quarta-feira, 16 de março de 2011

HENRI BERGSON , O FILÓSOFO DA INTUIÇÃO

Henri Bergson

(Paris, 1859 - idem, 1941)
 
Filósofo e escritor francês. Esmeradamente educado, em 1900 é nomeado professor no Colégio de França, onde as suas aulas obtêm um êxito sem precedentes. Membro do Instituto de França desde 1901, ingressa na Academia Francesa em 1914. Em 1928 obtém o Prémio Nobel de Literatura. Morre durante a ocupação alemã de França após expressar a sua adesão moral ao catolicismo, apesar da sua origem judia. 

Desfruta em vida de uma popularidade e de uma aceitação insólitas num pensador. A sua filosofia está em estreita relação com o positivismo do século xix e com o espiritualismo francês, com os quais tenta elaborar uma original simbiose. Definitivamente, o que busca é uma superação do positivismo. Num clima positivista, de aparecimento da crítica científica, de polémica espiritualista, de neokantismo, tudo isso condicionado pelo auge da ciência, Bergson aborda o problema da relação sistemática do conhecimento científico e a metafísica. Para a superação do positivismo, Bergson apoia-se no positivismo evolucionista de Spencer. 

Esforça-se por transferir os princípios positivos para o campo das ciências humanas e da religião, valendo-se de um princípio de explicação de toda a realidade: a evolução. A sua ideia básica é que a realidade é duração real. E o local em que se evidencia que a realidade é duração é a consciência, onde se unem a experiência e a intuição. A intuição é a alma da verdadeira experiência, o acto que nos coloca dentro das coisas; não um acto estático, mas uma actividade viva, a própria duração da realidade. 

Para Bergson, o homem é capaz de superar o domínio da inteligência e de guardar o impulso criador, superando o nível estático da moral e da religião até transcender plenamente o élan vital, o impulso vital, que, definitivamente, é de Deus, se não é o próprio Deus.


 Fonte:
Vidas Lusófonas
 
http://www.vidaslusofonas.pt/henri_bergson.htm

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