terça-feira, 31 de maio de 2011

COMO COMO O CAMU-CAMU e outras delícias amazônicas?


TODA FRUTA:O Portal da Fruticultura






Olívia Fraga / BELÉM DO PARÁ - O Estado de S.Paulo

Ela vem toda de preto, óculos de grau, meia-calça cor da pele e sandália de dedo. Carmelita dos Passos Rocha, 62 anos, empertigou-se para conversar com a reportagem do Paladar, braço esquerdo apoiado nos caixotes de frutas de sua banca no Ver-o-Peso, em Belém, como quem quer demonstrar poder e ciência sobre aquele reino colorido e perfumado.


D. Carmelita é a única vendedora que vende frutas nativas no mercado o ano inteiro. Antigamente as pessoas iam ao Ver-o-Peso para conhecer maçã, pera, mamão. "Havia muitas Carmelitas. Hoje, o próprio belenense visita o mercado para conhecer as frutas do seu lugar", diz o professor José Edmar Urano de Carvalho, pesquisador da Embrapa-Amazônia Oriental.


Antes de ter a barraca na área externa do mercado de peixe, ela trabalhou em indústria de algodão e bateu castanha-do-pará numa fábrica pequena, perto do bairro dos Jurunas, onde mora até hoje. Pequenina e magrinha, machucou-se com o instrumental da profissão nas duas ocasiões. 

Foi com o dinheiro das duas indenizações que comprou a banca do Ver-o-Peso, 42 anos atrás, sonhando fazer dinheiro com a venda de bananas. "Todo mundo só queria comer banana e maçã. 

Ninguém pedia as frutas da terra porque não dava muito trabalho conseguir. Era ir para dentro do mato e "caçar"", conta d. Carmelita. Para ela, na época o Ver-o-Peso tinha muito mais charme.


Por quase 20 anos, sustentou os cinco filhos comercializando bananas e maçãs. Até que um paraense perguntou se ela trazia cupuaçu e tucumã. No dia seguinte, lá estava ela com as frutas. A partir daí, a maçã desapareceu rapidinho da banca; a banana, não. Mas ela não vende só da nanica. Tem pelo menos outros quatro tipos. Fora bacaba, açaí, ingá-chinela, bacuri-pari, cajuru, taperebá. A mercadoria chega da Ilha das Onças, do Papagaio, Barcarena, do brejo do Guajará; e as polpas são feitas pela irmã.


E essa porção de frutos escuros, semelhantes a pedras, pouco atraentes, tem saída? "Sim, tem quem queira. É patauá, buriti seco, para enfeitar, curar dor de dente, dor de cabeça, ou pra extrair essência para ficar perfumosa."
Para ler a matéria na íntegra, clique aqui.
Data Edição: 27/05/2011
Fonte: Estadão.com.br
Fonte:
Estadão.com.br
TODA FRUTA:O Portal da Fruticultura
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Sejam felizes todos os seres. Vivam em paz todos os seres.
Sejam abençoados todos os seres.

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