sexta-feira, 11 de setembro de 2009

TIRADENTES




TIRADENTES

Ele sonhou com um Brasil livre
de todas as escravidões impostas pelos homens.

Fez da liberdade a sua bandeira,
ousando tê-la, “ainda que tardia”.

No silêncio das frias madrugadas
ouviu e fez ouvir planos audaciosos
que se apoiavam na força dos que
– à semelhança dele –
queriam uma pátria verdadeiramente livre.

Pagou caro o seu sonho.
A traição.
O abandono.
A aceitação do doloroso fardo de todos.
A sentença.
A humilhação que se seguiu.
A morte.

Depois, no passar inevitável do tempo,
a glória de haver dado um passo decisivo,
a homenagem que ecoa
pelos largos espaços das Minas Gerais.

E, à solidão do mártir que a tudo suportou,
nada se pôde acrescentar em vida,
ainda que se vislumbrasse
(como se crê quando a causa é verdadeira)
que o futuro dos tempos conheceria a justiça
e haveria de chama-lo HERÓI!
(Do meu livro "Cantando o amor o ano inteiro" - Paulinas, 1986)


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