.

COMUNICAÇÃO QUÂNTICA DA LUZ




Eletrônica

Comunicações quântica: Luz troca dados com matéria sólida

Comunicações quânticas: Luz troca dados com matéria sólida
O experimento agora realizado permitiu que bits quânticos trocassem dados a longas distâncias, demonstrando a viabilidade de uma rede quântica distribuída e da troca de dados instantânea entre os qubits.[Imagem: Jay Penni]
Informática quântica
Físicos da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, conseguiram pela primeira vez trocar informações entre a luz e a matéria a grandes distâncias.

O entrelaçamento de fótons e materiais de estado sólido é um importante passo rumo à informática quântica, aí incluídas a criptografia, as comunicações de longa distância e os computadores quânticos.

Para se tornar uma realidade, a informática quântica exige que os nós das redes quânticas, que processam e armazenam os qubits, sejam conectados entre si pelo entrelaçamento, um estado no qual duas partículas elementares tornam-se tão intimamente ligados que qualquer alteração em um deles é imediatamente sentido pelo outro, qualquer que seja a distância que os separe.

O experimento agora realizado permitiu que bits quânticos - os qubits - trocassem dados a longas distâncias.

Comunicação entre matéria e luz
O entrelaçamento quântico é um dos comportamentos das partículas elementares mais estudados em todo o mundo - e um dos mais estranhos. Até hoje, contudo, os físicos só haviam conseguido entrelaçar fótons e íons ou átomos individuais.

Agora a equipe do Dr. Mikhail Lukin conseguiu criar essa ligação quântica entre os fótons e os seus qubits de diamante, imersos no meio de um material sólido. O Dr. Lukin fez parte do primeiro grupo de pesquisa que, em 2004, conseguiu transferir informação da matéria para a luz.

Na computação e na comunicação quânticas, a necessária interconexão de qubits separados por longas distâncias até agora era uma questão meramente teórica. Ninguém sabia como, ou mesmo se isso seria possível.

"Nosso trabalho avança a discussão, mostrando como se pode ajustar e controlar a interação entre fótons individuais e um material de estado sólido," afirma Emre Togan, que realizou os experimentos. "E o que é mais importante, nós mostramos que podemos registrar nos fótons a informação gravada no qubit sólido."

Nuvem quântica
Com o resultado agora alcançado, o dado registrado no qubit pode ser lido e registrado no fóton, que irá viajar qualquer distância que seja possível, ou prática, e passar essa informação para um outro qubit, em outro ponto da rede.

Quando o processamento nesse segundo ponto da rede alterar o dado no fóton, ele não precisa viajar de volta para levar o dado para o qubit original - por estarem entrelaçados, assim que o fóton é alterado o qubit original é imediatamente alterado.

Se isso parece estranho, ou mesmo impossível, basta lembrar que o entrelaçamento quântico ficou famoso quando Einstein - que odiava a ideia - o chamou de "ação fantasmagórica à distância". Apesar da desaprovação do pai da relatividade, contudo, o entrelaçamento é uma propriedade fundamental da mecânica quântica.

Esta é mais uma demonstração do poderio do tão sonhado computador quântico - uma informação quântica poderá ser distribuída entre inúmeros nós de rede separados por qualquer distância, limitada apenas pela velocidade com que os membros do entrelaçamento - neste caso, os fótons - consigam se propagar no espaço. É o máximo que se pode imaginar em qualquer conceito de nuvem computacional.


 Fonte:
Inovação Tenológica
Redação do Site Inovação Tecnológica - 19/08/2010
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=comunicacoes-quanticas-luz-troca-dados-materia-solida&id=010110100819

TEORIA DAS CORDAS EM TESTE - 2



Espaço

Cientistas propõem experimento para testar Teoria das Cordas

Teoria da Cordas pode ser testada pela Mecânica Quântica
Os cientistas não têm como testar qual das respostas que a Teoria das Cordas e a Teoria-M dão é a "correta". Na verdade, todas elas podem estar corretas e talvez vivamos em um Universo entre um número infinito de universos.[Imagem: quintic/Wikipedia]
 
Uma equipe de físicos das universidades de Stanford, nos Estados Unidos, e College London, no Reino Unido, acredita ter descoberto uma forma de testar a até agora "intestável" Teoria das Cordas.
A Teoria das Cordas foi desenvolvida para tentar descrever as partículas fundamentais e as forças que compõem o nosso Universo. Mas, até agora, ninguém conseguiu idealizar um experimento que possa avaliar se ela está correta ou não.

Teorias de tudo
A nova pesquisa, publicada na principal revista científica de Física do mundo, descreve a descoberta inesperada de que a Teoria das Cordas também poderia prever o comportamento das partículas quânticas entrelaçadas.

Como esta previsão pode ser testada em laboratório, os cientistas acreditam ter encontrado uma forma de testar experimentalmente a Teoria das Cordas.

Hoje, a física conta com duas teorias de altíssimo poder explicativo. A Mecânica Quântica explica o mundo das partículas atômicas. A Teoria da Relatividade explica todas as observações feitas em escala cosmológica.
O problema é que as duas não se entendem e até hoje ninguém conseguiu unificá-las. Foi aí que começaram as chamadas "teorias de tudo", que tentam explicar o Universo do nível subatômico até os aglomerados de galáxias. A Teoria das Cordas é uma dessas teorias.

Entrelaçamento de partículas
Um dos fenômenos mais famosos da mecânica quântica é o entrelaçamento de partículas.
Chamado de "ação fantasmagórica à distância" por Einstein, o entrelaçamento quântico faz com que duas partículas entrelaçadas influenciem-se mutuamente de forma instantânea, mesmo que elas sejam levadas para lados opostos das galáxias.

Mas não é preciso tanto, e o entrelaçamento pode ser testado em distâncias muito pequenas. Desta forma, os cientistas propõem que a Teoria das Cordas pode fazer predições sobre o entrelaçamento quântico. O que se propõe fazer é testar essas predições.

"Esta não será a prova definitiva de que a Teoria das Cordas é a 'teoria de tudo' correta, que está sendo buscada pelos cosmologistas e físicos de partículas. No entanto, será muito importante para os teóricos porque irá demonstrar se a Teoria das Cordas funciona ou não, ainda que a sua aplicação esteja se fazendo em uma área inesperada e independente da física," disse o professor Mike Duff, um dos autores da proposta.

Filosofia da física
De fato são áreas muito diferentes.
O Dr. Duff e seus colegas acreditam ter encontrado uma identidade entre as fórmulas usadas para descrever fótons e partículas subatômicas e as fórmulas usadas para descrever buracos negros.
A semelhança é meramente matemática, mas os cientistas acreditam que a ferramenta pode ser útil nas duas situações.

"Isto pode estar nos dizendo algo de muito profundo sobre o mundo em que vivemos, ou pode não ser mais do que uma mera coincidência," filosofa o professor Duff.

Teoria das Cordas
A Teoria das Cordas, e a sua extensão, a Teoria-M, são descrições matemáticas do Universo. Elas foram desenvolvidas ao longo dos últimos 25 anos por teóricos que procuram conciliar a Teoria da Relatividade Geral e a Mecânica Quântica. A primeira descreve o Universo ao nível da cosmologia - o muito grande -, enquanto a segunda descreve o Universo ao nível da física das partículas - o incrivelmente pequeno.

Um dos maiores problemas, especialmente da Teoria-M, é que ela descreve bilhões de universos diferentes e "qualquer coisa" pode ser acomodada em um ou outro dos universos da Teoria-M.

Os cientistas não têm como testar qual das respostas que a Teoria das Cordas e a Teoria-M dão é a "correta". Na verdade, todas elas podem estar corretas e talvez vivamos em um Universo entre um número infinito de universos - veja mais na reportagem Descoberta solução matemática para outras dimensões.
Até agora, ninguém foi capaz de fazer uma previsão, usando a Teoria das Cordas ou a Teoria-M, que possa ser testada experimentalmente para ver se as teorias descrevem adequadamente a realidade ou não.


 Fonte:
Inovação Tenológica
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=teste-da-teoria-das-cordas&id=010130101014
Redação do Site Inovação Tecnológica - 14/10/2010

TEORIA UNIFICADA DA FÍSICA - Brasil

Brasileiros participam da busca por teoria unificada da Física


Espinores puros
A teoria da relatividade geral explica a gravidade.
A mecânica quântica explica as forças nucleares e o eletromagnetismo.
Mas as duas não se falam e conciliá-las é um dos maiores desafios para a física.
A solução mais eficiente até agora para unificar gravitação e mecânica quântica é a chamada teoria das supercordas, que está em plena construção.

Nos últimos dez anos, o esforço internacional para promover avanços nessa área tem contado com a importante participação de pesquisadores brasileiros, reunidos no projeto "Pesquisa e ensino em teoria de cordas", financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP).
Sob coordenação de Nathan Jacob Berkovits, professor do Instituto de Física Teórica (IFT) da Universidade Estadual Paulista (Unesp), o projeto é o terceiro realizado sobre o tema desde 2000.
Naquele ano, Berkovits apresentou uma formulação matemática inovadora, desenvolvida ao longo de 15 anos, que ficou conhecida como "espinores puros".

Esse formalismo tem sido importante, na última década, para facilitar os cálculos relacionados ao estudo da teoria das supercordas. Em 2009, ele recebeu o Prêmio em Física da TWAS (Academia de Ciências do Mundo em Desenvolvimento) em reconhecimento deste trabalho.
Brasileiros participam da busca por teoria unificada da Física
Alguns físicos acreditam que a Teoria das Cordas pode ser testada pela Mecânica Quântica. [Imagem: quintic/Wikipedia]
 
Teoria das Supercordas
Desenvolvida a partir da década de 1960, a teoria das supercordas é um modelo físico no qual os componentes fundamentais da matéria não são os pontos sem dimensão que caracterizavam as partículas subatômicas na física tradicional, mas objetos extensos unidimensionais, semelhantes a uma corda.
Dependendo do "tom" da vibração dessas cordas, elas corresponderiam a cada partícula subatômica.
De acordo com Berkovits, o projeto, que envolve uma série de parcerias internacionais, tem explorado as aplicações dos espinores puros em várias frentes no desenvolvimento da teoria de supercordas.

"A teoria de supercordas é a tentativa mais bem-sucedida até agora para unificar a gravitação e a mecânica quântica, teorias cuja conciliação corresponde a uma tarefa muito difícil. Os físicos teóricos também sonham que a teoria das supercordas possa unificar todas as forças e partículas fundamentais da natureza, mas isso, por enquanto, é apenas um sonho", disse Berkovits.

Conjectura de Maldacena
Os avanços no campo teórico, no entanto, são bastante reais. O formalismo dos espinores puros tem sido a ferramenta mais apropriada para o estudo da correspondência AdS/CFT (sigla em inglês para espaço anti-de-Sitter/teoria do campo conformal) - também conhecida como a conjectura de Maldacena.

Brasileiros participam da busca por teoria unificada da Física
Recentemente, dois estudos independentes puseram a Teoria da Relatividade Geral de Einstein à prova como nunca fora feito antes. [Imagem: X-ray (NASA/CXC/SAO/A. Vikhlinin; ROSAT), Optical (DSS), Radio (NSF/NRAO/VLA/IUCAA/J.Bagchi)]
 
Essa conjectura, proposta pelo argentino Juan Maldacena em 1997, deu um impulso sem precedentes à teoria das supercordas e à pesquisa sobre a gravitação quântica. O artigo no qual Maldacena propôs a conjectura teve mais de 3 mil citações e se tornou um dos principais marcos conceituais da física teórica na década de 1990.

"Além de trabalharmos a aplicação dos espinores puros ao estudo da correspondência AdS/CFT, temos avançado na aplicação desse formalismo a outras frentes também, como o cálculo da amplitude de espalhamento", contou Berkovits.

O estudo do espalhamento de cordas - que está relacionado ao espalhamento de partículas - enfrenta grandes dificuldades quando as partículas envolvidas são férmions. Todas as partículas elementares da matéria são férmions ou bósons, que têm spin semi-inteiros ou inteiros, respectivamente, e obedecem mecânicas estatísticas diferentes.

"Com a aplicação do formalismo dos espinores puros, o estudo do espalhamento de cordas envolvendo férmions não é mais difícil que os casos que envolvem bósons. Outra vertente na qual trabalhamos com a aplicação do formalismo dos espinores puros é a teoria de campos de cordas, que ainda está em estágio inicial de desenvolvimento", explicou.

Descrição do spin
Segundo Berkovits, quando o físico descreve uma partícula, ele emprega uma variável que descreve a sua posição. Mas quando se trata de uma partícula com spin - como fótons ou elétrons - a variável da posição não é suficiente para a descrição.

"Existem várias maneiras para descrever o spin e a mais tradicional foi o formalismo de Ramond-Neveu-Schwarz, concebido em 1973. Mais tarde, em 1980, foi desenvolvido o formalismo de Green-Schwarz - uma nova maneira de descrever o spin que trazia algumas vantagens. Mas trazia desvantagens também: ele não preservava a invariância de Lorentz, uma importante propriedade relacionada às rotações do espaço-tempo", disse.
Brasileiros participam da busca por teoria unificada da Física
Spintrônica: spin do elétron é medido em tempo real pela primeira vez. [Imagem: Werake et al/Nature Physics]
 
Desde 1980, portanto, os físicos teóricos vinham tentando resolver os problemas com o formalismo de Green-Schwarz. Até que em 2000 o formalismo dos espinores puros resolveu a questão da descrição do spin de partículas de uma maneira que preservava todas as simetrias presentes na teoria da relatividade.

Conexões internacionais
Estima-se que existam atualmente cerca de 2 mil pesquisadores envolvidos com o estudo de teoria das supercordas. Berkovits tem trabalhado com cerca de 50 deles. O projeto que coordena se beneficia das conexões internacionais de seus pesquisadores participantes.

"Além dos estudos feitos pelos nossos pós-doutorandos e pós-graduandos, temos muitas colaborações no exterior. Trazemos uma série de especialistas para colaborar conosco e participar de congressos que organizamos e, por outro lado, enviamos frequentemente alunos para trabalhar com equipes internacionais e participar de eventos", disse o pesquisador - veja mais em Teoria das cordas é tema de evento em São Paulo.

"Estamos contribuindo para a formação de uma comunidade envolvida com o estudo da teoria das supercordas. É uma importante e fértil área de fronteira, mas que ainda conta com pouca gente no Brasil, em comparação com o resto do mundo", afirmou.



 Amor
Fonte
Inovação Tecnológica
Com informações da Agência Fapesp - 13/01/2011
 http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=teoria-unificada-fisica&id=010175110113
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EUROPA E AMÉRICA LATINA



'Não é a velha Europa que dá o exemplo, é a América Latina"

São poucos os franceses que conhecem o nome da máxima autoridade da Igreja Católica no país, mas a imensa maioria sabe quem é o Monsenhor Jacques Gaillot. Homem, de olhar sereno e voz pausada, que fez de sua vocação religiosa uma opção pelos direitos humanos, especialmente os direitos dos pobres e priosineiros da injustiça. Em entrevista ao jornalista colombiano Hernando Calvo Ospina, Gaillot denuncia o clima de injustiça reinante na França hoje, diz que a Igreja Católica virou às costas para o povo pobre e caminha para virar uma seita, e aponta a América Latina como a região que deve servir de exemplo para os que lutam contra a injustiça.
São poucos os franceses que conhecem o nome da máxima autoridade da Igreja Católica no país, mas a imensa maioria sabe quem é o Monsenhor Jacques Gaillot. Homem extremamente humilde, de olhar sereno e voz pausada, que sem usar frases grandiloquentes diz o que gostaríamos de escutar de muitos políticos.

Nasceu em 11 de setembro de 1935 em Saint-Dizier, uma pequena cidade da França. Aos 20 anos, deixou o seminário para realizar o serviço militar. Foi para a Argélia, onde havia uma guerra de libertação contra o colonialismo francês. Conta que foi uma sorte não ter sido obrigado a usar armas, pois foi destacado para trabalhos sociais, a viver com a comunidade.

- O que significou para você ter vivido essa guerra?

- Esta experiência começou a mudar a minha vida. Ali me encontrei com o Islã, uma religião muito diferente da católica e sobre a qual nada conhecia. Fiquei sabendo que os muçulmanos tinham fé em um Deus, que oravam e que eram hospitaleiros. Eles foram como meus irmãos. Esta interreligiosidade influiu em minha fé. Também vivi a violência da guerra, razão pela qual fui me convertendo em um militante da não violência. Realmente, a Argélia foi um seminário para mim.

- Após 22 meses na Argélia, você foi enviado a Roma e, em 1961, foi ordenado sacerdote. Até que, em 1982, foi nomeado bispo da cidade de Evreux, na França. Mas em 13 de janeiro de 1995, o Vaticano decidiu retirar-lhe essa missão pastoral. O que aconteceu?

Alguns dias antes dessa data fui chamado a comparecer diante das autoridades do Vaticano sem saber por quê. Ante minha incredulidade, em algumas horas fui declarado culpado e, em menos de um dia, foi decretada minha expulsão da diocese. O cardeal Bernardin Gantin, prefeito da Congregação dos Bispos, me propôs que eu assinasse minha demissão e assim poderia manter o título honorífico de bispo emérito de Evreux. Não assinei nada. Então me nomearam bispo de Partenia, uma diocese que não existe desde o século V, situada na atual Argélia.

Com minhas poucas roupas deixei a diocese de Evreux. Como não tinha onde ficar, me instalei durante um ano em um prédio recuperado por famílias sem teto e estrangeiros sem documentos, em Paris. Depois fui acolhido por uma comunidade de missionários.

- O que levou o Vaticano a tomar uma decisão tão drástica? Talvez suas posições políticas e compromissos sociais? Porque, vejamos: em 1983, foi um dos bispos que não votou a favor de um texto episcopal sobre a dissuasão nuclear. Em 1985, apoiou o levante palestino nos territórios ocupados por Israel, além de se encontrar com Yasser Arafat em Tunís. Em 1987, preferiu viajar até a África do Sul para visitar um preso, militante contra a segregação racial, ao invés de ir à peregrinação pela Virgem de Lourdes. Em 1988, defendeu na revista “Ele” a ordenação de homens casados. No mesmo ano se declarou a favor de dar a benção a homossexuais. No dia 2 de fevereiro de 1989, publicou na revista “Gai Pied” um artigo intitulado “Ser homossexual e católico”. Desde 1994, você se envolveu diretamente na fundação de associações de apoio a marginalizados, passando a ser conhecido como “O bispo dos sem”: sem documentos, sem teto...Não acredita que isso já seja o suficiente para conseguir inimigos entre os círculos de poder eclesiástico e civil?

Ainda que siga sem provas concretas até hoje, fontes confiáveis me disseram que o governo francês, em particular o ministro do Interior da época, Charles Pascua, tem a ver com a decisão do Vaticano. Não esqueçamos que, na França, este ministério está encarregado dos Cultos. Tenho certeza que um livro meu contra a lei de imigração foi a gota d’água que entornou o copo.

O Vaticano e o governo francês quiseram me isolar. Mas em 1996, no primeiro aniversário de minha partida de Evreux, alguns amigos criaram na internet a Associação Partenia (1), fazendo de mim um “bispo virtual”. Não imaginaram que eu iria acabar animando a única diocese em expansão, com mais fiéis no mundo e em diferentes idiomas.

Imediatamente agradeci ao Vaticano e a Pascua, porque eles me fizeram dar mais passos na direção da outra margem, onde encontrei outra vida. Agora tenho toda a liberdade, vivo na ação com os excluídos da sociedade. Posso viver com as pessoas, compartilhar suas alegrias e suas angústias. Tem sido maravilhoso conhecer todas as pessoas que conheci. Enquanto isso, Pascua está sendo processado por vários delitos e a Igreja a cada dia perde mais cristãos.

Como, você avalia atualmente a Igreja Católica?

- A Igreja nos ensinou que Deus quis trazer-nos as desgraças e assim nos leva à resignação. Isso não é cristão. A Igreja procura fazer Deus intervir para nos forçar a obedecer e a não pensar. Muitos discursos sobre Deus falam dele, mas quando alguém fala bem do ser humano, isso me diz muito de Deus. A Instituição segue impávida em seu pedestal, longe do povo e de Deus. A seguir assim, se converterá em uma seita, porque muitas pessoas estão partindo para outras religiões. A Igreja vive uma hemorragia.

A Igreja deve mudar, modernizar-se, reconhecer que os casais têm direito a se divorciar e a usar a camisinha, que as mulheres podem abortar, que homens e mulheres podem ser homossexuais e se casar, que as mulheres podem chegar ao sacerdócio e ter acesso às esferas de decisão. Deve-se revisar a disciplina do celibato para que os sacerdotes possam amar como qualquer outro ser humano, sem ter que viver relações clandestinas, como delinquentes.

A situação atual é perversa e destruidora tanto para os indivíduos como para a Igreja. O Vaticano é a última monarquia absoluta da Europa. A Igreja deve aceitar a democracia em todos os níveis. E deve mudar de modelo porque o atual não é evangélico.

- O que você pensa da Teologia da Libertação, que teve um desenvolvimento importante na América Latina?


Eu me interessei por ela porque é uma teologia que fala dos pobres. Não se fala da liturgia, nem do catecismo, nem da Igreja; fala-se do povo pobre. Ensina que são os próprios pobres que devem tomar consciência da necessidade de sua libertação.

Alguns de nós fomos muito tocados pelos ensinamentos de Dom Helder Câmara, no Brasil, um grande teólogo (2); do Monsenhor Leónidas Proaño, no Equador (3); de Oscar Romero, em El Salvador, e outros sacerdotes latino-americanos, principalmente. Para mim foi um choque brutal quando Romero foi assassinado celebrando a missa, em 24 de março de 1980. Ele havia deixado a Igreja dos poderosos para estar com os pobres. Achei admirável essa conversão.

Na América Latina, existiram alguns padres e freiras que pegaram em armas (4). Eu respeito sua decisão, não os julgo, ainda que não esteja de acordo com ela por ser um adepto da não-violência.

Evidentemente, a Teologia da Libertação é perigosa para os poderosos. Quando os pobres são submissos aceitam seu triste destino, então não há nada que temer, são pão abençoado para os poderosos. Os detentores do poder podem dormir tranquilos. Mas se os pobres despertam e adquirem consciência de sua condição, convertendo-se em atores da mudança, então isso produz medo no poder.

Parece que é terrível quando os pobres tomam a palavra e questionam a instituição eclesiástica. No mesmo instante, ela diz: “Atenção, cuidado com esses comunistas”. Porque sempre prevaleceu a obsessão da infiltração comunista. Por isso, regularmente, as ditaduras, os governos repressivos e o Vaticano se unem em um combate comum. Infelizmente não existem muitos rebeldes na Igreja, porque a instituição sempre formou para a obediência e para a submissão.

- Como você vê a situação social e econômica na França hoje?

Eu julgo uma sociedade em função do que ela faz pelos mais
desfavorecidos. E é claro que eu só posso fazer um juízo severo, porque na França não se respeita a todos os seres humanos. Para mim o problema número um é a injustiça que reina por toda parte. Os que estão no poder não investem nos pobres. Temos um governo que só favorece os ricos. Por isso temos três milhões de pobres.

Muitos de nossos cidadãos acreditam que os trabalhadores ilegais se aproveitam do sistema, sem saber que eles recebem o formulário de impostos em suas casas. Ou seja, eles são conhecidos pelo governo, mas como não estão com os papéis em dia não podem se beneficiar de nenhuma ajuda social. Isso é uma extorsão por parte do Estado!

E a Igreja o que faz? Tomemos como exemplo o que ocorreu em 23 de agosto de 1996, quando quase mil policiais das forças especiais forçaram a ponta de machado as portas da Igreja Saint-Bernard-de-la-Chapelle em Paris, tirando a força 300 estrangeiros em situação irregular. Eu estava escandalizado e desgostoso porque o próprio bispo havia pedido sua expulsão. E quando alguém expulsa humanos que se protegem em uma igreja, está dessacralizando essa igreja. Desgraçadamente, isso continua acontecendo.

E o que se faz com os estrangeiros ilegais? São jogados em centros de detenção, e recebem um tratamento próprio de campos de concentração. Isso é o que ocorre hoje na França. Nas prisões, ocorre um suicídio a cada três dias. É um número enorme. O único horizonte para muitos desses presos é o suicídio, Nunca se viu algo igual. Na Europa, a França tem o recorde de suicídios por enforcamento na prisão.

E o discurso sobre a crise econômica, onde se situa?


Nesta crise, não são os ricos que estão em crise, são os mais pobres. Protestamos o ano passado contra as leis propostas pelo governo porque elas penalizavam os pobres. Hoje, muitos franceses só vão ao médico, ao dentista, ao oftalmologista quando é algo verdadeiramente de urgência. E às vezes já é tarde. Os direitos sociais estão sendo eliminados. E a crise atinge as famílias. Se alguém comprou uma casa, perde o trabalho e não arruma outro, deve revendê-la. Isso traz muitos problemas de droga e delinquência.

A moradia social não é uma prioridade política, porque aqueles que estão no poder possuem boas mansões. Constrói-se pouco e as pessoas não sabem aonde ir, restando-lhes as ruas ou algum sótão insalubre. E isso não importa, ainda que existam muitos edifícios vazios em Paris. Quando chega o inverno, o governo fala de “planos”. Então, abrem-se ginásios ou algumas salas para abrigar os milhares que não tem onde morar. Mas esses “planos” não são solução para o frio. A solução é construir habitações dignas. É uma vergonha, é desumano e não é cristão deixar que centenas de pessoas morram de frio nas calçadas e ruas da França.

Como disse o escritor Victor Hugo: “Fazemos caridade quando não conseguimos impor a justiça”. Porque não é de caridade que necessitamos. A justiça vai às causas; a caridade, aos efeitos. Eu não estou dizendo que não se deve ajudar com um prato de sopa ou um abrigo a quem está nas ruas. Existem urgências. Eu faço isso, mas minha consciência não fica tranquila, porque penso que devemos lutar contra as causas estruturais que prendem essas pessoas na injustiça. O mais triste é que as pessoas vão se acostumando com a injustiça. E eu digo: Despertem! Tenham vergonha! Vamos nos indignar contra a injustiça!

Hoje, a injustiça está presente por toda a França. Existem oásis de riqueza, de luxo exorbitante, e extensos guetos de miséria. Na França, há uma violação flagrante dos Direitos Humanos. Por isso devemos combater, para que os direitos das pessoas sejam respeitados.

No ano passado, ocorreram manifestações massivas de protesto contra diferentes projetos do governo, que se fez de surdo para o barulho das ruas.

Eu acredito que, quando não se respeita o povo que se expressa nas ruas, não se tem em conta o futuro. Na França, ficou um sentimento de raiva. Isso não pode seguir assim. Não se pode seguir metendo a polícia por todas as partes para conter a inconformidade do povo. Isso está nos levando na direção de um regime policial. A injustiça não traz paz. É exatamente o contrário. Existe fogo sob uma panela que querem manter fechada. Ela pode explodir.

As suas lutas pela justiça não se dão só na França. Sua palavra e ação se manifestam em outros lugares também. Poderia dar alguns exemplos?

Seguimos lutando pelos direitos do povo palestino. Israel é um Estado colonialista que rouba terra palestina e exclui esse povo pela força. Há mais de 60 anos que a Palestina vive sob a ocupação israelense e a injustiça. E a chamada “comunidade internacional” faz bem pouco ou nada. Por isso estamos nos mobilizando em todas as partes para exercer uma pressão sobre o governo israelense. E uma das ações é boicotar os produtos vindos de Israel, principalmente aqueles que são produzidos nos territórios ocupados. Cerca de 50 produtos agrícolas são produzidos na Palestina para benefício israelense. Enquanto os palestinos viverem na injustiça, não haverá paz.

Cuba. Este é um país que tem futuro. Eu pude constatar que é um povo digno, corajoso e solidário. Em Cuba pode haver pobreza, mas não existe a miséria que se vê em qualquer país da América Latina, ou na França, ou nos Estados Unidos. Apesar do bloqueio imposto pelos EUA, todos têm saúde e educação gratuita, e ninguém dorme nas ruas. É incrível!

Eu faço parte do Comitê Internacional pela Libertação dos Cinco Cubanos presos nos EUA. Eles lutaram contra as ações terroristas que estavam sendo preparadas em Miami. Resolvi participar do Comitê porque me dei conta da injustiça cometida contra eles e que não pode ser tolerada.

- Qual a sua avaliação sobre a maneira pela qual a imprensa francesa trata os processos sociais e políticos alternativos que se desenrolam na América Latina? Por que essa imprensa tem a tendência a ridicularizar presidentes como Evo Morales e Hugo Chávez?

Esse comportamento da imprensa deve-se ao fato de que, regularmente, a França apóia a quem não deveria apoiar. É uma questão de interesses. Estes presidentes não fazem o que os ricos querem, assim a França se coloca ao lado dos ricos. É como faz na África também.

Agora, a participação das mulheres latino-americanas na política é sensacional. Uma mulher na presidência do Brasil é algo extraordinário! Na França, não fomos capazes nem de ter uma primeira ministra: somos tão machos! Ah, sim, uma vez tivemos a senhora Edith Cresson, mas ela não pode ficar por muito tempo já que tentaram massacrá-la em função de sua condição de mulher. Somos machos e vulgares como não se pode imaginar! Hoje, não é a velha Europa que dá o exemplo, é a América Latina. Devemos olhar para lá.

Duas últimas perguntas: o que outros altos membros da Igreja Católica pensam do senhor? E, como cidadão e ser humano, vê alguma alternativa para a situação social da França?

Em geral, minhas relações com os outros bispos são cordiais, ainda que alguns prefiram me ignorar. Não me enviam nenhum documento da Conferência Episcopal, não me convidam para a assembleia anual em Lourdes. Tampouco dizem o porquê, e eu também não perguntei, embora outros sacerdotes tenham perguntado, sem receberem uma resposta até hoje. Às vezes, isso não é confortável, mas o que me conforta é que estou em paz com minha consciência, por dizer o que penso, por denunciar a injustiça.

Quanto à segunda pergunta, tenho confiança e esperança nos homens e mulheres. Vamos seguir avançando. Existem movimentos cidadãos que estão criando um tecido associativo alternativo. Vejo muitas lutas que nascem e se desenvolvem pouco a pouco. É formidável! Cada um deve encontrar o caminho onde outros lutam. A unidade: é isso que pode ajudar a salvar a democracia e os direitos das pessoas. Eu tenho esperança.

Notas:

1) http://www.partenia.com/

2) Foi arcebispo de Olinda e Recife. Morreu em 27 de agosto de 1999.

3) Chamado de « Bispo dos Índios », e também de « O bispo vermelho». Exercia seu trabalho pastoral na cidade de Riobamba. Morreu em 31 de agosto de 1988.

4) Vários sacerdotes e freiras somaram-se às guerrilhas. O precursor foi Camilo Torres, na Colômbia, que morreu em combate em 15 de fevereiro de 1966. Na Nicarágua, durante a guerra contra a ditadura de Somoza, muitos seguiram seu exemplo, sendo Ernesto Cardenal o mais famoso.

(*) Hernando Calvo Ospina, jornalista colombiano residente na Europa, autor de vários livros, entre os quais: Salsa, Don Pablo Escobar, Perú: los senderos posibles y Bacardí: la guerra oculta


Tradução: Katarina Peixoto
 QUE É A ESPERANÇA ?

 Esperança, a praga
da eterna agonia
- dorme, não constrói.

Esperança,covardia
sofrimento do não agir
- sonho sem vida.

Esperança,doença
prolongamento do sofrer
- irremediável.

Esperança,a dormência
cegueira preguiçosa
- ante sala da morte.

Mil vezes a loucura
audaz, inconsciente
- aposta sem medo.

Esperança jamais
cria, labora renovação
- acalenta o morrer.

Quem espera passivo
a morte , a escuridão
- elege a esperança.

FORA A ESPERANÇA
- A vida é luz vermelha,
rosada na gente

A vida só acontece
na ação destemida
- criativa CONFIANÇA


 Amor
Fonte
Carta Maior
http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=17309&boletim_id=811&componente_id=13354
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quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

David Icke-The Experience

DESCOBERTA DA MÁQUINA DO TEMPO ?

    Hypescience
    http://hypescience.com/cientistas-alegam-terem-descoberto-maquina-do-tempo/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+feedburner%2Fxgpv+%28HypeScience%29&utm_content=Yahoo!+Mail
    kfc 2011/01/17
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